A produção de nanopartículas costuma ocorrer por meio de métodos físicos e químicos.
Nos métodos físicos, conhecidos como nanofabricação descendente, as partículas são geradas ao reduzir o tamanho do material original. Esses métodos incluem moagem, condensação por gás, eletropulverização, litografia e termodecomposição.
Já nos métodos químicos, que possuem abordagem ascendente, as partículas são formadas através de nucleação e crescimento a partir de precursores atômicos ou moleculares, geralmente, na fase líquida ou de vapor de uma ocorrência química. Neles estão inclusos: microemulsão, hidrotérmicos, microfluídicos, vapores químicos, pirólise e sol-gel. A produção química de nanopartículas resulta em nanoestruturas com menos defeitos, proporcionando acesso a composições químicas mais complexas e fluidas, sendo facilmente escalonável para fabricação rápida e de baixo custo.
No entanto, devido à complexidade e à geração de subprodutos tóxicos dessas técnicas, surgiram métodos biológicos para a síntese de nanopartículas, como a biogênese com microrganismos e extratos vegetais. Esses métodos sustentáveis geram partículas atóxicas, ideais para aplicações biomédicas e ambientais.
As vias de produção de nanopartículas por sistemas biológicos, conhecidas como propriedades verdes ou biossíntese, estão se tornando cada vez mais relevantes. Nesses processos, organismos biológicos ou componentes deles, como biomoléculas, possuem um potencial redutor e, portanto, são utilizados na obtenção de nanopartículas. A biossíntese de nanopartículas é realizada tanto por organismos procarióticos quanto eucarióticos e é facilitada por componentes biológicos capazes de reduzir íons metálicos, sem gerar resíduos tóxicos ou causar impactos no meio ambiente.
Dentre os sistemas microbianos, os fungos são os mais utilizados devido à sua ampla distribuição na natureza e ao papel crucial que desempenham na síntese de nanopartículas metálicas.
Dessa forma, esses mecanismos de síntese de nanopartículas tornam possível sua utilização em medicamentos, a exemplo dos nanocarreadores biodegradáveis, onde as nanocápsulas de albumina se ligam ao princípio ativo, como o placitaxel, melhorando sua biodisponibilidade, conforme foi ilustrado em nossa apresentação.
Referências:
https://www.sigmaaldrich.com/BR/pt/applications/materials-science-and-engineering/nanoparticle-and-microparticle-synthesis
https://agrariacad-com.cdn.ampproject.org/v/s/agrariacad.com/2021/04/15/sintese-de-nanoparticulas-revisao-de-literatura/amp/?amp_gsa=1&_js_v=a9&usqp=mq331AQIUAKwASCAAgM%3D#amp_tf=De%20%251%24s&aoh=16998271857313&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&share=https%3A%2F%2Fagrariacad.com%2F2021%2F04%2F15%2Fsintese-de-nanoparticulas-revisao-de-literatura%2F