Avanço no desenvolvimento da primeira vacina totalmente brasileira e a única vacina parasitária do mundo, contra a esquistossomose e a fasciolose (doença parasitária mais comum em gado no mundo), foi apresentado como um dos 40 casos de sucesso de inovação durante a 11ª Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que ocorreu semana passada, em Fortaleza. Fruto de estudos desenvolvidos há mais de três décadas pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o projeto, primeira parceria público privada exclusivamente nacional para o desenvolvimento de vacinas destinadas para o mercado mundial, inicia a fase de testes clínicos ainda em 2011.
A molécula Sm14, isolada e caracterizada pelo IOC, é a única reconhecida pela OMS como antígeno para uma vacina anti-helmíntica bivalente (Foto: Gutemberg Brito)
Desde o início, o estudo foi apoiado financeiramente pelo IOC e, em sua primeira fase de desenvolvimento tecnológico foi apoiado pelo Programa de Desenvolvimento Tecnológico em Insumos para Saúde (PDTIS/Fiocruz). Em 2005, a empresa Alvos licenciou a vacina veterinária e a vacina humana desenvolvida pela Fiocruz, numa parceria público privada. A empresa foi adquirida pela Ourofino Agronegócios, que assumiu o processo.
Durante a apresentação, a coordenadora da pesquisa e chefe do Laboratório de Esquistossomose Experimental do IOC, Mirian Tendler, e a coordenadora de Gestão Tecnológica da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Celeste Emerick, reforçaram a importância da iniciativa citando números relativos à esquistossomose, segunda doença parasitária mais prevalente no país. Segundo as especialistas, cerca de 600 milhões de pessoas vivem sob risco de se contaminar e 200 milhões de pessoas estão infectadas atualmente em 74 países.
Fonte: Fiocruz
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