Tensoativos não-iônicos - Os tensoativos não-iônicos são caracterizados por possuírem grupos hidrofílicos sem cargas ligados à cadeia graxa. Possuem como características a compatibilidade com a maioria das matérias-primas utilizadas em cosméticos, baixa irritabilidade à pele e aos olhos, um alto poder de redução da tensão superficial e interfacial e baixos poderes de detergência e espuma. Estas características permitem que estes tensoativos sejam utilizados principalmente como agentes emulsionantes.
As alcanolamidas de ácidos graxos pertencem à classe de tensoativos não-iônicos. No mercado brasileiro a dietanolamida de ácido graxo de coco é mais utilizada devido ao baixo custo e disponibilidade local das matérias-primas e por dispensar aquecimento para seu uso. São obtidas pela reação da dietanolamina ou monoetanolamina com ácidos graxos de coco. São utilizadas como agentes sobrengordurantes, espessantes e solubilizantes de fragrâncias e materiais oleosos.
Dentre os tensoativos não-iônicos as alcanolamidas graxas são as que possuem maior utilização em preparações espumógenas, principalmente em xampus, por apresentarem poder espessante pelo aumento da reserva de viscosidade, ou seja, por permitirem maior absorção de água e maior resistência a eletrólitos, estabilização de espuma, pela solubilização dos ésteres graxos, glicóis, álcoois, óleos essenciais, lanolina, etc., efeito sobrengordurante (recondicionamento), devido à estrutura graxa e ao baixo poder de detergência, reduz o efeito de ressecamento causado pelos tensoativos aniônicos.
Outros componentes da classe de tensoativos não-iônicos são os derivados de polióis, como os ésteres de glicerol. Destes, o monoestearato de glicerila é o mais utilizado em loções, cremes e batons. É obtido pela reação direta do ácido esteárico com glicerol. Com a adição de um emulsionante aniônico, obtém-se o monoestearato de glicerila auto-emulsionável.
Dos polióis tem-se ainda a classe dos derivados de glicóis, da qual os ésteres de glicóis são os componentes mais simples. São agentes emulsionantes com grupamento hidrofílico proveniente do glicol e lipofílico oriundo do ácido graxo, sendo utilizados normalmente como emulsionantes auxiliares, dispersantes, agentes de consistência, opacificantes e perolizantes. Podem ser disponíveis na forma de concentrados, onde ocorrem em misturas com outros tensoativos.
Muitos tensoativos não-iônicos são utilizados, também como emolientes, atuando na prevenção e alívio do ressecamento da pele, bem como na sua proteção. São substâncias que conferem maciez e flexibilidade à pele. Agem através da retenção de água no estrato córneo por meio da formação de uma emulsão de água em óleo. Os emolientes apresentam também como propriedades um fácil espalhamento, facilidade de penetração na pele, auxiliam na dispersão de pigmentos, atuam como emulsionantes e co-solventes. Um exemplo de produto desta categoria é o álcool estearílico propoxilado, muito utilizado nesta função por não possuir poder comedogênico (causador de acnes).
Alguns tensoativos não-iônicos são utilizados como solubilizantes de fragrâncias citando-se como exemplos, os álcoois laurílicos etoxilados. Com graus de etoxilação entre 6 e 9 os álcoois laurílicos possuem também boa detergência e reduzido volume de espuma, o que os torna úteis em produtos para limpeza facial. São bastante suaves e biodegradáveis, apresentando também boa tolerância à dureza de água.
Tensoativos não-iônicos também podem ser utilizados como agentes de consistência, destacando-se o álcool cetoestearílico etoxilado com 20 mols de óxido de eteno, normalmente utilizado em conjunto com o material de partida de sua síntese (álcool cetoestearílico não etoxilado) em condicionadores capilares e cremes diversos.
Os alquilpoliglicosídeos são uma família relativamente nova de tensoativos. São sintetizados reagindo glicose de amido de milho com um álcool graxo. A molécula resultante é um tensoativo não-iônico de boa solubilidade em água devido aos grupos hidroxila. São bons detergentes e têm grau muito elevado de biodegradabilidade. Os principais tensoativos desta classe são o decil e o laurilpoliglicosídeo com grau de polimerização (número médio de unidades de glicose por unidade de álcool) 1,4.
As alcanolamidas de ácidos graxos pertencem à classe de tensoativos não-iônicos. No mercado brasileiro a dietanolamida de ácido graxo de coco é mais utilizada devido ao baixo custo e disponibilidade local das matérias-primas e por dispensar aquecimento para seu uso. São obtidas pela reação da dietanolamina ou monoetanolamina com ácidos graxos de coco. São utilizadas como agentes sobrengordurantes, espessantes e solubilizantes de fragrâncias e materiais oleosos.
Dentre os tensoativos não-iônicos as alcanolamidas graxas são as que possuem maior utilização em preparações espumógenas, principalmente em xampus, por apresentarem poder espessante pelo aumento da reserva de viscosidade, ou seja, por permitirem maior absorção de água e maior resistência a eletrólitos, estabilização de espuma, pela solubilização dos ésteres graxos, glicóis, álcoois, óleos essenciais, lanolina, etc., efeito sobrengordurante (recondicionamento), devido à estrutura graxa e ao baixo poder de detergência, reduz o efeito de ressecamento causado pelos tensoativos aniônicos.
Outros componentes da classe de tensoativos não-iônicos são os derivados de polióis, como os ésteres de glicerol. Destes, o monoestearato de glicerila é o mais utilizado em loções, cremes e batons. É obtido pela reação direta do ácido esteárico com glicerol. Com a adição de um emulsionante aniônico, obtém-se o monoestearato de glicerila auto-emulsionável.
Dos polióis tem-se ainda a classe dos derivados de glicóis, da qual os ésteres de glicóis são os componentes mais simples. São agentes emulsionantes com grupamento hidrofílico proveniente do glicol e lipofílico oriundo do ácido graxo, sendo utilizados normalmente como emulsionantes auxiliares, dispersantes, agentes de consistência, opacificantes e perolizantes. Podem ser disponíveis na forma de concentrados, onde ocorrem em misturas com outros tensoativos.
Muitos tensoativos não-iônicos são utilizados, também como emolientes, atuando na prevenção e alívio do ressecamento da pele, bem como na sua proteção. São substâncias que conferem maciez e flexibilidade à pele. Agem através da retenção de água no estrato córneo por meio da formação de uma emulsão de água em óleo. Os emolientes apresentam também como propriedades um fácil espalhamento, facilidade de penetração na pele, auxiliam na dispersão de pigmentos, atuam como emulsionantes e co-solventes. Um exemplo de produto desta categoria é o álcool estearílico propoxilado, muito utilizado nesta função por não possuir poder comedogênico (causador de acnes).
Alguns tensoativos não-iônicos são utilizados como solubilizantes de fragrâncias citando-se como exemplos, os álcoois laurílicos etoxilados. Com graus de etoxilação entre 6 e 9 os álcoois laurílicos possuem também boa detergência e reduzido volume de espuma, o que os torna úteis em produtos para limpeza facial. São bastante suaves e biodegradáveis, apresentando também boa tolerância à dureza de água.
Tensoativos não-iônicos também podem ser utilizados como agentes de consistência, destacando-se o álcool cetoestearílico etoxilado com 20 mols de óxido de eteno, normalmente utilizado em conjunto com o material de partida de sua síntese (álcool cetoestearílico não etoxilado) em condicionadores capilares e cremes diversos.
Os alquilpoliglicosídeos são uma família relativamente nova de tensoativos. São sintetizados reagindo glicose de amido de milho com um álcool graxo. A molécula resultante é um tensoativo não-iônico de boa solubilidade em água devido aos grupos hidroxila. São bons detergentes e têm grau muito elevado de biodegradabilidade. Os principais tensoativos desta classe são o decil e o laurilpoliglicosídeo com grau de polimerização (número médio de unidades de glicose por unidade de álcool) 1,4.
Tensoativos anfóteros - Os tensoativos anfóteros são caracterizados por apresentarem, na mesma molécula, grupamentos positivo e negativo. O grupamento positivo é, normalmente, representado por um grupo de nitrogênio quaternário e o negativo por um grupo carboxilato ou sulfonato.
Propriedades como solubilidade, detergência, poder espumante e poder umectante dos tensoativos desta classe estão condicionados, principalmente, ao pH do meio e ao comprimento da cadeia que os constitui. O grupo polar positivo é mais pronunciado em pH menor que 7 ao passo que o grupo polar negativo é mais pronunciado em pH maior que 7. Os tensoativos anfóteros mais utilizados na indústria cosmética são os derivados de imidazolina e as betaínas.
Os derivados de imidazolina são obtidos pela condensação de ácido graxo de coco com monoetiletanolamina, resultando na imidazolina graxa, que reagindo com o monocloroacetato de sódio (um ou dois mols) produz a imidazolina anfoterizada. Estes compostos são referidos comumente como cocoanfocarboxiacetatos, ou ainda, propionatos, no caso de reação com monocloropropionato de sódio ou acrilato de etila.
As betaínas são obtidas pela reação da cocodimetilamina com o monocloroacetato de sódio para obter a cocobetaína ou pela condensação do ácido graxo de coco com dimetilaminopropilamina e posterior reação com monocloroacetato de sódio para obter a cocoamidopropil betaína.
Propriedades como solubilidade, detergência, poder espumante e poder umectante dos tensoativos desta classe estão condicionados, principalmente, ao pH do meio e ao comprimento da cadeia que os constitui. O grupo polar positivo é mais pronunciado em pH menor que 7 ao passo que o grupo polar negativo é mais pronunciado em pH maior que 7. Os tensoativos anfóteros mais utilizados na indústria cosmética são os derivados de imidazolina e as betaínas.
Os derivados de imidazolina são obtidos pela condensação de ácido graxo de coco com monoetiletanolamina, resultando na imidazolina graxa, que reagindo com o monocloroacetato de sódio (um ou dois mols) produz a imidazolina anfoterizada. Estes compostos são referidos comumente como cocoanfocarboxiacetatos, ou ainda, propionatos, no caso de reação com monocloropropionato de sódio ou acrilato de etila.
As betaínas são obtidas pela reação da cocodimetilamina com o monocloroacetato de sódio para obter a cocobetaína ou pela condensação do ácido graxo de coco com dimetilaminopropilamina e posterior reação com monocloroacetato de sódio para obter a cocoamidopropil betaína.
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