14 de março de 2024

Comparação entre técnicas de granulação via úmida: leito fluidizado x alto cisalhamento.

         A granulação pode ser realizada por diferentes tecnologias as quais se diferenciam essencialmente nas metodologias utilizadas e, usualmente, são agrupadas em granulação por via úmida ou por via seca. No processo de granulação úmida ocorre a adição de um líquido de umedecimento aos pós, que pode estar isolado ou com substâncias aglutinantes. Os granulados gerados por estes processos representam um produto intermediário de suma importância para elaboração de formas farmacêuticas sólidas orais e possuem impacto direto na etapa de compressão e na dissolução do produto.


Se você quiser conhecer um pouco mais sobre o tema, acesse o link e leia o texto na íntegra:

https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/35032/yorhana_de_azevedo.pdf?sequence=2&isAllowed=y

19 de novembro de 2023

Fase Pré-clínica

 A seleção de animais para testes é uma prática complexa, influenciada por diversos fatores. Em pesquisas, por exemplo, a escolha muitas vezes recai sobre espécies que compartilham semelhanças genéticas e fisiológicas com os humanos, permitindo resultados mais relevantes. Ratos e camundongos são comuns devido à sua disponibilidade, baixo custo e facilidade de manipulação genética.


Entretanto, a ética desempenha um papel crucial. Regulamentações rigorosas buscam garantir o bem-estar dos animais, exigindo justificativas claras para o uso deles em pesquisas. Muitos países possuem comitês éticos que revisam e aprovam protocolos de pesquisa para assegurar que o sofrimento seja minimizado e que alternativas aos testes em animais sejam consideradas sempre que possível. Essas práticas visam equilibrar o avanço científico com a responsabilidade ética.


Em pesquisa científica, algumas das espécies de ratos mais comumente usadas são:


1. **Rato de laboratório (Rattus norvegicus):** Também conhecido como rato Wistar, é uma das espécies mais utilizadas em pesquisas biomédicas devido à sua fácil adaptação ao ambiente de laboratório.


2. **Camundongo (Mus musculus):** Embora tecnicamente não seja um rato, é frequentemente incluído em estudos semelhantes. São usados principalmente devido ao seu tamanho menor e custos mais baixos de manutenção.


3. **Rato de areia (Meriones unguiculatus):** Também conhecido como gerbo-da-mongólia, é usado em pesquisas relacionadas à saúde humana e à biologia, especialmente em estudos sobre o sistema imunológico.


Estas são apenas algumas das espécies utilizadas em pesquisas laboratoriais, e a escolha depende do objetivo específico da pesquisa e das características necessárias para os experimentos.


http/scielo.com.br

Grupo: Daniel Varela e Gilberto Filho 

14 de novembro de 2023

Calixcoca – Vacina contra dependência de Cocaína.

 Calixcoca – Vacina contra dependência de Cocaína.


A Calixoca é uma vacina em desenvolvimento, na Universidade Federal de Minas Gerais, como o objetivo de estimular o sistema imunológico a identificar as moléculas de cocaína presente na corrente sanguínea como agentes “indesejados”, enviar células para se agrupar ao redor desta molécula a deixando grande o suficiente para não ultrapassar a barreira hematoencefálica. A Calixcoca é uma molécula de categoria policíclica formada as unidades fenólicas ligas com a possibilidade de ligação de outras moléculas. A molécula lembra uma coroa, em cima e embaixo desta é estimular ligações 1 químicas. Na estrutura química do imunizante (tipo calixareno), nota-se uma estrutura similar a um cálice e servindo como carregador do antígeno, uma hapteno análogo de cocaína.

1-CALIXCOCA








2-  CALIXCOCA 2




As imagens 1 e 2 mostram os antígenos propostos V4N2 e V8N2 respectivamente.


Durante os estudos pré-clínicos, em animais, foi demonstrado um potencial em estimular a produção de anticorpos contra cocaína. Contudo, ainda não se possui uma evidencia concreta de sua eficácia na redução da dependência química. 

“Nos ensaios com roedores e primatas não humanos ‒ saguis da espécie Callithrix penicillata —, nossa vacina, denominada Calixcoca, não provocou efeitos colaterais significativos, apenas uma reação leve no local da injeção, sem comprometer a saúde geral dos animais”, afirma o médico psiquiatra Frederico Duarte Garcia, professor do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFMG e líder do estudo. 

Segundo Paulo Sérgio de Almeida Augusto, os haptenos são moléculas com tamanho reduzido, por este fato o sistema imunológico não os reconhece como invasores. Ao acrescentar uma macromolécula carregadora é possível induzir uma resposta imunológica. Enquanto a cocaína é tida como um agente esranho, seu baixo peso molecular e a complexidade química permitem a permeabilidade a membrana hematoencefálica. 

“A resposta até pode ser induzida quando a pessoa utiliza altas doses da droga e com elevada frequência, mas isso não ocorre com todo indivíduo.” diz Augusto.


Indico verem o vídeo de explicação com Frederico Duarte Garcia:

https://youtu.be/ZHWJZ3RhP7U?si=RB35-XHbPcEhs5me


Referencias:

https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/vacina-desenvolvida-por-pesquisadores-da-ufmg-ira-tratar-dependencia-de-cocaina

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/vacina-da-ufmg-contra-a-dependencia-de-cocaina-e-crack-vence-o-premio-euro/#:~:text=Como%20funciona%20a%20Calixcoca,n%C3%A3o%20passa%20pela%20barreira%20hematoencef%C3%A1lica.

https://www12.senado.leg.br/tv/programas/cidadania-1/2023/09/vacina-contra-a-dependencia-de-cocaina-pode-chegar-ao-mercado-brasileiro

https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51816/2/Calix%5bn%5darene-based%20immunogens%20A%20new%20non-proteic%20strategy%20for%20anti-cocaine%20vaccine.pdf

https://patentscope.wipo.int/search/pt/detail.jsf?docId=US312971023&_fid=WO2019021140

http://somos.ufmg.br/professor/frederico-duarte-garcia

https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude/2023/10/5136053-vacina-brasileira-contra-dependencia-em-cocaina-e-crack-vence-o-premio-euro.html

https://revistapesquisa.fapesp.br/uma-potencial-vacina-contra-a-cocaina/

https://ufmg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/release/vacina-calixcoca-da-ufmg-e-a-vencedora-do-premio-euro

https://www.medicina.ufmg.br/vacina-para-dependencia-de-cocaina-e-crack-e-finalista-em-premio-de-inovacao-tecnologica/



Juliana Silva
Erica Jardim

12 de novembro de 2023

Como são sintetizadas as nanopartículas?

A produção de nanopartículas costuma ocorrer por meio de métodos físicos e químicos.

Nos métodos físicos, conhecidos como nanofabricação descendente, as partículas são geradas ao reduzir o tamanho do material original. Esses métodos incluem moagem, condensação por gás, eletropulverização, litografia e termodecomposição.

Já nos métodos químicos, que possuem abordagem ascendente, as partículas são formadas através de nucleação e crescimento a partir de precursores atômicos ou moleculares, geralmente, na fase líquida ou de vapor de uma ocorrência química. Neles estão inclusos: microemulsão, hidrotérmicos, microfluídicos, vapores químicos, pirólise e sol-gel. A produção química de nanopartículas resulta em nanoestruturas com menos defeitos, proporcionando acesso a composições químicas mais complexas e fluidas, sendo facilmente escalonável para fabricação rápida e de baixo custo.



No entanto, devido à complexidade e à geração de subprodutos tóxicos dessas técnicas, surgiram métodos biológicos para a síntese de nanopartículas, como a biogênese com microrganismos e extratos vegetais. Esses métodos sustentáveis geram partículas atóxicas, ideais para aplicações biomédicas e ambientais.

As vias de produção de nanopartículas por sistemas biológicos, conhecidas como propriedades verdes ou biossíntese, estão se tornando cada vez mais relevantes. Nesses processos, organismos biológicos ou componentes deles, como biomoléculas, possuem um potencial redutor e, portanto, são utilizados na obtenção de nanopartículas. A biossíntese de nanopartículas é realizada tanto por organismos procarióticos quanto eucarióticos e é facilitada por componentes biológicos capazes de reduzir íons metálicos, sem gerar resíduos tóxicos ou causar impactos no meio ambiente.

Dentre os sistemas microbianos, os fungos são os mais utilizados devido à sua ampla distribuição na natureza e ao papel crucial que desempenham na síntese de nanopartículas metálicas.

Dessa forma, esses mecanismos de síntese de nanopartículas tornam possível sua utilização em medicamentos, a exemplo dos nanocarreadores biodegradáveis, onde as nanocápsulas de albumina se ligam ao princípio ativo, como o placitaxel, melhorando sua biodisponibilidade, conforme foi ilustrado em nossa apresentação.




Referências:

https://www.sigmaaldrich.com/BR/pt/applications/materials-science-and-engineering/nanoparticle-and-microparticle-synthesis

https://agrariacad-com.cdn.ampproject.org/v/s/agrariacad.com/2021/04/15/sintese-de-nanoparticulas-revisao-de-literatura/amp/?amp_gsa=1&amp_js_v=a9&usqp=mq331AQIUAKwASCAAgM%3D#amp_tf=De%20%251%24s&aoh=16998271857313&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&ampshare=https%3A%2F%2Fagrariacad.com%2F2021%2F04%2F15%2Fsintese-de-nanoparticulas-revisao-de-literatura%2F

11 de novembro de 2023

Cuidados Paliativos do Câncer: o emprego dos radiofármacos voltado à melhora da qualidade de vida


Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cuidados paliativos são os “cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoa com doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida”, e possibilitam o alívio do sofrimento para garantir a qualidade de vida do paciente e seus familiares. Além disso, os cuidados paliativos visam cuidar de aspectos psicológicos, sociais e espirituais para promover o bem-estar do paciente, sendo realizados por uma equipe multiprofissional. Na metástase, o radiofármaco deverá possuir ampla afinidade e permanência no tecido alvo, tempo de meia-vida suficiente para promover o efeito farmacológico e não gerar danos irreversíveis ao paciente e capacidade de distribuição no tecido tumoral de modo a reduzir as dores.

Um dos principais radiofármacos utilizados para terapia paliativa de dor por metástase óssea é o composto fosfonado marcado com Samário-153 (Samário-153-EDTMP ou ácido-etileno-amino-tetrametilenofosfônico, também conhecido como EDTMP-Sm-153), pois é uma excelente opção de tratamento da dor causada por metástase óssea após 5 a 7 dias da administração; além disso, comparado a outros radiofármacos, possui melhor custo e disponibilidade aqui no Brasil. Entretanto, devemos lembrar que o mais importante é a melhora da qualidade de vida do paciente em seus últimos meses de sobrevivência.

O Samário-153-EDTMP é administrado por via endovenosa, possui meia-vida curta (t1/2 = 46,3 horas) e reduz a dor de 2 a 4 meses. O seu principal efeito colateral é a mielotoxicidade (depressão da medula óssea), que causa redução no número de plaquetas e glóbulos brancos e isso pode gerar sangramentos, maior predisposição às infecções e anemia. Entre duas a três horas após a aplicação, cerca de 50% a 66% da dose administrada concentra-se nos ossos, 33% a 50% passa por excreção renal e menos de 2% se localiza em tecidos não ósseos. É importante ressaltar que pode ocorrer agravo das dores em 24 a 48 horas após a aplicação, que é verificado em cerca de 20% dos pacientes. Passados os 4 meses da aplicação do Samário-153 EDTMP, uma nova administração desse radiofármaco poderá ser avaliada pelo médico.


REFERÊNCIAS:

INTERNATIONAL JOINT CONFERENCE RADIO 2019. Uso do Radiofármaco para tratamento paliativo de dores em metástases ósseas. Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/download/11048/9269/28635#:~:text=O%20uso%20dos%20radiof%C3%A1rmacos%20se,das%20met%C3%A1stases%20causada%20pelo%20c%C3%A2ncer>.

FERREIRA ISHIHARA, BENVINDA. A Importância da Terapia Paliativa para Dor por Metástase Óssea com Uso do Samário-153- EDTMP. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/260/26045744001.pdf>.

BIANCA DE OLIVEIRA THOBIAS. Estudo bibliográfico sobre o uso do Radiofármaco para tratamento paliativo de dores em metástase óssea. Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/11048/9269>.

RADIOPHARMACUS. Ciclo de Palestras em Atualização no tratamento do Câncer, Radioisótopos em Medicina. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/radioisotopos_carolina_alves.pdf>.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA. Cuidados Paliativos. Disponível em: <https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/cuidados-paliativos>.



Entenda melhor o que são os cuidados paliativos através desse vídeo do Hospital Sírio-Libanês:






10 de novembro de 2023

Desvendando os Medicamentos Biossimilares: Da Bancada do Laboratório à Aplicação no Paciente


Introdução:

Na busca incessante por tratamentos eficazes e acessíveis, os medicamentos biossimilares têm ganhado destaque, oferecendo alternativas promissoras no campo da saúde. Nesta postagem, exploraremos o fascinante processo de manipulação desses medicamentos no laboratório, destacando os cuidados essenciais que garantem a segurança do paciente.

O Que São Medicamentos Biossimilares?


Antes de nos aprofundarmos na manipulação, é fundamental entender o que são medicamentos biossimilares. Diferentemente dos medicamentos genéricos tradicionais, os biossimilares são produzidos a partir de organismos vivos e são estruturalmente semelhantes a medicamentos biológicos já existentes. Esta semelhança, no entanto, não significa que a manipulação seja uma tarefa simples.


                               
                                   

Processo de Manipulação no Laboratório:


A produção de medicamentos biossimilares envolve um rigoroso processo de manipulação no laboratório. Cada etapa é meticulosamente planejada para assegurar a qualidade e eficácia do medicamento final. Desde a seleção cuidadosa dos organismos até a purificação e formulação, cada passo é crucial.

1.Seleção de Organismos: Os cientistas selecionam organismos específicos para produzir os componentes biológicos essenciais do medicamento. Essa etapa exige expertise para garantir a pureza e consistência.


2.Cultura Celular: As células selecionadas são cultivadas em condições controladas para produzir os componentes biológicos desejados. O ambiente do laboratório é monitorado de perto para otimizar o crescimento celular.


3.Purificação: A parte mais delicada do processo, a purificação, envolve a separação dos componentes desejados de outros materiais celulares. Técnicas avançadas são empregadas para garantir a pureza e a qualidade do produto final.


4.Formulação: Após a purificação, os componentes são formulados de maneira específica para criar o medicamento biossimilar. Cada detalhe, desde a concentração até a estabilidade, é levado em consideração.

Cuidados no Laboratório:

A manipulação de medicamentos biossimilares requer cuidados extremos no laboratório. Os profissionais envolvidos devem seguir estritamente as diretrizes de boas práticas de fabricação (BPF) para evitar contaminações e assegurar a consistência do produto. Além disso, verificações de qualidade são realizadas em cada etapa para identificar e corrigir qualquer desvio potencial.

Garantindo a Segurança do Paciente:

A segurança do paciente é a principal prioridade ao manipular medicamentos biossimilares. Testes extensivos são conduzidos para validar a equivalência entre o biossimilar e o medicamento de referência. Essa abordagem garante que os pacientes recebam um tratamento confiável e eficaz.


Conclusão:

Os medicamentos biossimilares representam um avanço significativo na medicina, proporcionando opções terapêuticas mais acessíveis. No entanto, é crucial reconhecer a complexidade do processo de manipulação no laboratório e os cuidados necessários para garantir a segurança do paciente. Ao compreender o esforço dedicado a cada etapa, podemos apreciar melhor o papel vital desses medicamentos na promoção da saúde global.



REFERÊNCIAS:

https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1744-entendendo-os-biossimilares

https://sobrafo.org.br/wp-content/uploads/2022/01/RevistaBiossimilaresSobrafo_DIGITAL1.pdf

7 de novembro de 2023

Começou os calorões?

 O uso de fitoterápicos pode ser uma opção natural para aliviar os sintomas da menopausa, no entanto, é importante lembrar que cada mulher é única e pode responder de maneira diferente aos fitoterápicos, é sempre recomendado consultar um profissional da saúde antes de iniciar qualquer tratamento, incluindo o uso de fitoterápicos. Alguns fitoterápicos comumente utilizados para aliviar os sintomas da menopausa incluem:

Agripalma (Leonurus cardiaca): Possui propriedades que ajudam a equilibrar os hormônios femininos, aliviando sintomas como ansiedade, palpitações cardíacas e insônia.

Vitex: Também conhecido como árvore casta, é utilizado para regular os níveis de progesterona e aliviar os sintomas da menopausa, como alterações de humor e ondas de calor.

Amora (Rubus subg. Rubus): A folha de amora é rica em fitoestrógenos, que ajudam a equilibrar os níveis hormonais e reduzir os sintomas da menopausa, como fogachos e suores noturnos.

Isoflavonas de soja (Glycine Max): Contêm fitoestrógenos que podem ajudar a aliviar sintomas como ondas de calor e secura vaginal.

Trevo vermelho (Trifolium pratense): Também contém fitoestrógenos e pode ser útil para aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor.

Cimicifuga (Actaea racemosa): Também conhecida como black cohosh, é utilizada para aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor e alterações de humor.

Yam mexicano (Dioscorea villosa): Contém fitoestrógenos que ajudam a aliviar os sintomas da menopausa, como secura vaginal e alterações de humor.

É importante ressaltar, que é fundamental ter em mente que os fitoterápicos podem interagir com outros medicamentos, por isso é importante informar seu médico ginecologista sobre qualquer medicamento que esteja tomando.

https://farmaciaproderma.com.br/blog/fitoterapicos-para-mulheres/



5 de novembro de 2023

Testes In Vitro na Bioisenção de Fármacos: A Magia da Pesquisa em Miniatura

Hoje, vamos explorar um dos pilares fundamentais da bioisenção de fármacos: os testes in vitro. Imagine entrar em um laboratório repleto de minúsculas "fábricas" que avaliam a eficácia dos medicamentos de forma personalizada. Bem-vindo ao emocionante mundo dos testes in vitro na bioisenção!

Testes In Vitro: O Que São? 

Os testes in vitro são experimentos que ocorrem em um ambiente controlado fora do corpo humano, muitas vezes em placas de cultura celular. Eles permitem que os cientistas estudem como os medicamentos interagem com células e tecidos em condições que simulam o ambiente humano, mas em uma escala menor.

Por Que São Importantes na Bioisenção? 

Personalização Terapêutica: Os testes in vitro desempenham um papel crítico na personalização de tratamentos. Eles ajudam a determinar como um medicamento afetará as células de um paciente com base em suas características genéticas únicas.

Avaliação de Eficácia: Os testes permitem que os pesquisadores determinem a eficácia de um medicamento em atacar células-alvo, como células cancerosas, ajudando a escolher o tratamento mais eficaz.

Minimização de Efeitos Colaterais: Avaliar como um medicamento afeta as células saudáveis versus as células doentes ajuda a minimizar os efeitos colaterais indesejados.

Desenvolvimento de Medicamentos Direcionados: Os testes in vitro são essenciais para o desenvolvimento de medicamentos altamente direcionados, que podem tratar doenças com base nas características genéticas do paciente.

O Processo de Testes In Vitro 

Os cientistas cultivam células em laboratório, replicando o ambiente biológico específico da doença a ser tratada. Eles, então, expõem essas células a medicamentos em potencial e monitoram como elas respondem. Isso fornece informações valiosas sobre a eficácia do tratamento.

Impacto no Futuro da Saúde 

Os testes in vitro são a base da pesquisa em bioisenção de fármacos. Eles nos permitem personalizar tratamentos de forma nunca antes imaginada. Com avanços contínuos na tecnologia de testes in vitro e na análise de dados, estamos nos aproximando de um futuro onde os medicamentos são projetados sob medida para cada paciente, oferecendo tratamentos mais eficazes e minimizando efeitos colaterais.

A bioisenção de fármacos e os testes in vitro estão pavimentando o caminho para uma revolução na medicina, tornando a terapia personalizada uma realidade. Estamos ansiosos para ver como essas descobertas impactarão positivamente a saúde e o bem-estar de todos. 

Referência:

https://www.elevescience.com.br/post/avan%C3%A7os-regulat%C3%B3rios-sobre-a-bioisen%C3%A7%C3%A3o-de-medicamentos-gen%C3%A9ricos-t%C3%B3picos




4 de novembro de 2023

Uma pausa para pipoquinha



O filme Clube de Compras Dallas nos leva de volta à época em que a AIDS era uma sentença de morte e não havia tratamento aprovado pela FDA. Depois, em 1987, ocorreu um avanço com a aprovação do AZT (zidovudina), o primeiro medicamento para HIV/AIDS. Embora não fosse uma cura, foi o primeiro sinal de que a ciência médica estava progredindo.

Mas o enredo do filme não se limita aos EUA, repercutindo globalmente, inclusive no Brasil. Nos primórdios da epidemia de AIDS, o Brasil enfrentou grandes desafios. A proatividade do governo brasileiro quanto ao tratamento da AIDS, incluindo a produção de versões genéricas de medicamentos como o AZT, tornou-se um farol de esperança na luta contra a doença.

A história de Ron Woodroof, a aprovação do AZT e os esforços do Brasil na batalha contra a AIDS nos lembram do poder da resiliência e do impacto das ações individuais e coletivas diante da adversidade.


Então pega uma pipoca e bora ver esse filme maravilhoso, ganhador de três Oscars, e com vários temas ótimos para debate.

E para aqueles com coração manteiga, o filme é um drama! Prepara o lencinho.

Já assistiu? O que achou do filme?


Fontes:

https://falandofarmacologia.ufms.br/a-evolucao-do-tratamento-farmacologico-de-pessoas-que-vivem-com-hiv/

https://graduacao.afya.com.br/medicina/historia-aids-brasil

https://spdm.org.br/noticias/dica-cultural/a-luta-contra-a-aids-em-clube-de-compras-dallas/

https://www.coc.fiocruz.br/index.php/pt/todas-as-noticias/1993-controle-de-epidemia-que-tornou-brasil-referencia-mundial-vive-declinio.html

3 de novembro de 2023

Inteligência Artificial: 1º medicamento com a tecnologia avança nos estudos da fase 1 com sucesso


   
     Recentemente, a Insilico Medicine, uma empresa de biotecnologia que utiliza inteligência artificial (IA) em seu processo de pesquisa e desenvolvimento, anunciou um marco significativo no campo da medicina. Eles revelaram que o primeiro paciente recebeu o INS018_055, um medicamento inovador projetado inteiramente por IA. O INS018_055 tem como alvo o tratamento da fibrose pulmonar idiopática, uma condição respiratória rara que causa a progressiva deterioração da função pulmonar. 
    No início do ano, a Insilico Medicine já havia divulgado resultados positivos da fase 1 dos testes clínicos, realizados com aproximadamente 125 indivíduos na Nova Zelândia e na China. Esses resultados iniciais apontaram o potencial do INS018_055 no combate à fibrose e inflamação, sinalizando uma nova opção terapêutica para pacientes em todo o mundo, conforme enfatizado pelo CEO e diretor científico da empresa, Feng Ren.
    O grande destaque deste medicamento é o fato de ter sido totalmente concebido e projetado por meio de inteligência artificial. A Insilico Medicine é pioneira nessa abordagem, tendo iniciado sua exploração em 2016 e desde então investido consideravelmente na área. A empresa já anunciou 12 candidatos pré-clínicos em seu portfólio, sendo que três deles progrediram para os estudos clínicos. Utilizando diversas plataformas alimentadas por dados de milhões de amostras, a Insilico Medicine prioriza alvos terapêuticos relevantes com notável eficiência. Isso foi exemplificado pela rápida identificação da proteína Spike do coronavírus como crucial na infecção, graças à IA.
    Além disso, a empresa desenvolveu uma plataforma capaz de projetar novas moléculas com base em conhecimento prévio de moléculas existentes e direcionadas aos alvos identificados pela plataforma anterior. No caso do INS018_055, 80 moléculas foram geradas com alto sucesso em um prazo surpreendentemente curto de apenas 18 meses desde a análise inicial. Esses avanços demonstram o potencial transformador da IA na descoberta e desenvolvimento de medicamentos e sua capacidade de acelerar o processo de inovação terapêutica, um progresso promissor que beneficia os pacientes que mais necessitam de tratamentos eficazes. O co-CEO e fundador da Insilico Medicine, Alex Zhavoronkov, expressa otimismo em relação ao futuro dessa terapia pioneira e à crescente valorização da IA generativa no campo da pesquisa e desenvolvimento de medicamentos. 

Referências:

Folha de Pernambuco
Disponível em: https://www.folhape.com.br/noticias/inteligencia-artificial-1o-medicamento-com-a-tecnologia-avanca-nos/278357/

Tecnologias na Pesquisa Clínica: desafios e avanços 🔬 💉

  Após a pandemia do Covid-19, a pesquisa clínica ganhou um novo olhar. 

  Estudos precisaram ser desenvolvidos e, não só isso, eles ganharam ainda mais agilidade durante todo o seu processo até conclusão para que se tivesse o mais rápido possível um produto final confiável e eficaz. 

  As exigências não somente para fase 3 mas desde o início até a conclusão do estudo, foram adaptadas e o protocolos reavaliados e flexibilizados. Desta forma, os desafios que surgiram mostraram como a tecnologia poderia ser uma aliada para manter a comunicação com os pacientes, para que os estudos e fases pudessem ocorrer de maneira mais fácil, acessível e sem precisar do contato físico como o paciente.

  Os ensaios clínicos baseados no local dependem e exigem muito dos participantes: desde viagens às despesas, o tempo disponível e a necessidade de conciliar com o trabalho e os compromissos familiares. Essas exigências contribuem para o aumento das desistências dos pacientes, além de pouco comprometimento com os estudos. Se um paciente já passa por tratamentos complexos devido a condições raras ou graves, a participação é menor ainda.

  Com a adoção da tecnologia nos serviços de saúde móveis, foi possível aumentar significativamente o recrutamento e a retenção dos pacientes. O fornecimento de visitas domiciliares para administrar o tratamento e a permissão da captura de dados por meio de dispositivos vestíveis e aplicativos foram uma boa evolução. 


Fique por dentro de 3 tendências tecnológicas para a pesquisa clínica:

Inteligência Artificial: aplicada a análise de dados, pode ser usada para aprimorar o desenho dos ensaios clínicos, identificar hipóteses e minimizar riscos potenciais. A IA pode ser aplicada no recrutamento de participantes, a partir de registros eletrônicos de saúde e dados de dispositivos conectados para combinar pacientes com testes. 

Blockchain: utilizada para aprimorar ensaios clínicos virtuais, obtendo maior transparência, permitindo rastreabilidade do consentimento informado e melhoria da qualidade e confiabilidade dos dados. Pode atuar como armazenamento central de dados e oferecer integridade e segurança dos dados, além de privacidade exigida pelas agências reguladoras.

mHealth: dispositivos como relógio, smartphones, tablets e aplicativos móveis que fazem parte da tecnologia virtual.  Plataformas baseadas em aplicativos personalizáveis e compatíveis para o paciente que garantem que a experiência seja conveniente, contínua e segura. Os aplicativos são utilizados no recrutamento e inscrição, eConsent, coleta de Ecoa e dados de dispositivos conectados e até mesmo telemedicina. Além disso, os pacientes podem usar seu próprio smartphone ou tablete.

 

Para saber mais acesse:

https://cemecpesquisaclinica.com.br/tecnologias-que-sao-tendencia-na-pesquisa-clinica/

https://cenders.com.br/como-tecnologia-pode-impactar-um-ensaio-clinico/

 

31 de outubro de 2023

Alzheimer e Leqembi: será um novo começo?

    A doença de Alzheimer é caracterizada pela perda progressiva da função mental, onde há uma degeneração do tecido do cérebro, a perda de células nervosas, a acumulação de uma proteína anormal chamada beta-amiloide e o desenvolvimento de tranças neurofibrilares. De acordo com a OMS, das pessoas que vivem hoje no mundo com demência, cerca de 70% são relacionados a doença de Alzheimer.

Mas, o que leva uma pessoa a ter Alzheimer? Não existe uma causa definida para essa doença, ela é desconhecida. Porém, estudos mostram que pode provir de fatores genéticos.

Quais os sintomas dessa doença? O primeiro sintoma é a perda de memória. Logo podem vir problemas na fala, mudanças na personalidade, desorientação, comportamentos diferentes... 

Ok. Mas o Alzheimer tem cura? Não. Porém, estudos são realizados para retardar a evolução dessa doença, onde poderá preservar por mais tempo as funções intelectuais. É importante que o tratamento se inicie o mais cedo possível.

    A agência federal americana Food and Drugs Administration (FDA) aprovou em julho/2023 o uso do Leqembi nos Estados Unidos. No estudo, o medicamento mostrou-se capaz de retardar o declínio cognitivo em até 60% em indivíduos com estágio inicial da doença. Leqembi é um medicamento intravenoso, projetado para remover depósitos de beta-amiloide que ainda não se aglutinaram, ou seja, ele foi aprovado apenas para indivíduos com diagnósticos recentes da doença, que possuam uma farta quantidade dessas proteínas ainda saudáveis em seus cérebros. Ele obteve essa restrição de uso devido à alguns efeitos adversos raros, porém, graves.

    Então, gostou do assunto abordado? Você sabe como funciona a doença de Alzheimer? Será que teremos novos medicamentos para tratar essa doença no Brasil?




Para mais informações:

HUANG, Juebin. Doença de Alzheimer. Manual MSD, 2023. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/delirium-e-dem%C3%AAncia/doen%C3%A7a-de-alzheimer

Medicamento para Alzheimer aprovado nos EUA deve demorar para chegar no Brasil. O Tempo, 2023. Disponível em: https://www.otempo.com.br/brasil/medicamento-para-alzheimer-aprovado-nos-eua-deve-demorar-para-chegar-ao-brasil-1.2995235

Comparação entre técnicas de granulação via úmida: leito fluidizado x alto cisalhamento.

            A granulação pode ser realizada por diferentes tecnologias as quais se diferenciam essencialmente nas metodologias utilizadas e,...