25 de maio de 2020


             


Preparações e aplicações radiofarmacêuticas 

Os radiofármacos são compostos, sem ação farmacológica, que têm na sua composição um radionuclídeo, e são utilizados em Medicina Nuclear para diagnóstico e terapia de várias doenças. As características físico-químicas do radiofármaco determinam a sua farmacocinética, ou seja, a sua fixação no órgão alvo, metabolização e eliminação do organismo, enquanto que as características físicas do radionuclídeo determinam a aplicação do composto em diagnóstico ou terapia. Além das aplicações em Medicina Nuclear, a radioatividade tem sido aplicada em Medicina sob diferentes formas:  
• Fonte de radiação externa ao organismo, em radiologia e radioterapia convencional;  
Radioesterilização de produtos e materiais com utilização médica;  
• Doseamento de hormônios. 
A dose de um radiofármaco necessária a um exame é muito mais baixa do que a dose de agentes de contraste utilizada em outras técnicas de diagnóstico, como a radiografia e a ressonância magnética nuclear (RMN), por exemplo. Em Medicina Nuclear não ocorrem efeitos farmacológicos, sendo uma técnica não invasiva que permite avaliar a função e não só a morfologia do órgão. 
A radiografia é uma técnica de diagnóstico em que se registra a permeabilidade dos tecidos aos raios X. Utilizam-se muitas vezes agentes de contraste, que promovem a absorção dos raios X aumentando o contraste das imagens. 
A RMN é uma técnica tomográfica, que utiliza os núcleos dos prótons das moléculas de água existentes nos tecidos como sondas magnéticas naturais. Quando é aplicado um campo magnético, os núcleos absorvem diferentes radiofreqüências conforme a orientação que assumiram após aplicação do campo magnético. 
Apesar das técnicas de RMN e de raios X apresentarem melhor resolução, estas técnicas são menos específicas. As técnicas de Medicina Nuclear fornecem imagens de menor detalhe anatômico, mas permitem avaliação funcional. 
Em termos de terapia, a Medicina Nuclear utiliza radiofármacos, que têm na sua composição um radionuclídeo, que emite radiação ionizante. O efeito desta radiação sobre os tecidos ou órgãos alvo promove a destruição das células tumorais. A captação do radiofármaco no órgão alvo deve ser seletiva, de modo a minimizar os efeitos secundários, que são uma das grandes desvantagens da radioterapia externa em que é delicado controlar a dose de radiação fornecida, especialmente para tratamento de metástases disseminadas. No caso da radioterapia externa, os tecidos saudáveis estão também expostos a elevadas doses de radiação, o que pode aumentar a incidência de leucemias e cancros secundários. 



2 comentários:

camila/marizele disse...

importante abordar este assunto, porque na maioria das vezes a radiação é colocada somente como maléfica e não é verdade. Ela pode ser usada em diversos tratamentos através dos radiofármacos com segurança.

Jardel / Tailine disse...

Realmente (camila/marizele) um assunto que não foi publicado, é sobre a identificação de linfonodo, é um exame de linfocintilografia, que consiste em injetar uma substância radioativa no paciente, que vai percorrer a rota linfática que sai do local do tumor e identificar a localização do linfonodo.

Jardel

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