13 de abril de 2022

Estudos Pré-Clínicos


         ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS, LÍNGUA AZUL E VACINAS: QUAL A RELAÇÃO?

 

          Que a pesquisa pré-clínica estuda a ação, a segurança e a farmacocinética dos medicamentos você já sabia! Agora, você sabia que a pesquisa pré-clínica também é utilizada para prever os efeitos dos medicamentos e vacinas que serão utilizados em animais? Pois sim, os possíveis medicamentos e vacinas em fase de desenvolvimento que estão sendo pensados para uso animal também passam pela fase pré-clínica de testes.

         Como é o caso do estudo realizado para o desenvolvimento de vacinas contra a doença da língua azul, patologia esta que acomete, em maioria, bovinos e causa prejuízos ao setor da pecuária. A língua azul é uma doença viral não contagiosa, que apesar de contaminar em maior parte, os bovinos, nestes não possui tanta severidade, ao contrário dos ovinos, que possuem alta taxa de mortalidade quando infectados com a doença.

       "Para o estudo pré-clínico foram utilizadas 19 coelhas da raça Nova Zelândia oriundas da Fazenda Experimental Hélio Barbosa - UFMG, com peso entre 1 – 2 kg e idade aproximada de 45 dias.” (CAMPOS, 2020). Através desse exemplo, nota-se que da mesma forma que os medicamentos e vacinas para utilização humana passam por ampla testagem, pesquisas e testes, há essa preocupação também nos insumos que possuem como alvo os animais.

        No estudo em questão, a vacina passou por testes in vitro e in vivo, como testes de esterilidade, testes de inativação viral, testes de inocuidade e testes de potência para chegar aos resultados finais. Os resultados encontrados sugeriram que são necessárias múltiplas doses das vacinas para se chegar à imunogenicidade desejada, já que as vacinas desenvolvidas na pesquisa são vacinas inativadas, que naturalmente dependem de mais doses para garantir satisfatória imunização. Dessa forma “Nosso estudo permitiu a avaliação da imunogenicidade das vacinas estudadas em ensaios pré-clínicos, o que possibilita obter informações importantes para continuidade do trabalho sobre as vacinas para aplicação em cervídeos” (CAMPOS, 2020).

 


REFERÊNCIAS:

Campos, Marco Túlio. Desenvolvimento de vacinas inativadas contra a Língua Azul e a Doença Epizoótica Hemorrágica para cervídeos: ensaios pré-clínicos. Disponível em: < https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38864/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O_MarcoTulio%20Gomes%20Campos.pdf>    

5 comentários:

Isadora e Mônica disse...

Gostei muito da postagem por trazer um diferencial ao falar sobre animais. Muitas vezes nosso foco é sobre os estudos em relação aos humanos, então é confortante saber que medicamentos e vacinas para uso animal também passam pela pesquisa pré-clínica, que serve de base para todos os processos seguintes, demonstrando que há o interesse de se analisar e estudar a eficácia e segurança desses possíveis produtos, embora estes não sejam de uso humano.
(Isadora)

Thiago, Édina e Francine disse...

Nem tinha o conhecimento sobre essa curiosa doença que tão trágica quanto cômica leva nossos animais a ficarem com a língua azul, inclusive, feliz em ver que os medicamentos, mesmo que feito em animais, recebem o cuidado e fornecem a segurança que os produzidos para o ser humano.
Thiago Vargas.

Anônimo disse...

O estudo é interessante, mostra bem como é importante o seguimento de novas pesquisas e analises no setor. Fran

Anônimo disse...

Muito legal o post, além de ser informativo mostra que a farmácia esta presente e diversos campos de trabalho.
Mostra também a importância dos destes em animais que são consumidos por nós.
Este post me faz questionar sobre as vacinas humanas e animais em produção que não passaram por todos os teste... só veremos as reais consequências em alguns anos.
Paula

Thiago, Édina e Francine disse...

Achei o post muito legal, é interessante sabermos que é levado segurança e eficácia aos animais e que tem grandes estudos por trás desse processo.

Édina Barcelos

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