Esclerose
sistêmica é uma doença autoimune rara, crônica, que se caracteriza por
alterações degenerativas e formação de cicatrizes na pele, articulações e
órgãos internos, como por exemplo, alternações no sistema gastrointestinal, nos
pulmões, no coração, alterações renais, etc., além de anormalidades nos vasos sanguíneos.
Antigamente,
o tratamento era feito com o uso de drogas imunossupressoras, com o uso de
AINES, dentre outros, mas não tinha muito sucesso terapêutico, além de haver
diversos efeitos colaterais. Por esse motivo, houve o interesse de desenvolver
terapias alternativas, como o transplante autólogo de células-tronco
hematopoiéticas.
Através
de um estudo feito pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, foi
investigado o porquê a maioria dos pacientes tiveram uma resposta positiva ao
transplante que é capaz de produzir um novo sistema imunológico.
Nesse
estudo, foi avaliado dois processos de renovação do sistema imunológico: o
primeiro, por meio do timo, que é responsável pela formação das células T; e o
segundo, por meio da medula óssea, que é responsável pela formação das células
B, buscando entender os diversos mecanismos, celulares e moleculares,
envolvidos na nova produção dessas células do sistema imunológico. O objetivo
desse estudo foi compreender como o timo e a medula óssea são reativados, ou reiniciados,
após o transplante, e, como isso se relaciona com o êxito ou não da terapia.
Segundo
a orientadora Maria Carolina, o estudo mostrou que a terapia leva a uma
renovação completa do sistema imunológico e não a um simples reparo, tendo como
prova o fato do timo voltar a funcionar, e até de aumentar de tamanho, que sinaliza
um processo de reconstrução do sistema imunológico.
Para
uma leitura mais ampla sobre o tema acesse:
http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/estudo-revela-mecanismos-imunologicos-da-cura-da-esclerose-sistemica/