22 de dezembro de 2011
Subcomissão da Câmara apresenta relatório sobre produção de fármacos no Brasil
A presidente da Subcomissão Especial de Desenvolvimento do Complexo Industrial em Saúde, a deputada Jandira Feghali, apresentou em 15/12, na Fiocruz, o relatório que analisa a situação do país quanto à capacidade de inovação e produção de fármacos no setor de saúde. A ideia é, com a apresentação do documento, auxiliar o Congresso na formulação de políticas públicas que estimulem plantas industriais na geração de produtos nacionais e contribuam para a ampliação do acesso da população às novas tecnologias na área de saúde.
Para saber mais acesse http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/noticias/46462/subcomissao-da-camara-apresenta-relatorio-sobre-producao-de-farmacos-no-brasil?utm_source=ALLINMAIL&utm_medium=email&utm_content=26800034&utm_campaign=Top%2010%20-%20Not%EDcias%20da%20%E1rea%20de%20Farm%E1cia%2021/12&utm_term=y.jm.lt92.yu82bo.f.we.a.znbv1.wb
3 de dezembro de 2011
EVOLUÇÃO DA NORMATIZAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF) E O SEU IMPACTO NA QUALIDADE DE MEDICAMENTOS COMERCIALIZADOS NO BRASIL.
Fonte: http://www.cpgls.ucg.br/6mostra/artigos/SAUDE/FERNANDO%20JUSTINO%20TORRES%20DE%20DEUS.pdf
30 de novembro de 2011
Medicamentos biológicos ajudam pacientes específicos O uso correto dos produtos evita intoxicações e mortes
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 50% das pessoas no mundo utilizam medicamentos de forma incorreta. Só no Brasil, 30,7% das intoxicações e 19,7% dos óbitos são causados pelo uso inadequado dos produtos, segundo o Ministério da Saúde.
Com o aumento da tecnologia e pesquisas da área de farmácia, os números estão sendo reduzidos, principalmente por conta dos medicamentos personalizados. Um exemplo é o abacavir, antiviral contra o HIV. Assim como em casos de câncer de mama com o gene da proteína HER2 alterado, onde pacientes podem utilizar do medicamento trastuzumabe, que age no receptor e torna o tratamento mais eficaz.
Além disso, estão sendo desenvolvidas vacinas terapêuticas contra tumores malignos, a partir de estudos do nosso sistema de defesa, levando médicos a testarem vacinas contra câncer de pâncreas, próstata, melanoma, entre outros.
No Brasil, medicamentos de alto custo, inclusive personalizados, estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Com informações de O Globo
Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/noticias/45628/medicamentos-biologicos-ajudam-pacientes-especificos?utm_source=ALLINMAIL&utm_medium=email&utm_content=26260250&utm_campaign=Top%2010%20-%20Not%EDcias%20da%20%E1rea%20de%20Farm%E1cia%2029/11&utm_term=y.jm.lt92.yu82bo.f.we.a.znbv1.wb
24 de novembro de 2011
AVALIAÇÃO DO GRAU DE HOMOGENEIDADE DE MISTURAS EM FORMULAÇÕES CONTENDO FÁRMACO DE BAIXA DOSAGEM.
O acetato de hidrocortisona foi escolhido como exemplo de fármaco de baixa dosagem.
Esse fármaco é manipulado em farmácias magistrais em doses menores do que as encontradas em comprimidos comerciais (dose mínima 5 mg). Esse medicamento, por via de administração oral, não é produzido pela indústria farmacêutica brasileira sendo produzido apenas em farmácias magistrais.
Objetivou-se, nesse trabalho, avaliarão e comparação do grau de homogeneidade de misturas de pós contendo fármaco potente (acetato de hidrocortisona – 1mg), utilizando-se 3 métodos diferentes: mistura no gral com auxílo de pistilo, mistura em saco plástico e mistura no Mixer Plus®. As misturas de pós foram encapsuladas e o teor do fármaco foi determinado por espectrofotometria de absorção na região ” ultravioleta (UV).
Este artigo foi retirado de: http://www.espacomagistral.com.br/sistema/?p=128
22 de novembro de 2011
TENSOATIVOS EM XAMPU
cabelo, espessantes, opacificantes, perolizantes, conservantes, essências, corantes e aditivos promocionais, sendo que
os tensoativos contribuem para atingir a maior parte das propriedades do produto final, tais como, aparência, espumação,
baixa irritação, limpeza e condicionamento do cabelo.
Tensoativos são substâncias heteropolares que possuem atividade de superfície. Seu mecanismo de atuação envolve a
adsorção e orientação das moléculas de tensoativos nas interfaces do sistema (água/ar, sujeira/cabelo/água) e a
orientação destas no interior da solução formando as micelas. A magnitude desses efeitos depende do balanço de
solubilidade entre as partes polar e apolar de suas moléculas, ou seja, do balanço hidrófilo-lipófilo (HLB), fator
determinante de suas propriedades físico-químicas, tais como redução de tensão superficial e concentração micelar
crítica (cmc), detergência, espuma e viscosidade.
A utilização de um único tensoativo pode não fornecer todas as características desejadas para a formulação, sendo
comum o uso de misturas. Destas, a mais utilizada em xampus é a combinação de lauril éter sulfato de sódio e
dietanolamida de coco onde o primeiro atua como base detergente devido ao seu poder de limpeza, solubilidade em
água e alto poder espumante, enquanto que o segundo proporciona estabilidade de espuma, espessamento e
condicionamento ao cabelo. Entretanto, outras combinações de tensoativos podem trazer redução na irritabilidade aos
olhos e melhor efeito de condicionamento ao cabelo. Nesse sentido, podem ser utilizados tensoativos como
cocoamidopropil betaína, lauril éter sulfossuccinato de sódio e monolaurato de sorbitan etoxilado.
Este trabalho visa determinar as propriedades físico-químicas destes tensoativos isoladamente e em combinação com
lauril éter sulfato de sódio (SLES) e alcanolamida de coco relacionando-as com os atributos do consumidor de forma a
fornecer subsídios ao trabalho do formulador.
Para os tensoativos estudados, foi concluído que a dosagem para obtenção de alto poder espumante e viscosidade
estão acima da cmc, embora uso de produto na cmc seja suficiente para a limpeza dos cabelos.
A substituição parcial de SLES por CAPB proporciona vantagens de maior poder espumante e de espessamento e
menor poder de irritabilidade aos olhos frente a formulações contendo somente SLES.
A introdução de PSL 80 reduz consideravelmente a irritabilidade ocular, embora seja necessário ajustar a viscosidade e
o volume de espuma inicial com outros tensoativos como Amida 90 ou diestearato de polietilenoglicol 6000.
A mistura SLES/SS se apresentam como intermediária entre CAPB e PSL 80, devendo ser considerados outros efeitos
como característica da espuma substantividade ao cabelo e tipo de formulação de xampu.
Embora a formulação de xampu seja um sistema complexo com a presença de outros componentes não avaliados neste
trabalho, os resultados obtidos proporcionam subsídios ao formulador na escolha do melhor sistema tensoativo para
atingir os atributos desejados pelo consumidor
Avaliação da estabilidade e atividade antioxidante de uma emulsão base não-iônica contendo resveratrol
Vários são os fatores que podem ocasionar a instabilidade de uma emulsão, destacando-se a oxidação, reação prevenida pelo emprego de antioxidantes. O butil-hidróxi-tolueno (BHT) tem sido um dos antioxidantes sintéticos mais utilizados em formulações cosméticas, porém, a busca da indústria farmacêutica e cosmética pelo emprego de produtos de origem natural tem sido cada vez maior. Visto isso, o objetivo do presente trabalho foi a incorporação do resveratrol, um composto fenólico encontrado principalmente em uvas bem como em vinhos tintos, em uma emulsão base não-iônica para avaliação do perfil de estabilidade e atividade antioxidante em comparação a uma emulsão base não-iônica contendo o BHT. O perfil de estabilidade foi analisado pela observação das características organolépticas, determinação do pH e espalhabilidade, e atividade antioxidante através do teste com o radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH). Em relação à estabilidade, a altas temperaturas, a emulsão contendo BHT mostrou-se superior à emulsão contendo resveratrol. Pela análise da atividade antioxidante, o resveratrol tanto na sua forma de extrato seco, como quando incorporado na emulsão, demonstrou significativa superioridade em relação ao BHT, podendo ser sua utilização uma alternativa viável em preparações cosméticas, devido ao seu grande potencial antioxidante.
Unitermos: Emulsões/ estabilidade. Antioxidantes. Butil-hidróxi-tolueno. Resveratrol.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-82502009000100018&lng=pt&nrm=iso
21 de novembro de 2011
BIOSSURFACTANTES: PROPRIEDADES E APLICAÇÕES
aos surfactantes sintéticos, podendo ser utilizados em uma gama de
aplicações industriais; entretanto, ainda não são amplamente utilizados
devido aos altos custos de produção, associados a métodos
ineficientes de recuperação do produto e ao uso de substratos caros.
O problema econômico da produção de biossurfactantes pode ser
significativamente reduzido através do uso de fontes alternativas de
nutrientes, facilmente disponíveis e de baixo custo. Uma possível
alternativa seria o uso de subprodutos agrícolas ou de processamento
industrial. Com o aumento dos esforços no desenvolvimento de novas
tecnologias de aplicação, no melhoramento das linhagens e dos
processos de produção, e devido à sua versatilidade, biodegradabilidade
e baixa toxicidade, os biossurfactantes poderão se tornar
compostos de uso comum nas indústrias em um futuro próximo.
Link: http://www.scielo.br/pdf/qn/v25n5/11408.pdf
Método facilita remoção de endotoxinas em fármacos
As endotoxinas são contaminantes que podem provocar choque, lesão tecidual e até mesmo morte dos pacientes que utilizam a medicação. “As proteínas são produzidas por microorganismos, o que leva a presença de bactérias nas soluções e a liberação das toxinas devido ao processo de morte celular”, diz a professora Carlota. “As técnicas tradicionais de remoção, como o uso de altas temperaturas (250 graus), podem destruir as proteínas levando à perda do fármaco”.
Os pesquisadores da FCF submeteram um homogeneizado celular contendo uma proteína de interesse farmacêutico, em presença de um tensoativo não iônico, a um pequeno aumento de temperatura (aproximadamente 30 graus). “O aumento da agitação térmica das moléculas de água leva à desidratação das micelas, que são agregados formados pelas moléculas de tensoativo”, descreve Carlota. “Forma-se então um sistema de duas fases aquosas, uma rica e outra pobre em micelas, criando ambientes distintos de acumulação e solubilização”.
As endotoxinas, devido às suas características químicas, interagem com o tensoativo e migram para a fase rica em micelas. “Ao mesmo tempo, as proteínas, devido ao seu tamanho, se deslocam para o ambiente pobre em tensoativo”, aponta a professora. “Desse modo, é completada uma etapa inicial de purificação”.
Remoção de Endotoxinas
Em condições experimentais, a remoção de endotoxinas chegou a 99%, um número considerado excelente para a fase inicial de separação. “No entanto, os níveis tolerados deste contaminante são ainda menores, medidos em unidades de endotoxinas (UE), pois quantidades muito pequenas já são capazes de provocar danos ao paciente”, ressalta Carlota.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o limite estabelecido de endotoxinas em preparações injetáveis para uso humano é de 5,0 UE por mililitro (ml). “Uma remoção mais completa necessitaria de outra etapa ou de passos sucessivos”, acrescenta a professora.
A técnica desenvolvida na FCF apresenta menores custos de execução. “Ela emprega somente tensoativo, água e adota temperaturas amenas”, observa a pesquisadora. “Outros processos utilizam componentes de alto custo, como as membranas de ultrafiltração e colunas cromatográficas”.
O processo elaborado pelos professores Adalberto Pessoa Junior, do Departamento de Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica e Carlota de Oliveira Rangel Yagui, do Departamento de Farmácia da FCF, teve patente registrada por meio da Agência USP de Inovação. “A ampliação de escala é relativamente simples, mas seriam necessários novos estudos para a aplicação industrial do método”, conclui Carlota.
Por Júlio Bernardes - Agência de Notícias USP
Fonte: pfarma.com.br
Pesquisa testa Nanoemulsão de óleo de arroz para inflamações na pele
Para a obtenção da nanoemulsão, a farmacêutica Daniela Spuri Bernardi testou diversos pares de tensoativos chegar a um composto estável, após 90 dias de observação das misturas. “Este cuidado é essencial para verificar se as partículas do composto mantêm o tamanho nanométrico e se o pH [indicador de acidez, alcalinidade ou neutralidade de uma solução], além da condutividade elétrica da substância, não se altera, ou seja, se há ou não perda das propriedades como cor, textura e validade do composto neste período.”
Foi realizado o procedimento de cromatografia líquida de alta eficiência, a qual serve para identificar os compostos do óleo de arroz. “Dentre as substâncias encontradas no óleo de arroz, há a presença de gama-orizanol, substância já conhecida por sua capacidade antioxidante e entre outras características por já beneficiar o tratamento de outras doenças da pele sem ser a dermatite atópica e a psoríase.” diz Daniela.
Para mais informações sobre Pesquisa - Portal Farmacêutico em pfarma.com.br
20 de novembro de 2011
EMULSÕES: APLICAÇÕES EM CREMES E LOÇÕES COSMÉTICAS
Emulsões são úteis em cosméticos já que possuem aparência elegante e são agradáveis ao toque. Dentre os milhares de ingredientes que estão disponíveis para formulações cosméticas, a água é o mais utilizado. Como nem todos os ingredientes cosméticos são miscíveis com a água, ocorre uma necessidade prática de estabilizar e suspender as
misturas heterogêneas de água com outras matérias primas como líquidos parafínicos, óleos vegetais, ceras naturais e sintéticas e pigmentos inorgânicos através de um processo de emulsificação no qual uma das fases está dispersa na outra.
Assim, emulsões cosméticas, basicamente cremes e loções, são conhecidas pelos pesquisadores como sendo misturas relativamente estáveis de água e componentes oleosos ou graxos, na presença de um emulsionante.
Leia em: http://www.oxiteno.com.br/aplicacoes/mercados/doc/documento.asp?artigotecnico=33&segme
19 de novembro de 2011
16 de novembro de 2011
Substâncias tensoativas
15 de novembro de 2011
Estudo da hidratação da pele por emulsões cosméticas para xerose e sua estabilidade por reologia
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-93322007000400019
14 de novembro de 2011
Uso do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) em emulsões cosméticas: desenvolvimento e avaliação da estabilidade física.
A Caryocar brasiliense (pequi) é uma árvore originária do Brasil (Collevati et al., 2003; Franquilino, 2006) de onde é extraído o óleo de interesse cosmético. Na composição do óleo de pequi verifica-se a presença da vitamina A e de diversos ácidos graxos como o palmítico, oléico, mirístico, palmitoléico, esteárico, linoléico e linolênico (Croda do Brasil, 2002; Facioli, Gonçalves, 1998). A presença destes ácidos graxos na pele é fundamental para manutenção da hidratação cutânea, da barreira cutânea e do manto hidrolipídico (Rieger, 1987).
Azevedo-Meleiro e Rodriguez-Amaya (2004) identificaram carotenóides no pequi Caryocar brasiliense. Estes metabólitos conferem proteção à pele impedindo a lipoperoxidação, evitando desta maneira a formação de radicais livres e conseqüentemente retardando envelhecimento cutâneo. Também foram demonstradas as atividades leishmanicida, antimicrobiana do extrato das folhas de pequi (Paula-Junior et al., 2006).
Sendo assim, é de grande importância o estudo da utilização do óleo de pequi, vislumbrando a aplicabilidade na área cosmética, sinalizando o aproveitamento de recursos naturais com desenvolvimento sustentável e consequentemente desenvolvimento regional e contribuição social.
Os objetivos deste trabalho foram desenvolver e avaliar a estabilidade física de emulsões cosméticas O/A contendo óleo vegetal do cerrado brasileiro contemplado na
flora mato-grossense: óleo de pequi.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v44n2/a10.pdf
TENSOATIVOS: UMA ABORDAGEM BÁSICA E PERSPECTIVAS PARA APLICABILIDADE INDUSTRIAL
possibilita adsorções nas interfaces ar-água, óleo-água e sólido-água. A região hidrofílica é constituída por grupos polares de caráter iônico ou não-iônico ligados a uma ou mais cadeias alquílicas (região hidrofóbica), onde o número de carbonos varia entre oito a dezoito átomos. De acordo com suas características
peculiares, os tensoativos atuam como detergentes, agentes emulsificantes, dispersantes ou solubilizantes.
Atualmente, detém um amplo campo de aplicação, como por exemplos: inibidores de corrosão e na indústria de petróleo, bem como nas áreas biológica, farmacológica (nanoformulações do tipo microemulsão), cosmética e têxtil.
O objetivo principal deste artigo é discutir conceitos básicos e descrever os tipos existentes de tensoativos e suas propriedades, tais como adsorções em interfaces e superfícies. Adicionalmente, enfatiza pesquisas científicas com tensoativos e suas aplicações, destacando o uso como inibidor de corrosão.
Link: http://www.editora.ufrrj.br/revistas/exatas/rce/v25n1-2/73-85.pdf
13 de novembro de 2011
Curso de Farmácia da UCPel é nota 4 no Enade 2010
A nota, que vai de 1 a 5, corresponde aos indicadores de qualidade da educação superior. A prova do Enade é aplicada anualmente de forma aleatória entre as graduações das instituições de ensino superior do país, avaliando o desempenho acadêmico dos estudantes. "Na verdade, o curso passou por uma reestruturação curricular desde a última avaliação [em 2007]. Essa mobilização de todos (alunos, professorese funcionários) na busca pela qualidade resultou nesse bom conceito", destacou o coordenador de Farmácia, professor Fabian Primo.
Neste ano, o Enade foi realizado no último domingo (06) com alunos selecionados entre os concluintes dos cursos de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Ciência da Computação, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Filosofia, Matemática, Pedagogia e Química Ambiental.
10 de novembro de 2011
Túnel do Tempo
7 de novembro de 2011
FORMAS FARMACÊUTICAS MONOLÍTICAS COMO
considerando também o emprego de grânulos revestidos.
http://www.ufrgs.br/farmacia/cadfar/v17n1/pdf/CdF_v17_n1_p19_26_2001.pdf
6 de novembro de 2011
Análise “in vitro” e “in vivo” do potencial irritante de tensoativos derivados de Aminoácidos
Os detergentes possuem propriedades físico-químicas cruciais para o aparecimento de reações
inflamatórias na pele. Para diminuir o potencial de toxicidade, os tensoativos derivados de aminoácidos mimetizam os compostos naturais e apresentam alta eficácia, além de pequeno impacto
ambiental. O baixo poder de irritação destes novos derivados pode ser avaliado através de testes
“in vitro” e/ou “in vivo”. A partir de soluções a 5% de cada um dos tensoativos estudados e claras
de ovos foi realizado teste de desnaturação protéica. Também se fez teste de irritação dérmica
primária e cumulativa com os detergentes que mostraram ser menos irritantes. No teste “in vitro”, Amisoft S11®, Amisoft LS-11®, Amisoft MS-11® não apresentaram ação sobre as proteínas do ovo, enquanto Amilite GCS-11® e LSS, ao serem comparados com o controle, apresentaram
diferença significativa, caracterizando desnaturação protéica. No teste “in vivo”, não foi observado edema ou eritema na pele de nenhum dos animais submetidos ao teste. Com isso, Amisoft CS-11®, Amisoft LS-11®
, Amisoft MS-11® não são tensoativos potencialmente irritantes e pode-se afirmar que os métodos propostos são satisfatórios para avaliação de irritabilidade.
POTENCIAL CARCINOGÊNICO DO LAURIL SULFATO DE SÓDIO
Informações veiculadas na internet, quanto ao potencial carcinogênico do Lauril Sulfato de Sódio, fizeram a ANVISA implementar uam comissão composta por membros da CTAC (Comissão Técnica de Assessoramento na Área de Cosméticos), que emitiu um parecer baseado na literatura científica do produto.
Acesse o link http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/informa/parecer_lauril.htm e veja a reportagem completa.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE BASES FARMACÊUTICAS MANIPULADAS NO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ – SP
Retirado de: http://www.anchieta.br/unianchieta/revistas/saudeemfoco/pdf/RevistaMultidisciplinardaSaude_05.pdf#page=2 (leia o artigo na íntegra)
5 de novembro de 2011
3 de novembro de 2011
Meios para dissolução de comprimidos de nimesulida: ação dos tensoativos
A nimesulida é um antiinflamatório não-esteróide com baixa solubilidade em água e caráter fracamente ácido. O desenvolvimento dos ensaios de dissolução para fármacos de baixa hidrossolubilidade pode ser problemático e tensoativos são freqüentemente requeridos para aumentar a solubilização dos mesmos. No presente trabalho avaliou-se o efeito dos tensoativos lauril sulfato de sódio e polissorbato 80, na promoção da solubilidade da nimesulida em meio aquoso, determinando-se também o pH, a tensão superficial e a concentração micelar crítica dos meios testados. A nimesulida apresentou baixa solubilidade nos meios sem tensoativos (<60 mg/mL), na faixa de pH de 1,0 a 7,4 e as maiores solubilidades (>300 mg/mL) foram observadas em tampão fosfato pH 7,4 com polissorbato 80. A concentração de saturação do fármaco aumentou proporcionalmente com a concentração dos tensoativos, os quais atuam pelo mecanismo de solubilização micelar. Obtiveram-se perfis de dissolução de três formulações de comprimidos de nimesulida, em meios com diversas concentrações de tensoativo, empregando-se o aparelho de dissolução com agitador de pá. Os resultados mostraram que a escolha do meio de dissolução para nimesulida deve ser criteriosa, de modo a evitar condições de baixo poder discriminante das formulações.
Palavras-chave : Nimesulida; Dissolução; Tensoativo; Solubilidade; Tensão superficial.
2 de novembro de 2011
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO MICELAR CRÍTICA DE ÁCIDOS HÚMICOS POR MEDIDAS DE CONDUTIVIDADE E ESPECTROSCOPIA
Tensoativos são moléculas anfifílicas caracterizadas por possuírem ambas as regiões estruturais hidrofílica e hidrofóbica, que dinamicamente se associam espontaneamente em solução aquosa a partir de uma determinada concentração denominada concentração micelar crítica (CMC)1. Acima dessa concentração, as moléculas do tensoativo formam grandes agregados moleculares de dimensões coloidais. A esses agregados, que geralmente contem 60 a 100 moléculas do tensoativo, dá-se o nome de micelas2. Geralmente, em solução aquosa, as moléculas do tensoativo agregam-se formando uma esfera com caudas hidrofóbicas voltadas para o seu interior e os grupos hidrofílicos ou carregados, voltados para fora. Abaixo da CMC, o tensoativo está predominantemente na forma de monômeros2. A CMC depende da estrutura do tensoativo (tamanho da cadeia do hidrocarboneto) e das condições do meio (concentração iônica, contra- íons, temperatura etc.)3-5. As micelas são termodinamicamente estáveis e facilmente reprodutíveis.
A formação de micelas é acompanhada por mudanças distintas em várias propriedades físicas tais como espalhamento de luz, viscosidade, condutividade elétrica, tensão superficial, pressão osmótica e capacidade de solubilização de solutos6-10.
Do ponto de vista analítico, uma das mais importantes propriedades dessas estruturas organizadas é a sua capacidade de solubilizar solutos de diferentes características. Esses solutos podem interagir eletrostaticamente, hidrofobicamente e pela combinação de ambos os efeitos.
http://www.scielo.br/31 de outubro de 2011
Microemulsões e fases líquidas cristalinas como sistemas de liberação de fármacos
Foi discutido o papel desses sistemas na incorporação de fármaco com diferentes propriedades físico-químicas, influenciando fortemente a liberação, assim como a biodisponibilidade do fármaco. Aspectos sobre a formação e a caracterização de microemulsões e cristais líquidos também foi discutido.
A análise da literatura indicou que, dependendo da polaridade do fármaco, o efeito da ME ou LC pode ser usado para otimizar o efeito terapêutico por meio do controle da velocidade ou do mecanismo de liberação do fármaco.
Fonte: http://www.scielo.br
30 de outubro de 2011
Blog Farmacotécnico é finalista da eleição do Top Blog.
Votação deste segundo turno vai até 22 de novembro próximo
Graças ao seu voto, nós passamos da primeira fase da eleição para o Top Blog.
Este é um concurso nacional em que os leitores escolhem os blogs que mais gostam.
Com o seu voto ficamos entre os 100 Blogs de Saúde mais votados em todo o país.
Agora começou o segundo e decisivo turno da eleição, aquele que revelará os vencedores finais.
Nessa nova fase, todos os votos dados na primeira fase são anulados. É preciso votar de novo para confirmar sua escolha.
Então, pedimos a você que votou no Blog Farmacotécnico que confirme sua preferência, por favor, votando novamente. E que peça à sua família e aos amigos que votem na gente também.
Para votar, basta clicar no selo acima.
Desde já obrigado por nos trazerem até aqui.
Um abraço forte de toda a equipe do Blog Farmacotécnico.
Avaliação das propriedades de fluxo dos granulados e dissolução de comprimidos de hidroclorotiazida 50 mg obtidos por granulação úmida
• Os granulados obtidos com os três aglutinantes avaliados apresentaram valores de índice de compressibilidade entre 5 e 15, proporções de Hausner inferiores a 1,25 e ângulos de repouso entre 30 e 35º.
• Comparando-se as propriedades de fluxo dos granulados, antes e após a adição da mistura final, conclui-se:
- Para a formulação baseada em pasta de amido houve melhora estatisticamente significativa das propriedades de fluxo, caracterizada pela redução dos valores de ângulo repouso.
- As propriedades de fluxo das formulações baseadas em povidone (B1 e B2) não foram beneficiadas pela adição dos componentes da mistura final, pois houve redução estatisticamente significativa nos valores de velocidade de escoamento.
- A formulação baseada em povidone apresentou valores de índices de compressibilidade (IC) estatisticamente semelhantes antes e após a adição dos componentes da mistura final. Para as demais formulações houve aumento nos valores de (IC), ainda que este aumento não tenha afetado negativamente as características de fluxo das mesmas.
• A adição do superdesintegrante crospovidone, apesar de reduzir ligeiramente os tempos de desintegração das formulações, não incrementou os valores de eficiência de dissolução (%ED) das formulações desenvolvidas, não sendo, portanto, justificável a sua adição.
• Todas as formulações desenvolvidas apresentaram características de dissolução superiores, caracterizadas pelos valores de %ED estatisticamente superiores, ao do produto referência, nas condições experimentais empregadas.
29 de outubro de 2011
Efeito da Força de Compressão e da Umidade no Perfil de Dissolução de Fármacos
A variabilidade de respostas a um tratamento medicamentoso depende de diversos fatores biofarmacêuticos. Uma forma importante de variação na biodisponibilidade está relacionada com as características físicas e químicas do fármaco, com o processo de fabricação do medicamento e com as características físicas da forma farmacêutica. Neste trabalho, avaliamos a influência da força de compressão e da umidade no perfil de dissolução de uma formulação de comprimidos contendo fenilbutazona.
Resistência mecânica, tempo de desintegração do comprimido e perfil de dissolução do fármaco foram utilizados para avaliar a influência da umidade e da força de compressão. O tempo de desintegração não é alterado com a força de compressão, mas é influenciado pela umidade. O perfil de dissolução foi alterado tanto pela força de compressão como pela umidade. Ambos os fatores podem alterar a biodisponibilidade de fármacos veiculados na forma de comprimidos.
Concluiu-se que a umidade e força de compressão são fatores extrínsecos aos projetos de preparação de medicamentos. Contudo, de acordo com os resultados obtidos neste estudo, podemos concluir que ambos influenciam as propriedades físicas dos comprimidos e o perfil de dissolução do fármaco. Este estudo ressalta a importância de, nos estudos de pré-formulação, definir as condições ideais não só para a fabricação do medicamento, mas também de armazenamento e transporte,uma vez que, como ficou demonstrado, tanto a umidade como a força de compressão podem interferir na taxa de liberação e dissolução de fármacos contidos nas formas farmacêuticas de comprimidos, comprometendo os resultados terapêuticos esperados.
fonte: http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/saude15art06.pdf
28 de outubro de 2011
Análise das cápsulas manipuladas segundo a RDC 67/2007 da ANVISA/ MS para a garantia da qualidade
manipulação. A Resolução RDC 67/ANVISA/MS. A fiscalização desses estabelecimentos é de
responsabilidade do Ministério da Saúde, através da ANVISA e seus órgãos regionais, a qual
fez publicar o regulamento técnico que instituía as Boas Práticas de Manipulação em Farmácia
(BPMF). De acordo com esta legislação, a farmácia passa a ser responsável pela qualidade
das preparações que manipula, conserva, dispensa e transporta, e se considera indispensável
o acompanhamento e o controle de todo o processo de obtenção das preparações orais sólidas
(cápsulas), de modo a garantir um produto final de qualidade. O estudo avaliou se a implantação
e a aplicação da resolução garantirão a qualidade no que tange o controle de qualidade
e o monitoramento do medicamento encapsulado, onde se conclui que a norma estudada, não
garante a segurança, eficácia e a qualidade do produto final (medicamento).
Palavras-chave: Farmácia com Manipulação. Resolução. Controle de Qualidade.
Cápsula.
25 de outubro de 2011
Avaliação da estabilidade e atividade antioxidante de uma emulsão base não-iônica contendo resveratrol
Vários são os fatores que podem ocasionar a instabilidade de uma emulsão, destacando-se a oxidação, reação prevenida pelo emprego de antioxidantes. O butil-hidróxi-tolueno (BHT) tem sido um dos antioxidantes sintéticos mais utilizados em formulações cosméticas, porém, a busca da indústria farmacêutica e cosmética pelo emprego de produtos de origem natural tem sido cada vez maior. Visto isso, o objetivo do presente trabalho foi a incorporação do resveratrol, um composto fenólico encontrado principalmente em uvas bem como em vinhos tintos, em uma emulsão base não-iônica para avaliação do perfil de estabilidade e atividade antioxidante em comparação a uma emulsão base não-iônica contendo o BHT. O perfil de estabilidade foi analisado pela observação das características organolépticas, determinação do pH e espalhabilidade, e atividade antioxidante através do teste com o radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH). Em relação à estabilidade, a altas temperaturas, a emulsão contendo BHT mostrou-se superior à emulsão contendo resveratrol. Pela análise da atividade antioxidante, o resveratrol tanto na sua forma de extrato seco, como quando incorporado na emulsão, demonstrou significativa superioridade em relação ao BHT, podendo ser sua utilização uma alternativa viável em preparações cosméticas, devido ao seu grande potencial antioxidante.
Em relação à análise preliminar da estabilidade da formulação contendo BHT e daquela contendo resveratrol, através da centrifugação das formulações, ambas apresentaram-se estáveis, não sendo necessária a reformulação para a continuidade do estudo.
Os resultados obtidos neste trabalho demonstraram que a EBHT apresenta estabilidade superior em relação à ER, quando ambas são submetidas a altas temperaturas (45° C).
Na avaliação da espalhabilidade de ambas as formulações, nas diversas condições de armazenamento, no decorrer dos 60 dias, a EBHT apresentou maiores valores de espalhabilidade. Cabe ressaltar que a espalhabilidade foi originalmente superior, o que já era esperado, já que a ER apresentava maior teor de sólidos na sua formulação, devido à incorporação do extrato seco contendo resveratrol.
Na avaliação da atividade antioxidante, o emprego do resveratrol justifica-se por ter sido observada sua diferenciada ação na formulação ER em relação à EBHT, que, mesmo após perda de parte de seu potencial antioxidante, quando submetida ao calor, mostrou-se superior ao BHT.
Sendo assim, o desenvolvimento de formulações cosméticas contendo resveratrol como antioxidante mostra-se uma alternativa viável, devido a sua notável superioridade em relação ao antioxidante sintético BHT. Entretanto, é mais aconselhável a utilização de extratos com maiores teores de resveratrol ou da molécula de forma isolada, para que sejam minimizados os efeitos de outras substâncias que constituem os extratos, como por exemplo, excipientes, nas características físico-químicas, bem como na estabilidade da formulação cosmética.
Unitermos: Emulsões/ estabilidade. Antioxidantes. Butil-hidróxi-tolueno. Resveratrol.
http://www.scielo.br/scielo.php24 de outubro de 2011
A Importância da Análise do Peso Médio, Desvio Padrão e Coeficiente de Variação na Manipulação de Medicamentos para a Farmácia com Manipulação
Atender às normas de qualidade da Farmacopéia Brasileira IV evita que o estabelecimento que manipula insumos farmacêuticos sofra sanções aplicadas pelo órgão de Vigilância Sanitária. As infrações derivam do não cumprimento dos itens qualificados como Imprescindível (I) e Necessário (N) no Roteiro de Inspeção, constante do Anexo IV da Resolução RDC 33/00, sem prejuízo das ações legais que possam corresponder cada caso.
Verificado o não cumprimento desses itens do Roteiro de Inspeção, deve ser estabelecido um prazo para adequação de acordo com a complexidade das ações corretivas que forem necessárias. Caso haja danos comprovados ao consumidor decorrentes de desvios da qualidade na manipulação de preparações magistrais e oficinais, o responsável estará sujeito às disposições previstas na Legislação Sanitária vigente.
Se a Lei número 6.437/77 art 10, inciso XXIX – por transgredir normas legais e regulamentares destinadas à proteção da saúde – for contrariada, o proprietário do estabelecimento pode levar uma advertência, apreensão, inutilização e/ ou interdição do produto; suspensão de venda e/ou fabricação do produto, cancelamento do registro do produto; interdição parcial ou total do estabelecimento, cancelamento da autorização de funcionamento da empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do estabelecimento e proibição de propaganda.
Portanto, para garantir a qualidade do processo, a farmácia deve dispor de um laboratório de controle de qualidade capacitado para a realização de controle em processo e análise da preparação do medicamento, a fim de evitar as penalidades acima.
Passo a passo
Toda farmácia deve manter o Procedimento Operacional Padrão (POP) para a realização do Peso médio e Uniformidade de Doses Unitárias em cápsulas de acordo com o procedimento da Farmacopéia Brasileira IV edição. Para isso, é necessário seguir os seguintes procedimentos:
Peso médio
Com a adoção do desvio padrão e, principalmente, do coeficiente de variação, é possível medir o tamanho do processo. Assim, estabelecerá um indicador para a qualidade do processo de encapsulação do medicamento e verificará a eficiência do manipulador.
Procedimento para cápsulas duras
a) Pesar individualmente 20 cápsulas e determinar o peso médio. Pode-se aceitar a variação dos pesos individuais em relação ao peso médio, conforme indicado na tabela:
Forma farmacêutica
Peso médio ou valor nominal declarado
Limites de variação
Cápsulas duras
Até 300mg
± 10%
Cápsulas duras
Acima de 300 mg
± 7,5%
b) Se uma ou mais cápsulas estiverem fora dos limites indicados, pesar individualmente 20 unidades, remover o conteúdo de cada uma e pesar novamente.
c) Determinar o peso médio do conteúdo pela diferença dos valores individuais obtidos entre a cápsula cheia e vazia.
d) Pode-se tolerar, no máximo, duas unidades fora dos limites especificados na tabela em relação ao peso médio. Porém, nenhuma poderá estar acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas.
e) Se mais que duas (porém não mais que seis cápsulas) estiverem com variação entre uma e duas vezes o índice da tabela em relação ao peso médio, é necessário determinar o peso do conteúdo em mais 40 unidades e calcular o peso médio das 60.
f) Determinar as diferenças em relação ao novo peso médio. Pode-se tolerar no máximo seis unidades em 60 cápsulas, cuja diferença exceda os limites da tabela em relação ao peso médio, porém, nenhuma cuja diferença exceda o dobro dos mesmos.
É importante que a farmácia mantenha os registros dos cálculos e dos valores dos pesos encontrados.
Desvio padrão e coeficiente de variação
Após a realização do peso médio é importante aplicar os conceitos de desvio padrão e coeficiente de variação, pois somente o peso médio pode proporcionar um resultado final errôneo. O objetivo em se medir o desvio é encontrar uma quantidade que indique a variação em torno da média de um conjunto de medidas.
No Guia Prático da Farmácia Magistral, 2ª edição, página 71 há exemplo que ilustra a explicação acima, o qual será analisado:
Conjunto 1 - Cápsulas contendo: 4mg, 5mg, 6mg, 7mg, 8mg.
Conjunto 2 - Cápsulas contendo: 2mg , 4mg, 6mg, 8mg 10mg .
A média de cada conjunto é igual a seis. Contudo a amplitude dos valores do segundo conjunto é o dobro da amplitude do primeiro, nesse caso o segundo conjunto varia duas vezes mais que o primeiro.
a) Desvio padrão:
Calcular o desvio padrão pela fórmula:
Em que:
s = desvio padrão da amostra;
X = média dos valores obtidos nas unidades testadas;
N = número de unidades testadas;
x1; x2; x3 ..............xn = valores individuais xi das unidades testadas;
n –1 = número de cápsulas testadas menos um. Exemplo: 20 cápsulas testadas: n -1 = 19.
De acordo com a literatura técnica farmacêutica e farmácia galênica, recomenda-se adotar como tolerância para o desvio padrão o valor de 5%.
b) Coeficiente de variação:
Outro conceito é o Coeficiente de Variação (CV), também chamado de estimativa do desvio padrão relativo. É utilizado para expressar a relação percentual da estimativa do desvio padrão com a média dos valores obtidos
s = desvio padrão;
X= média dos valores obtidos.
Tecnologia brasileira
Existe no mercado o Processador Estatístico SP1000, voltado para a indústria cosmética, laboratório químico e farmácia de manipulação, que obtém o peso médio e o desvio padrão relativo, garantindo, assim, a qualidade do encapsulamento. Esse equipamento executa todo o processamento estatístico de um determinado conjunto de amostras e gera um relatório com as seguintes informações:
a) De captura de dados
------------------------------
Processador Estatístico SP1000
Lote: GEHAKA01 Data: 15/07/04
------------------------------
Amostra Peso Hora
1 2,938 10h25
2 2,956 10h26
3 2,911 10h27
4 2,881 10h28
5 2,896 10h29
6 2,943 10h30
7 2,945 10h31
8 2,873 10h32
9 2,943 10h33
10 2,944 10h34
------------------------------
b) Dos resultados finais:
-------- Resultados ---------
N = 10
Máximo = 2,956 g
Mínimo = 2,873 g
Amplitude = 0,083 g
Variância = 0,000908
Desvio padrão = 0,030140
Erro padrão = 0,009531
------------------------------
Média = 2,923 g
Desvio padrão relativo = 1,031 %
==============================
c) Função contagem de peças, depois dos cálculos anteriores:
==============================
Total peso= 200,030 g
Total cápsulas= 78 cápsulas
==============================
O principal diferencial está na captura do valor de pesagem diretamente da balança e a execução de cálculos estatísticos complexos. Com essa metodologia temos como verificar se os medicamentos que foram encapsulados possuem peso médio dentro do valor esperado e com a medida do desvio padrão relativo temos a indicação da variação de peso entre as cápsulas, se este valor estiver dentro de 5% atende aos requisitos do Food and Drug Administration (FDA).
Na conclusão do processo é possível contar a quantidade de cápsulas e documentar por meio da função “contagem de peças”.
Com este relatório está sendo atendido um método de documentação que garante a adequação às normas de qualidade como ISO, Good Laboratory Practices (GLP), ou Boas Práticas de Laboratório (BPL).
O Processador Estatístico opera acoplado às Balanças de Precisão, garantindo assim mais agilidade, confiabilidade e precisão no controle da qualidade de uniformidade no encapsulamento. O equipamento possui conexão com impressora para registrar o peso de cada cápsula que está sendo analisada de uma forma simples e, assim, gerando um relatório que atende a necessidade de documentar o processo conforme a exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Referências Bibliográficas
(1) Farmacopéia Brasileira IV edição, capítulo V 1.1 da Parte I do Decreto nº 96.607/88;
(2) Ferreira, A. O. Guia Prático da Farmácia Magistral. 2ª Edição, 2002;
(3) Prista, N. L. Técnica Farmacêutica e Farmácia Galênica, I Vol, 3ª edição.
Retirado de: http://www.racine.com.br/portal-racine/farmacias-e-drogarias/manipulacao-magistral/a-importancia-da-analise-do-peso-medio-desvio-padrao-e-coeficiente-de-variacao-na-manipulacao-de-medicamentos-para-a-farmacia-com-manipulacao
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