31 de maio de 2020

A PESQUISA CLÍNICA NO BRASIL


Nos últimos séculos a humanidade tem se beneficiado de importantes inovações na medicina e nos medicamentos. As descobertas da ciência, combinadas com políticas púbicas e hábitos saudáveis, garantiram o acesso da população a vacinas, que possibilitaram a erradicação ou importante redução de enfermidades que matavam milhões de pessoas, e a tratamentos, fornecendo o controle de doenças que, 100 anos atrás, resultavam em óbito ou significativa diminuição na qualidade de vida. Estes fatores elevaram a expectativa de vida dos 48 anos, na década de 1950, para mais de 72 anos.
Os benefícios da pesquisa clínica não se limitam apenas aos resultados clínicos que as inovações trazem à população. A realização da pesquisa clínica é um processo que envolve diversos agentes, incluindo pesquisadores, reguladores, comitês de ética, participantes e patrocinadores. Gerando inúmeras oportunidades de ganhos em termos de infraestrutura do sistema de saúde, processos de tratamento, recursos humanos, capital intelectual e atividade econômica para o país que contribui com a pesquisa.
Como vemos na figura abaixo, o Brasil se destaca entre os demais em vários rankings, mas o país tem representado um papel secundário em termos de quantidade de pesquisas, ocupando a 24ª colocação no ranking global.

Apesar de o valor para a realização dos ensaios clínicos serem inferiores aos dos países de referência, o Brasil vem perdendo cada vez mais relevância nesta importante área científica, o que impacta não só o acesso a tratamentos, mas também em uma grande cadeia de negócios que poderia incrementar renda, empregos e inovação no cenário econômico.
Para que um estudo clínico seja realizado no Brasil, é necessário passar por processo de avaliação e aprovação regulatória e ética, e o tempo de aprovação de estudos clínicos é lento quando comparado a outros países, como EUA, Polônia e Argentina. Esta situação ocorre não somente na comparação dos prazos previstos pelas legislações, em que o Brasil possui um dos tempos regulamentados mais longos, mas também quando são consideradas as medianas dos tempos reais de aprovação dos últimos anos, em que o país possui o pior tempo analisado.
Além disso, as incertezas quanto às análises dos protocolos de estudos clínicos, o déficit de recursos e a ausência de leis mais claras quanto ao fornecimento do medicamento pós-estudo são apontados como grandes barreiras para o crescimento do setor.
Fonte: https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/a-importancia-da-pesquisa-clinica-para-o-brasil-interfarma.pdf

Medicação, ainda em fase inicial de estudos, poderá ajudar pacientes com a doença em estágio intermediário


Cientistas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro começaram a desenvolver duas pesquisas com o intuito de encontrar um soro que possa neutralizar o vírus da covid-19. Ambos dos métodos visam produzir um soro hiperimune, como os usados contra a raiva, a partir de anticorpos coletados do sangue de cavalos expostos de forma controlada ao coronavírus inativo.
         Um agente químico ou físico irá inativar o vírus, fazendo com que ele não possa infectar células e se replicar, mas ele ainda terá preservada as proteínas que podem estimular uma reação do sistema de defesa do animal.
O primeiro passo é observar como os animais reagem ao coronavírus morto. Se o plano seguir com resultados positivos, o soro hiperimune poderá ser uma realidade daqui a quatro meses.
Em três ou quatro semanas os cavalos irão produzir anticorpos, estes serão analisados em laboratório, para se ter a confirmação que eles impedirão a multiplicação do coronavírus, e com isso verificar se a quantidade produzida será suficiente. Caso comprovado, os anticorpos serão usados no novo medicamento.
           Se for aprovado, será recomendado como tratamento para pacientes em estágio intermediário, já que atuará diretamente na multiplicação do vírus, não tendo vantagem se utilizado em pacientes com inflamação generalizada grave.

FONTE: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2020/05/cientistas-brasileiros-pesquisam-soro-produzido-a-partir-do-plasma-de-cavalos-para-combater-a-covid-19-ckan4fqln000t015ngg5r3oee.html

28 de maio de 2020

Medicamentos contra o coronavírus. Muita pesquisa, mas pouca ciência na aplicação



Estudos básicos se aliam aos testes clínicos para demonstrar a eficiência e segurança de remédios usados para outras doenças, mas que poderiam servir para a Covid-19.
Cada vez temos mais claro que os antivirais poderiam ser úteis nas fases iniciais. Não sabemos qual deles é eficaz, mas provavelmente sejam pouco úteis em fases avançadas, quando prepondera uma resposta inflamatória exagerada do hospedeiro. Nesse momento, em pacientes bem selecionados, parecem ser mais necessários fármacos imunossupressores, mas ainda não temos evidências clínicas sólidas, salienta ” Jesús Rodríguez Baño, chefe de Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Virgem de la Macarena, em Sevilha (Espanha).
São utilizados fármacos que já mostraram sua utilidade em outras infecções ou em determinadas doenças na qual é importante a regulação do sistema imunológico, mas que ainda não tiveram sua eficácia contra a Covid-19 testada em estudos mais amplos. Entre o estresse e a incerteza, esses profissionais buscam acumular informação útil ao mesmo tempo em que tentam salvar o maior número possível de vidas.
“Nós queríamos entender como o vírus entra no organismo, que células ele pode infectar e quais não, o que faz que alguns casos piorem a partir de certo ponto, ou por que tem gente que se infecta, mas não tem nenhum sintoma”,  observa Ordovás-Montañés.
Algumas poucas semanas depois de terem topado com o novo coronavírus, médicos e investigadores continuam estudando para enfrentá-lo com evidências e deixar de tratá-lo às cegas.
Para mais informações, segue disponível:

Estudo de prevenção de surtos de COVID-19 por tratamento profilático com nitazoxanida tem seu início no México



O estudo de fase IV com título oficial de “Prevenção de surtos de doença de coronavírus (COVID-19) por tratamento profilático com nitazoxanida” (tradução literal) teve seu início dia 21 de maio de 2020 e tem como data estimada de conclusão dia 31 de dezembro de 2020.

Neste estudo de coorte, todos os profissionais de saúde do Hospital "Mónica Pretelini Sáenz", com sintomas de SARS-CoV-2, serão tratados imediatamente com nitazoxanida. Os profissionais de saúde afetados pela SARS-CoV-2 receberão as doses de nitazoxanida 500 mg (via oral) a cada 6 horas por dois dias e depois a cada 12 horas por quatro dias.

De acordo com a descrição do estudo, supõe-se que o uso de nitazoxanida em um estágio inicial do COVID-19 possa reduzir os surtos contagiosos desse vírus em trabalhadores da saúde e, ao mesmo tempo, diminuir a disseminação na comunidade e o número de casos que requerem unidades de terapia intensiva.

As informações sobre o estudo em sua integridade podem ser conferidas no site Clinical Trials.

27 de maio de 2020

Cloroquina contra coronavírus: por que OMS decidiu interromper testes com remédio em pacientes com covid-19

Em meio à polêmica sobre o uso da hidroxicloroquina para tratar pacientes com coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu suspender os estudos com a droga. 
Segundo a organização, o objetivo é reavaliar sua segurança antes de retomar as pesquisas.
A decisão ocorre depois de a revista científica Lancet ter publicado pesquisa com 96 mil pessoas internadas com coronavírus em 671 hospitais de seis continentes mostrando que o uso de hidroxicloroquina e cloroquina estava ligado a um risco maior de arritmia e de morte.Cientistas de universidades como Harvard (EUA) e Heart Center (Suíça), responsáveis pelo estudo, também constataram que não houve benefício no uso das drogas após o diagnóstico de covid-19.
Nos últimos dois meses, a OMS vem coordenando o estudo internacional Solidarity em 18 países para avaliar a segurança e a eficácia de diferentes drogas para combater o coronavírus.
 No Brasil...
Apesar da decisão da OMS, no Brasil, o Ministério da Saúde informou que vai manter as orientações que ampliam o uso da cloroquina.
Na semana passada, o órgão, após determinação do presidente Jair Bolsonaro, alterou o protocolo vigente para permitir que o medicamento seja usado também por pacientes com sintomas leves do novo coronavírus. Até então, seu uso era restrito a pacientes graves e críticos e com monitoramento em hospitais.
"Estamos muito tranquilos e serenos em relação a nossa orientação", disse na segunda-feira (25) Mayra Pinheiro, secretária de gestão em trabalho na saúde e coordenadora da elaboração do documento.

Na França...
O governo da França, através de um decreto, proíbe a partir desta quarta-feira (27) o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com coronavirus, devido a estudos recentes que desencorajam o uso do controverso medicamento, geralmente utilizado para a malária.
Em um comunicado, o Ministério da Saúde declarou que os médicos não devem prescrever esse medicamento para o novo coronavírus, e que também não deve ser usada em hospital para pacientes internados. A única exceção serão os testes clínicos.


RFERENCIAS:  

26 de maio de 2020

bioequivalência de medicamentos tópicos





Os medicamentos de uso tópico que contenham o mesmo fármaco, a mesma concentração e excipientes de mesma função em relação aos de referencia, são bioisentos pela RDC 37/2011, ou seja os de uso tópicos não precisam comprovar sua eficácia e segurança pelos estudos de bioequivalência. Sendo assim, o estudo de equivalência é o único comparativo exigido para registros de formulações tópicas no Brasil, esse estudo pode envolver  alguns testes, como: a determinação de aspecto, teor, identificação, peso medico, pH, permeabilidade cutânea do fármaco.Considerando que a penetração dos fármaco no estrato córneo da pele é um processo complexo e dependente de propriedades físico-químicas, do tipo de formulação e do tipo de associação estabelecida com esta formulação, pode-se dizer que a eficácia clínica dependerá dos componentes do produto.Portanto, é indispensável a comprovação de bioequivalência de duas formulações distintas para garantir o mesmo grau de segurança e eficácia. 

https://www.scielosp.org/article/csc/2015.v20n11/3599-3608/

25 de maio de 2020


             


Preparações e aplicações radiofarmacêuticas 

Os radiofármacos são compostos, sem ação farmacológica, que têm na sua composição um radionuclídeo, e são utilizados em Medicina Nuclear para diagnóstico e terapia de várias doenças. As características físico-químicas do radiofármaco determinam a sua farmacocinética, ou seja, a sua fixação no órgão alvo, metabolização e eliminação do organismo, enquanto que as características físicas do radionuclídeo determinam a aplicação do composto em diagnóstico ou terapia. Além das aplicações em Medicina Nuclear, a radioatividade tem sido aplicada em Medicina sob diferentes formas:  
• Fonte de radiação externa ao organismo, em radiologia e radioterapia convencional;  
Radioesterilização de produtos e materiais com utilização médica;  
• Doseamento de hormônios. 
A dose de um radiofármaco necessária a um exame é muito mais baixa do que a dose de agentes de contraste utilizada em outras técnicas de diagnóstico, como a radiografia e a ressonância magnética nuclear (RMN), por exemplo. Em Medicina Nuclear não ocorrem efeitos farmacológicos, sendo uma técnica não invasiva que permite avaliar a função e não só a morfologia do órgão. 
A radiografia é uma técnica de diagnóstico em que se registra a permeabilidade dos tecidos aos raios X. Utilizam-se muitas vezes agentes de contraste, que promovem a absorção dos raios X aumentando o contraste das imagens. 
A RMN é uma técnica tomográfica, que utiliza os núcleos dos prótons das moléculas de água existentes nos tecidos como sondas magnéticas naturais. Quando é aplicado um campo magnético, os núcleos absorvem diferentes radiofreqüências conforme a orientação que assumiram após aplicação do campo magnético. 
Apesar das técnicas de RMN e de raios X apresentarem melhor resolução, estas técnicas são menos específicas. As técnicas de Medicina Nuclear fornecem imagens de menor detalhe anatômico, mas permitem avaliação funcional. 
Em termos de terapia, a Medicina Nuclear utiliza radiofármacos, que têm na sua composição um radionuclídeo, que emite radiação ionizante. O efeito desta radiação sobre os tecidos ou órgãos alvo promove a destruição das células tumorais. A captação do radiofármaco no órgão alvo deve ser seletiva, de modo a minimizar os efeitos secundários, que são uma das grandes desvantagens da radioterapia externa em que é delicado controlar a dose de radiação fornecida, especialmente para tratamento de metástases disseminadas. No caso da radioterapia externa, os tecidos saudáveis estão também expostos a elevadas doses de radiação, o que pode aumentar a incidência de leucemias e cancros secundários. 



23 de maio de 2020


CORONAVÍRUS X NANOMEDICAMENTOS


Uma pesquisa está sendo realizada com vistas à inovação de fármacos, em escala nanométrica, para conter a pandemia causada pelo SARS-CoV-2. Como participantes deste estudo, estão a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

A expectativa do desenvolvimento de um medicamento nesta forma, se dá pela vantagem que esta apresenta de maior especificidade de atuação do fármaco na célula-alvo, ou seja, atingem sítios específicos, o que consequentemente, reduz efeitos colaterais, além de permitir a administração de doses menores, visto que substâncias em escala nanométrica apresentam efeitos maiores, em relação as formas convencionais, na maioria das vezes. O estudo está sendo realizado com fármacos já conhecidos, porém contidos em sistemas nanométricos, como nanoemulsões, nanomicelas e nanopartículas poliméricas, que estão passando por testes in vitro, para posteriormente serem aplicados testes em animais e humanos, respectivamente. Além disso, a pesquisa está voltada para o desenvolvimento de dois nanossistemas, um para ser utilizado em pacientes que apresentarem sintomas leves da doença e outro para indivíduos que apresentarem sintomas graves, como o comprometimento respiratório.
REFERENCIAS:

1.     1.  FOLHA VITÓRIA: Saúde. Nanotecnologia pode ser arma contra o novo coronavírus, Espírito Santo, 21 abr. 2020. Disponível em: https://www.folhavitoria.com.br/saude/noticia/04/2020/nanotecnologia-pode-ser-arma-contra-o-novo-coronavirus. Acesso em: 15 maio 2020.

2.     2.  CCS/CAPES. Fundação CAPES. Nanotecnologia contra COVID-19, Brasília, 17 abr. 2020. Disponível em: https://www.capes.gov.br/36-noticias/10274-nanotecnologia-contra-covid-19. Acesso em: 15 maio 2020.

20 de maio de 2020

Medicamentos Biossimilares



Ao contrário do genérico, o biossimilar não é idêntico ao fármaco de referência, devido à complexidade e à variabilidade biológica e ao fato de o processo de fabricação do biofármaco ser diferente dependendo do fabricante. O princípio ativo, no entanto, é o mesmo entre ambos.
Como o princípio ativo já foi testado no desenvolvimento do fármaco de referência, a efetividade e a segurança dos biossimilares estariam supostamente garantidas. Alguns estudiosos, porém, não estão convencidos de que os testes realizados, que buscam assegurar a proximidade entre os medicamentos originais e suas cópias, são suficientes para mostrar que os biossimilares trazem os mesmos benefícios dos fármacos biológicos.
A troca automática de um medicamento biológico por um biossimilar ao longo de tratamentos de doenças no SUS foi criticada por médicos e pacientes. “Estamos num limbo regulatório e, por isso, muitas vezes a troca é feita por aspectos financeiros, não técnicos”, informou o médico Valdair Pinto, consultor em medicina farmacêutica e pesquisa clínica.
Como são poucos os produtos biossimilares registrados, além de ainda restritos e caros, a Anvisa adverte que, além das provas realizadas em laboratório, haja acompanhamento do paciente após a troca ou substituição, para verificar se há falha no tratamento ou inconformidade.


19 de maio de 2020

Ervas Antivirais para Fortalecer a Imunidade



Equinácea
A equinácea, possui propriedades anti-inflamatórias, sendo assim, ela é uma erva antiviral poderosa. Pesquisadores da Universidade de Connecticut, Estados Unidos, concluíram que o consumo da planta pode atenuar as chances de desenvolver resfriado comum em mais de 58% dos casos. Além disso, o estudo, divulgado na revista científica The Lancet Infectious Diseases, alega que a equinácea reduziria em até quatro dias a duração do resfriado.

Calêndula
A calêndula é cheia de benefícios, como a proteção do sistema imunológico. Essa planta medicinal é anti-inflamatória, rica em vitaminas e antioxidantes, como o betacaroteno. Por isso, ajuda a proteger o corpo da ação de vírus.

Unha de gato
A erva unha de gato possui propriedades medicinais e é notória por sua ação antiviral.

Alho
É excelente remédio para todos os tipos de infecções, principalmente as do aparelho respiratório. O alho também combate a proliferação de bactérias e vírus. Eficaz contra o resfriado, a gripe, as infecções de ouvido, o alho ajuda também a reduzir o muco. Pode ser consumido junto com antibióticos, para dar suporte às suas ações, e é especialmente indicado em caso de tosse persistente e bronquite. Além disso, contém vitaminas A, C e E, que reforçam o sistema imunológico.

Hissopo
Tem efeito benéfico no tratamento de infecções respiratórias. Usado em forma de chá, é um forte expectorante, que alivia os sintomas da congestão e da tosse, já que fluidifica as secreções brônquio-pulmonares. Pode também ajudar a reduzir a febre.

Alcaçuz
A raiz do alcaçuz dá suporte ao sistema imunológico e inibe diversos vírus. Além disso, reduz as irritações da garganta e a congestão pulmonar. É usada também para combater a tosse e os problemas dos brônquios. O alcaçuz é uma das ervas mais receitadas na Europa para o tratamento de gripes e resfriados.


Mais informações em:

CORRIDA CONTRA O COVID-19


                                  CORRIDA CONTRA O COVID-19








              A diretora de Patentes, Liane Lage, afirma que os pedidos para liberação de patentes ajuda na busca por tratamentos para o covid-19.
 A corrida é muito grande para salvar o mundo, pois como o desenvolvimento de uma molécula pode demorar até 10 anos, a liberação de patentes ajudara na pesquisa entre os medicamentos já existentes e certamente haverá um melhor para o covid.
          Em 15/05/20 O laboratório Gilead abriu mão da patente do medicamento REMDESIVIR, o qual apresentou resultados positivos para o tratamento do covid, conseguindo reduzir a internação de pacientes com covid-19 em até 4 dias. O acordo de liberação da patente é valido durante a pandemia, ou até surgir uma vacina ou medicamento eficaz. Gilead autorizou empresas na Índia e Paquistão a produzir genéricos a fim de que aumentem a produção rapidamente e comecem vender para 127 países, nos quais não está incluído o Brasil. A explicação consiste em que os produtos gerados por essa licença irão ser voltados aos países de baixa renda e como o Brasil é considerado um país de renda média, segundo o banco mundial, acaba não se enquadrando.
Interessante salientar que a renda dos Estados Unidos não foi levada em consideração pela Gilead e foram doados 1,5 milhão de doses do remédio ao país mais rico do mundo. Isso tem a ver com o marketing da Gilead nos EUA, por terem aprovado o uso emergencial da patente do REMDESIVIR.
          Em nosso país cada dose do medicamento custa R$ 2,6mil por paciente e com o sistema de saúde a beira do colapso, seria quase impossível, a compra do medicamento. Importante lembrar, que apesar das muitas dificuldades no âmbito da saúde, o medicamento REMDESIVIR também pode não vir a ser o tratamento oficial pra o covid-19 e esse cenário de procura poderá continuar a se repetir.

Para maiores informações acesse o site:


17 de maio de 2020

CONHECENDO UM POUCO SOBRE O TCLE


 Nas diferentes fases da pesquisa clínica os produtos estudados são testados em seres humanos, e para isso acontecer existem certas regras a serem seguidas. A RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012, determina as regulamentações de pesquisas envolvendo seres humanos. Nela há, dentre outros tópicos, as especificações do processo de consentimento livre e esclarecido.
As pessoas submetidas ao experimento devem ser legalmente capazes de dar consentimento, isto é, devem exercer o livre direito de escolha, sem qualquer intervenção de elementos de força, fraude, mentira, coação, outra forma de restrição e devem ter conhecimento suficiente sobre aspectos relevantes do estudo para tomarem sua decisão.
Em todo estudo clínico é necessário que o paciente ou representante legal leia, entenda e assine um documento chamado: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Nele devem constar alguns dados fundamentais e necessários para a compreensão por parte do paciente ou representante legal. Apesar de em alguns casos os pacientes relatarem dificuldades na sua interpretação.
Segundo a RESOLUÇÃO:
“O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deverá conter, obrigatoriamente:
A) justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa, com o detalhamento dos métodos a serem utilizados, informando a possibilidade de inclusão em grupo controle ou experimental, quando aplicável;
B) explicitação dos possíveis desconfortos e riscos decorrentes da participação na pesquisa, além dos benefícios esperados dessa participação e apresentação das providências e cautelas a serem empregadas para evitar e/ou reduzir efeitos e condições adversas que possam causar dano, considerando características e contexto do participante da pesquisa;
C) esclarecimento sobre a forma de acompanhamento e assistência a que terão direito os participantes da pesquisa, inclusive considerando benefícios e acompanhamentos posteriores ao encerramento e/ ou a interrupção da pesquisa;
D) garantia de plena liberdade ao participante da pesquisa, de recusar-se a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma;
E) garantia de manutenção do sigilo e da privacidade dos participantes da pesquisa durante todas as fases da pesquisa;
F) garantia de que o participante da pesquisa receberá uma via do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
G) explicitação da garantia de ressarcimento e como serão cobertas as despesas tidas pelos participantes da pesquisa e dela decorrentes; e
H) explicitação da garantia de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa.”
Tendo em vista a importância do TCLE em pesquisas clínicas e a discussão sobre o assunto ainda ser muito reduzida, percebemos a necessidade de abordar este assunto, que é peça chave para todo o processo de pesquisa clínica. 

Para mais detalhes acesse a Resolução n° 466: 



16 de maio de 2020

Anticoagulante pode reverter casos de pacientes com Covid-19 em estado grave.


 Não é a cura, mas pode ser um tratamento para melhorar as complicações causadas pelo vírus.




Um medicamento anticoagulante poderá salvar a vida de pacientes com a síndrome de dificuldade respiratória aguda, principal complicação da Covid-19, associada aos óbitos pela doença. Uma pesquisa conduzida no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo com 27 pessoas constatou que o uso da heparina, remédio indicado para prevenir trombose, reduziu o tempo de internação e de intubação, mostrando-se uma estratégia promissora para os casos graves da enfermidade.
A pesquisa foi idealizada pela pneumologista Elnara Marcia Negri, do Sírio-Libanês e da Universidade de São Paulo (USP). Ela conta que a idéia partiu quando ela atendeu a primeira paciente com Covid-19. Era uma idosa que apresentava dificuldade para respirar, além de começar a apresentar cianose nas extremidades. “Era um dedinho roxo, concomitante a um quadro de queda abrupta na oxigenação.” O pulmão insuflava facilmente, mas parecia não estar recebendo oxigênio suficiente. Como ela já estava com trombose no dedo, os médicos decidiram pela medicação anticoagulante.
Cerca de seis horas depois, a paciente já respirava bem, a oxigenação havia voltado ao normal e a pele estava rosa. A partir dessa experiência, Negri conversou com patologistas do Hospital das Clínicas da USP que vinham realizando necrópsias em vítimas da Covid-19. Os médicos relataram que observaram microcoágulos nos vasos sanguíneos em várias partes do corpo dos cadáveres.
Citocinas em excesso
As lesões verificadas nos vasos sanguíneos dos pacientes são, de acordo com o estudo de São Paulo, condizentes com a hipótese da tempestade de citocinas, que vem sendo associada à falência de órgãos dos pacientes com a forma grave da doença. Citocinas são importantes substâncias produzidas naturalmente pelo corpo, como forma de combate a agentes externos perigosos, como vírus. Porém, por motivos ainda desconhecidos, em algumas pessoas, o Sars-Cov-2 desencadeia uma resposta extremamente agressiva, com aumento dessas proteínas.
As tempestades também foram observadas em pacientes que morreram de Sars e Mers, doenças causadas por coronavírus semelhantes ao causador da Covid-19. O aumento dessas citocinas provoca inflamações que produzem microcoágulos nos vasos sanguíneos. Com isso, órgãos vitais, como pulmões, deixam de receber sangue e oxigênio, o que provocaria a falta de ar característica da forma grave da doença.
A médica esclarece que o tratamento com heparina não é usado indiscriminadamente. “A gente está usando em todos os pacientes que, pelo sexto ou sétimo dia de internação, apresentam essa hipercoagulação que temos observado, e quando começam a baixar a oxigenação sanguínea. Nesse momento, entramos com o anticoagulante.” Ela, porém, ressalta: “Isso não é a cura da Covid-19. É um tratamento das complicações que o vírus traz quando invade o organismo.”
Referênias:

Anticorpo capaz de parar o novo coronavírus é encontrado em lhamas


               



                Cientistas belgas e norte-americanos fizeram uma nova descoberta, um anticorpo capaz de se conectar ao vírus causador do covid-19 e paralisar sua ação evitando que infecte as células humanas.
                O anticorpo isolado pelas equipes de Saelens e McLellan é encontrado na lhama, um mamífero que vive na América do sul. O ataque do novo coronavirus é impedido especificadamente porque esse anticorpo se liga na proteína S (ou proteína da espícula) a parte que o vírus utiliza para entrar nas células. Outro ponto positivo é que esse anticorpo poderia ser produzido facilmente em larga escala por processos comuns na indústria farmacêutica.
                Até o momento só foram feitos testes laboratoriais, devido aos resultados positivos a equipe já planeja iniciar os testes pré- clínicos em animais.




FONTE: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2020/05/06/interna_ciencia_saude,852127/anticorpo-capaz-de-parar-o-novo-coronavirus-e-encontrado-em-lhamas.shtml

14 de maio de 2020

CORONAVÍRUS: 182 BRASILEIROS DISPOSTOS A SE INFECTAR PARA TESTAR VACINA



Quase duas centenas de brasileiros estão dispostos a se infectar voluntariamente com o novo coronavírus em possíveis testes de vacina. Plataforma internacional, chamada 1 Day Sooner, está recebendo cadastro de pessoas que se declaram interessadas em contribuir com a cura para a Covid-19.
Para o desenvolvimento de qualquer tipo de vacina, os cientistas precisam percorrer diversas fases. Entre elas está a pesquisa básica – que é o levantamento do tipo de vacina que pode ser feita – seguida por testes pré-clínicos, que podem ser in vitro ou em animais e que servem para demonstrar a segurança do produto. Depois, há os ensaios clínicos, que ainda podem se desdobrar em outras quatro fases. Uma das mais demoradas é exatamente o teste em humanos.
De acordo com o G1, os pesquisadores avaliam que os riscos de infectar voluntários com Covid-19 seriam amenizados se os testes fossem feitos em pessoas que não estão em grupos de risco “O risco pode ser aceitável se forem feitos testes em adultos jovens e saudáveis, com risco relativamente baixo de doenças graves após infecção natural e se, durante o desafio, eles receberem monitoramento frequente e, após qualquer infecção, os melhores cuidados disponíveis”.
“O mundo precisa dessas ferramentas e precisa delas rapidamente”, adicionou Ghebreyesus e completou: “Estamos enfrentando uma ameaça comum que só podemos derrotar com uma abordagem comum.

Para mais informações, segue disponível:


13 de maio de 2020

OMS: Posicionamento sobre a vacina BCG e COVID-19.


           Ensaios clínicos que abordam a questão da vacina conhecida por neonatos contra a tuberculose já estão em andamento para um possível tratamento para o novo coronavírus. Não há evidencias que comprovem que a vacina Bacille Calmette-Guérin  (BCG) tenha eficácia contra o COVID-19, na ausência dessas evidencias, a OMS não recomenda a vacinação para prevenção do vírus, seguindo apenas com a recomendação para a vacinação neonatal em países com alta incidência de tuberculose.


           Existem estudos e evidências experimentais que afirmam que a vacina tem alguns efeitos inespecíficos no sistema imunológico, esse estudo foi realizado em animais e humanos. A relevância de tais efeitos ainda é desconhecida.

           Em abril de 2020, a OMS atualizou sua revisão de evidências, essa revisão produziu algumas impressões em que os autores compararam a incidência de casos de COVID-19 em países onde a vacina BCG é usada com países onde não é usada, observando que os países que usavam rotineiramente a vacina em neonatos tinham menos casos relatados de COVID-19.

Para conferir o posicionamento da organização mundial da saúde na íntegra, clique neste link

Bioisenção baseada no sistema de classificação biofarmacêutica (SCB)




A bioisenção baseada no sistema de classificação biofarmacêutica é aplicada
a medicamentos genéricos e similares, bem como a medicamentos novos, orais de
liberação imediata que contenham fármacos presentes na Instrução Normativa nº 4 de 3 de
agosto de 2011 , formulados com excipientes que não apresentem
impacto sobre a biodisponibilidade e que apresentem rápida dissolução in vitro.
A alta solubilidade poderá ser demonstrada com dados próprios da
requerente ou artigos científicos de revistas indexadas, desde que as condições
experimentais satisfaçam todos os requisitos técnicos dispostos na  Resolução.
Um fármaco será considerado altamente solúvel se sua maior dose
administrada oralmente como uma formulação de liberação imediata (dose máxima por
administração descrita em bula) solubiliza-se completamente em até 250 ml de cada uma
das soluções tampão utilizadas dentro da faixa de pH fisiológico (1,2 a 6,8), a 37 ± 1ºC.
 Deverão ser testadas, no mínimo, três condições de pH (1,2; 4,5 e 6,8),
utilizando-se, no mínimo, três repetições para cada condição, devendo o coeficiente de
variação (CV%) ser menor que 5% . Caso o número de amostras utilizado
seja maior do que três , todas as amostragens deverão ser consideradas no cálculo do
desvio médio. Os medicamentos de teste e de referência a serem submetidos ao estudo de
dissolução deverão, inicialmente, ser analisados preferencialmente segundo sua
monografia descrita na Farmacopéia Brasileira ou em outros compêndios autorizados pela
legislação vigente, seguindo a Resolução RDC nº 31/10, que dispõe sobre a realização dos
estudos de equivalência farmacêutica e de perfil de dissolução comparativo, e suas
alterações posteriores. Caso sejam utilizados excipientes que comprovadamente afetam a
biodisponibilidade dos fármacos (como, por exemplo, sorbitol, manitol, maltitol, laurilsulfato
de sódio, etoxilato de óleo de rícino, polissorbato 80 e outros), o medicamento teste deverá
conter, no que diz respeito a esses excipientes, qualitativamente os mesmos do
medicamento de referência e em quantidade compatível com a função pretendida na forma
farmacêutica.
Mais informaçõe em:

12 de maio de 2020


O cenário mundial de radiofármacos emissores de pósitrons para diagnóstico e estadiamento de câncer de próstata em medicina nuclear.

Num contexto atual a incidência do câncer de próstata (CaP) é mais comum em homens na faixa etária entre cinquenta e sessenta anos. O CaP caracteriza-se pelo aumento de volume da próstata, acompanhado de alguns sinais e sintomas. O diagnóstico tardio pode levar ao aparecimento de metástases sistêmicas. Sendo assim, a análise precoce e a resposta ao tratamento no CaP são um grande desafio para os profissionais da área em todo o mundo. A avaliação dos estágios desta patologia pode ser confirmada através do toque retal, dosagem do PSA (Antígeno Específico Prostático), ultrassonografia abdominal e transretal, biópsia, tomografia computadorizada e ressonância magnética da pélvis. Mas mesmo assim com grandes avanços nas tecnologias de diagnóstico por imagem, existem limitações em relação ao diagnóstico, como a verdadeira estimativa do estadiamento e, portanto, do prognóstico da doença. Então o uso da ressonância magnética no diagnóstico da lesão primária e sua relação com estruturas adjacentes na pelve, por exemplo, é limitada na detecção da verdadeira lesão index, no estadiamento loco-regional e sistêmico da doença. Assim, se faz necessário o uso de outros métodos e técnicas que possam complementar o diagnóstico, especialmente onde existem limitações clínicas. Essas alternativas de diagnóstico para CaP tem sido apresentada pela medicina nuclear. O PET/CT (Positron Emission Tomography and Computed Tomography) e mais recentemente o PET/RM (Positron Emission Tomography and Magnetic Ressonance) tornam a medicina nuclear uma ferramenta muito importante no diagnóstico e estadiamento do câncer de próstata. A Tomografía por Emissão de Pósitrons (PET, sigla em inglês) acoplada a uma Tomografia Computadorizada (CT, sigla em inglês), ou PET/CT, é um método de imagem que associa a informação do metabolismo (funcional) à informação anatômica. Isto permite a realização de imagens de fusão e uma localização mais acurada da lesão ou alteração investigada. Este método é de suma importância na Oncologia, para o diagnóstico, o estadiamento e o acompanhamento do tratamento de diversas neoplasias, sendo atualmente o 68Ga-PSMA-11 o radiofármaco mais utilizado em estadiamento de CaP e reincidente bioquímica.


9 de maio de 2020


NANOTECNOLOGIA FARMACÊUTICA APLICADA AO TRATAMENTO DA MALÁRIA





A malária é uma doença parasitária, causada pelo protozoário do gênero Plasmodium, e transmitida ao ser humano pelo sangue, através da picada do mosquito do gênero Anopheles, transfusão sanguínea, ou ainda pelo compartilhamento de seringas contaminas com o parasita. Estima-se que haja, em média, 400 milhões de casos clínicos e cerca de 3 milhões de mortes anualmente, por malária, no mundo. Dentre as quatro espécies que infectam o ser humano, três delas (P. vivaxP. malariae e P. ovale) apresentam quadros febris com duração característica de cada uma, bem como particularidades nos quadros clínicos, já a quarta espécie (P. falciparum) é responsável por parasitemias e, consequentemente, pela maioria dos casos que evoluem para óbito. Isto ocorre, porque a parasitemia atinge todas as hemácias com receptores para glicoforina, se instalam rapidamente, induzindo a formação de proeminências nas membranas dessas células, resultando na obstrução vascular, hipoxia tecidual e/ou necrose isquêmica. Em todas as manifestações, a ruptura das hemácias resulta em anemia e, de forma concomitante, a liberação do pigmento malárico. As hemácias lesadas e o pigmento malárico, são removidos do sangue por fagocitose, induzindo assim, a esplenomegalia e o aumento anormal do fígado.
         Os problemas relacionados ao tratamento, se dá pela difícil adesão terapêutica do paciente, por fatores como: a utilização de dois ou mais medicamentos, efeitos adversos intensos como náuseas e vômitos, o baixo índice terapêutico desses fármacos e interações medicamentosas. Além disso, é necessário levar em consideração, a resistência do mosquito transmissor aos inseticidas, a resistência do Plasmodium aos medicamentos antimaláricos e as condições sócio econômicas das populações. Entretanto, estudos para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos antimaláricos, utilizando nanotecnologia, tem se mostrado eficaz para o tratamento desta doença, com o intuito de controlar a liberação de fármacos de modo a aumentar o tempo de ação dessas substâncias no organismo, a utilização de antimaláricos considerados tóxicos na forma convencional, e ainda direcionando o fármaco para sítios específicos de células-alvo, por meio da encapsulação dos ativos em nanoestruturas como lipossomas, nanopartículas e micropartículas, e em relação as vacinas, prolongar o tempo de duração e elevar o número de anticorpos específicos no organismo. 

           Algumas pesquisas desenvolvidas, que comprovaram a validade dessa estratégia:

1998: foi desenvolvida formulações lipossômicas contendo artemeter, uma substância semi-sintética, derivada de artemisinina, efetivo contra o P. falciparum resistente a certos antimaláricos.Dentre as formulações desenvolvidas, a composta por dipalmitoilfosfatidilcolina (DPPC), diberenoilfosfatidilcolina (DBPC), colesterol e artemeter, foi a selecionada para ensaios in vivo, utilizando coelhos machos, que receberam os lipossomas por via oral e intravenosa. Os resultados mostraram um aumento significativo da biodisponibilidade do fármaco, quando administrado em lipossomas por via oral (97,91%), comparado com os 31,83% quando administrado sob a forma de suspensão oral. E o artemeter em lipossomas administrados por via intravenosa, resultou em aumento no tempo de meia-vida, quando comparado com aqueles de outros derivados da artemisinina, como a própria artemisinina e o artemeter.”


2006: foi realizado outro estudo, onde foram desenvolvidas nanocápsulas, para o encapsulamento do fosfato de cloroquina, essas partículas apresentaram “reduzida capacidade hemolítica, reduziram o nível de trofozoítos jovens em cultura de P. falciparum e prolongaram a permanência da cloroquina no sangue de ratos, em estudos de biodistribuição após administração intravenosa, sem que efeitos adversos tenham sido observados.”


1997: foram desenvolvidas microesferas, contendo desferrioxamina (DFO), um agente quelante de ferro com atividade antimalárica in vitro e in vivo, impedindo o acesso do parasita ao ferro, que é um elemento essencial para seu desenvolvimento. O DFO apresenta tempo de meia-vida curto, entretanto utilizado em micropartículas, sua biodisponibilidade foi alterada. “De fato, a formulação de micropartículas apresentou taxa de encapsulamento superior a 70%, perfil cinético caracterizado por rápida liberação inicial, seguida de taxa marginal de liberação controlada.”


No caso das vacinas, o objetivo é a “associação das vacinas com adjuvantes, que permitam estímulo da resposta imune com níveis de anticorpos elevados por período de tempo prolongado.” Um teste realizado em 1996, com microesferas biodegradáveis, como adjuvante para um peptídeo sintético da malária, o P30B2, realizado com camundongos, levou a resultados satisfatórios, demonstrando a propriedade dessa nanoestrutura em induzir a produção de anticorpos e o seu potencial em prolongar os níveis de anticorpos por períodos de até 45 semanas.

Referência:
PIMENTEL, L. F.; JÚNIOR, A. T. J.; MOSQUEIRA, V. C. F.; MAGALHÃES, N. S. S. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. Nanotecnologia farmacêutica aplicada ao tratamento da malária, São Paulo, v. 43, ed. 4, out/dez 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-93322007000400003&script=sci_arttext. Acesso em: 1 maio 2020.

Comparação entre técnicas de granulação via úmida: leito fluidizado x alto cisalhamento.

            A granulação pode ser realizada por diferentes tecnologias as quais se diferenciam essencialmente nas metodologias utilizadas e,...