28 de outubro de 2009

Procura de medicamentos sem receita cresce em farmácias e na Internet

A procura por medicamentos, inibidores do apetite, utilizados para emagrecer, (Sibutramina, femproporex , anfepramona) cada vez mais, chegam ao conhecimento da população, principalmente feminina.
Medicamentos estes que só podem ser vendidos com receituário especial expedido por médico, por se tratar de uso controlado e causar dependência, continua crescendo de maneira desenfreada. O problema é que muitas pessoas que compram e consomem inibidores do apetite não o fazem a partir de uma indicação médica. Conseguem a receita especial através de favores, como é o caso da administradora Joana (nome fictício), 35 anos, que não quis se identificar. "Sempre que preciso consigo a receita com a atendente do pediatra do meu filho. Faço isso porque preciso emagrecer e as consultas médicas demoram muito", conta ela.
O problema é que o crescente número de usuários de internet desencadeou um aumento na busca dos serviços de farmácias virtuais brasileiras, principalmente a partir da dificuldade encontrada em farmácias tradicionais. Hoje, a partir de sites, blogs e grupos de discussão além da compra destes medicamentos, é possível trocar informações e descobrir meios alternativos de se conseguir esses fármacos. Como exemplo podemos citar uma lista de discussão identificada como "fórmula para emagrecer" onde pode-se comprar e receber via sedex em domicílio
fórmulas magistrais que misturam o inibidor do apetite anfepramona ou femproporex; sibutramina; bromazepan; fluoxetina; furosemida e cáscara sagrada em apenas dois comprimidos. Para isso, basta pagar R$ 99,00 (30 cápsulas) ou R$130,00 (60 cápsulas ). As fórmulas prometem emagrecer de cindo a doze quilos ao mês.
Já em 2007, um trabalho intitulado " Avaliação das farmácias virtuais brasileiras" alertava sobre os problemas deste tipo de empreedimento e suas consequências para a saúde da população. Vale a pena ler.
O problema é que esta prática continua mesmo após a Anvisa ter anunciado novas regras para farmácias e drogarias, para venda de medicamentos pela internet ou telefone. A medida faz parte das Boas Práticas Farmacêuticas, por meio da resolução RDC 44/09 que reforça as regras para o comércio de medicamentos e a prestação de serviços nos estabelecimentos farmacêuticos, desvirtuadas por interpretações pessoais de comerciantes e amparados por leis municipais e estaduais.

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