29 de março de 2017

Produção de insulina artificial pelo DNA recombinante, obtido da bactéria Escherichia coli.

A insulina é um hormônio produzido pelas células pancreáticas, sendo sua  função  a redução dos níveis de glicemia, a sua deficiência gera uma doença chamada diabetes melittus. A diabetes é um sério problema de saúde, devido ao grande numero de pessoas atingidas pela doença, por isso viu se a necessidade de  um nova tecnologia para produção artificial de insulina, para reduzir o seu tempo de produção, cerca de 30 dias, já que a insulina tradicional é produzida através do pâncreas de suínos ou bovinos. A tecnologia de Rdna permitiu a expressão de proteínas em microrganismos e células hospedeiras, como a Escherichia coli.



Essa insulina artificial e produzida através de moléculas de DNA, contendo segmentos ligados, onde é feito o isolamento do gene de interesse é conduzido por meio de técnicas de clonagem molecular, que consistem em induzir um organismo vivo a amplificar a sequencia de DNA de interesse. A clonagem do DNA envolve a separação de um gene especifico e sua ligação a uma molécula de DNA transportadora e depois a replicação do DNA modificado, o resultado e uma amplificação seletiva de um gene particular. A bactéria Escherichia coli, foi o primeiro usado. Utilizando - se os códons genéticos para E. coli, para uma melhor expressão do gene nessa bactéria, foi montado um gene codificando a proteína humana .A insulina artificial ou recombinante foi o primeiro produto da tecnologia do Rdna, comercializado no mundo.

Fonte:
file:///D:/Dados%20Usu%C3%A1rio/Desktop/Dialnet-AProducaoDeInsulinaArtificialAtravesDaTecnologiaDo-5033102.pdf

28 de março de 2017

Na Universidade de Salamanca, na Espanha, um grupo de pesquisadores realizaram com sucesso  um experimento in vitro de uma alternativa não toxica para o tratamento de neoplasias, o grupo desenvolveu nanocápsulas inteligentes  as quais  são capazes de reconhecer e ir diretamente as células tumorais. A intenção é modificar a quimioterapia convencional, principalmente a do câncer de pulmão.
O grupo liderado por uma engenheira química tem como foco desenvolver um aerosol para inalação, o qual inclua um meio inteligente que reconheça somente as células tumorais, diminuindo assim  os efeitos tóxicos nos tecidos saudáveis, outra vantagem é a autonomia do paciente que poderá  ele próprio aplicar o tratamento.


O principal objetivo é  diminuir a quantidade de medicamentos que é utilizado para chegar a uma formula especifica, para diminuir a toxicidade e aumentar a eficácia, devido que 80% do fármaco aplicado não é utilizado.
Espera-se que nos próximos dois anos poderão iniciar-se os testes em animais, neste momento os testes estão sendo feitos em tumores in vivo, para que os resultados sejam o mais próximo à realidade, para contarem com uma margem de segurança para dar o seguinte passo. Neste momento encontram-se tentando desenvolver um tumor em 3D para ver como crescem e conseguir validar o aerosol.

                                                                                                            



                                                                                                                  Fonte: Agencia Ete-Espanhaai

Maior informação http://www.sbppc.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=2886&Itemid=37 

25 de março de 2017

Pesquisas ajudam a criar medicamentos com técnicas de computação

Grupo interdisciplinar da USP cria técnicas computacionais para ajudar na elaboração de novos fármacos. A professora Káthia Maria Honório lidera a pesquisa. Ela trabalha na área de química medicinal computacional e ressalta a importância da pesquisa "Os métodos computacionais são muito úteis pois nos ajudam a economizar tempo, dinheiro e esforços na identificação das substâncias de que precisamos".
O método permite analisar substâncias para descobrir quais componentes de sua estrutura poderiam ser usados em um novo fármaco com base em um determinado alvo biológico.
É utilizada também uma técnica chamada virtual screening (triagem virtual), através da qual analisa-se um banco de dados de moléculas disponíveis comercialmente na ordem de interação entre elas e o alvo.
Trata-se de uma ferramenta extremamente útil, que agregada ao conhecimento do pesquisador, tem uma alta eficácia.

Veja a notícia na íntegra através do link: http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-e-da-terra/pesquisas-ajudam-a-criar-medicamentos-com-tecnicas-de-computacao/


A pesquisa clínica em torno dos medicamentos para HIV

A pesquisa clínica é definida por ser qualquer investigação em seres humanos, objetivando descobrir ou verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e identificar reações adversas ao produto em investigação com o intuito de averiguar sua segurança e eficácia. A inovação na indústria farmacêutica visa descobrir algo novo com propriedades terapêuticas. É uma exigência fundamental das organizações para alcançar o sucesso no mercado, representando, assim, uma vantagem competitiva. Estratégias modernas de planejamento de fármacos se fundamentam no conhecimento da fisiopatologia das doenças, no estudo de vias bioquímicas e na seleção de alvos moleculares. 

O vírus do HIV por exemplo, ainda mata milhões de pessoas no mundo inteiro, não sendo descoberta ainda a sua cura, e as pesquisas para o surgimento de fármacos capazes de combater  o vírus não param, mas o processo é demorado, caro e envolve profissionais capacitados da área da saúde, que dedicam parte do seu tempo a pesquisa. Embora a terapia anti-retroviral moderna apresente grande eficácia e tolerância, ter mais medicamentos disponíveis com diferentes mecanismos de ação dá ao paciente a possibilidade de enquadrar a terapia ao seu bolso e a sua situação específica. Possibilitando assim, uma maior adesão ao tratamento. Pesquisas recentes já indicam fármacos representantes de novas classes, com funcionamentos distintos dos já existentes.


Porém, o desenvolvimento de um fármaco ainda demora muitos anos, já que necessita-se comprovar sua eficácia e sua baixa toxicidade. Os custos de uma pesquisa são altos e no Brasil o investimento existente, ainda pequeno, é realizado por meio das universidades em parceria com alguma indústria que tenha interesse em lançar o produto no mercado.


Deixamos como sugestão de leitura, opções terapêuticas discutidas em uma recente Conferência: https://soropositivo.org/2017/03/20/varios-novos-candidatos-no-pipeline-de-medicamentos-para-hiv-discutidos-na-conferencia/

Obrigada a todos e boa leitura!

23 de março de 2017

Cyclurad: resultados de ensaios humanos visando tratamento de depressão bipolar e suicídio


Cerca de 4% da população adulta mundial sofre de transtorno bipolar e, segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), essa prevalência vale também para o Brasil, o que representa 6 milhões de pessoas no país. Aqueles com depressão bipolar são mais de duas vezes mais propensos a cometer suicídio em comparação com os pacientes que têm outras formas de depressão.

Afim de tentar tratar tal transtorno, a empresa farmacêutica de fase clínica NeuroRx apresentou dados da eficácia do Cyclurad em reduzir rapidamente sintomas de depressão e suicídio em pacientes com transtorno bipolar. O estudo aberto em 8 pacientes demonstrou uma redução de 50% nos sintomas de depressão e uma redução de 75% no suicídio em pacientes com depressão bipolar.
A NeuroRx é pioneira numa abordagem de tratamento por etapas em que a administração de cetamina é seguida por uma combinação de D-cicloserina e um estabilizador de humor aprovado pela FDA para manter o efeito da cetamina. Embora a cetamina ainda não seja reconhecida pelo FDA, estes achados obtidos pela NeuroRx trazem esperança para o tratamento de tal transtorno. O próximo passo seria um ensaio clínico em maior escala para analisar se esses achados podem realmente ser confirmados.

22 de março de 2017

Uso de medicamentos off-label ou não licenciados para pediatria em hospital público brasileiro

     
         Devido o limitado uso de medicamentos na pediatria, ocorreu um estudo em um hospital público no nordeste brasileiro, onde foi analisado a indicação terapêutica de pacientes do 1° trimestre de 2012. Segundo a ANVISA, off-label ou não licenciados se caracteriza como sendo o uso que não consta em bula e que é diferente das informações da licença concedida pela Agência para utilização em determinada faixa etária. Por ainda não ser aprovado, se torna uma responsabilidade médica, podendo se tornar um erro médico, mas em grande parte das vezes trata-se de um uso essencialmente correto. Embora não haja proibição, é necessário ter cautela, para garantir benefícios de seu uso nessa faixa etária.
Para a quantificação dos itens off-label, analisou-se cada medicamento das prescrições, separadamente, sendo estes considerados off-label quando a indicação para o qual haviam sido prescritos eram diferentes das informações da licença do produto em pelo menos uma das fontes consultadas (Bulário ANVISA ou MICROMEDEX/FDA). Foram classificados como medicamentos não licenciados aqueles descritos como contraindicados para crianças ou que a segurança e eficácia não foram estabelecidas para a população pediátrica.
Foram observados 77 diagnósticos, prevalecendo diabetes mellitus tipo 1, gastroenterites virais, doenças reumáticas, dermatites e pneumonia.



Ao comparar os medicamentos, a prevalência entre off-label ou não licenciados separando-se os resultados Bulário ANVISA/Bulas MICROMEDEX/FDA, observou-se que que a porcentagem de itens off-label ou não licenciados segundo a ANVISA foi de 3,7% e 5,2% respectivamente, valores inferiores obtidos por meio da base MICROMEDEX/FDA que foram 11,5% e 6,0% (gráfico 1).
Segundo o Bulário ANVISA, o ácido acetilsalicílico foi o medicamento mais prescrito entre os utilizados de forma off-label e o captopril entre os não licenciados. Em relação à base MICROMEDEX/FDA, obteve-se a metoclopramida e captopril, respectivamente.
                Ainda a escassez de estudos farmacológicos relacionados a população pediátrica, devido a falta de interesse das indústrias farmacêuticas ou aos fatores éticos envolvidos, que contribui para ocorrência de reações adversas a medicamentos. Os dados obtidos através dos prontuários demonstram uma prevalência de prescrição de medicamentos off-label ou não licenciados e segurem a necessidade de adoção de medidas que promovam o uso racional de medicamentos para a população pediátrica. O farmacêutico surge como um profissional capaz de colaborar com o uso correto dos fármacos em pediatria, fornecendo informações para a equipe de saúde e contribuindo para uma farmacoterapia mais segura.


http://www.sbrafh.org.br/rbfhss/public/artigos/2013040103BR.pdf Aqui está o link para uma melhor leitura do artigo. 

15 de março de 2017

O ponto de partida para a inovação de fármacos, junto aos avanços na área da pesquisa

         Inicialmente, detalhando os fatos sobre a inovação e o avanço dos fármacos no Brasil, podemos citar dois fármacos, bem relevantes, que foram descobertos ao acaso, como, a Penicilina e o Sildenafil. Logo, ao acaso refere-se ao fato de que em relação ao primeiro medicamento, a descoberta se deu após o médico Fleming, perceber que não teve a inibição do crescimento de cepas Staphillococcus em uma placa de cultura, e sim a posterior contaminação por fungos do gênero Penicillium. Ao contrário, sobre o segundo medicamento citado, por se tratar, anteriormente, de um anti-hipertensivo e não objetivar o efeito desejado, houve uma mudança no seu mecanismo de ação, e por causa dos seus efeitos adversos observados, passou a ser um fármaco de escolha para a disfunção erétil e sendo inibidor da fosfodiesterase. Ambos foram o ponto de partida para o que se caracteriza pesquisa e desenvolvimento de fármacos. A partir desses, desenvolveu-se novas técnicas, por exemplo, de screening das propriedades farmacológicas, e de fármacos mee- to, no qual trata-se de fármacos semelhantes, onde ocorrem apenas modificações nos protótipos que os correspondem.                                                                                                                                                                 
        Se direcionar o assunto para um enfoque em pesquisa e desenvolvimento, ao ler diversos artigos, pode ser devidamente demonstrado que há investimentos nessa área, com intuito de melhor promoção na saúde, de resoluções de problemas para um eficaz mecanismo de ação, com menor efeito colateral e tudo isso unido a um avanço perceptível a nível tecnológico e científico. O fato é que mesmo com todo o progresso nesse campo, se observar em particular o Brasil, percebe-se uma incrível denotação sobre problemas enfrentados na união de pesquisa, que estão muito centradas nas universidades, com a capacidade de produção que se detém, preferencialmente ou exclusivamente, as indústrias. Ocorre, que ambos ainda necessitam de ações governamentais, para que essa união seja facilitada.
     

           Em suma, observa-se que ao passar do tempo, só cresce o interesse pela inovação de novos fármacos e fontes mais promissoras e diferenciadas na área de pesquisa, nos quais possam cada vez mais contribuir para uma melhor eficácia no tratamento e prevenção de doenças. Todavia, ainda há muitos obstáculos a serem percorridos pois, o ambiente de pesquisa, no Brasil, ainda é muito ameno, falta uma contribuição maior de meios de produção para que sejam mais efetivas e colocadas em práticas as novas formulações de fármacos e, também, um maior números de núcleos de pesquisadores para que aja um grande interesse por mais desenvolvimentos de medicamentos diferenciais, inovadores e eficazes. 



Indicamos que após a leitura todos acessem o seguinte link : http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/70/011a016_entrevista_dr.pdf, pois trata-se de uma breve entrevista com um farmacêutico renomado ao qual responde, de maneira bem didática, a algumas perguntas referentes ao planejamento e desenvolvimento de novos fármacos: os primeiros passos do Brasil. 

Agradecemos a atenção de todos e boa leitura!

Comparação entre técnicas de granulação via úmida: leito fluidizado x alto cisalhamento.

            A granulação pode ser realizada por diferentes tecnologias as quais se diferenciam essencialmente nas metodologias utilizadas e,...