Um dos principais dos objetivos da farmacovigilância é
reduzir a taxas de mortalidade e morbidade associadas a medicamentos, através da detecção precoce de problemas
de segurança desses produtos para os pacientes, além de melhorar a seleção e o
uso racional dos medicamentos pelos profissionais de saúde.
A principal ferramenta da
farmacovigilância é a notificação espontânea por parte dos
profissionais de saúde, de toda SUSPEITA DE REAÇÃO ADVERSA CAUSADA POR MEDICAMENTO
ou mesmo de outros problemas relacionados a medicamentos como desvios de
qualidade, perda de eficácia, abuso, intoxicação, uso indevido ou mesmo erros
de administração.
O conjunto de notificações recebidas vai permitir a:
·
a identificação precoce de reações adversas desconhecidas até o momento;
·
a identificação do aumento de freqüência das reações adversas
conhecidas;
·
a identificação de fatores de risco e possíveis mecanismos subjacentes
às reações adversas;
·
a avaliação e comunicação dos riscos e benefícios dos medicamentos no
mercado, e
·
a disseminação de informações necessárias ao aprimoramento da prescrição
e regulação dos medicamentos, promovendo o uso racional e seguro destes
produtos.
Por que é importante notificar Suspeitas de Reações Adversas a Medicamentos?
As informações coletadas durante os ensaios clínicos realizados na fase de
desenvolvimento de um medicamento são inevitavelmente incompletas
principalmente no que se refere às possíveis reações adversas. Isto se deve
basicamente às características dos ensaios clínicos:
·
os testes realizados em animais são insuficientes para prever a
segurança em humanos;
·
os pacientes submetidos aos ensaios clínicos correspondem a um universo
bastante limitado no que se refere ao número de pacientes expostos, duração do
tratamento e demais condições que diferem daquelas da prática clínica;
·
até o registro do medicamento, o pequeno número de pacientes expostos
durante a pesquisa, permite apenas a detecção das reações adversas mais
comuns;
·
informações sobre reações adversas raras, porém graves, toxicidade
crônica, uso em grupos especiais (crianças, idosos ou mulheres grávidas) ou
interações medicamentosas são, freqüentemente, incompletas ou não estão
disponíveis.
Estas condições acabam por determinar o fundamental papel da vigilância
pós-comercialização na avaliação de desempenho dos medicamentos, principalmente
daqueles recém introduzidos no mercado.
Os primeiros anos de comercialização de determinado produto são particularmente
importantes para que sejam identificadas as reações adversas desconhecidas.
Assim, as notificações voluntárias de tais eventos por parte dos profissionais
de saúde, contribuem para a avaliação permanente da relação benefício/risco,
para a melhoria da prática terapêutica racional e principalmente instruem
alterações futuras necessárias no produto, ou até mesmo a sua retirada do
mercado antes mesmos da renovação de seu registro.
A efetividade do programa de
farmacovigilância está diretamente relacionada à participação ativa dos profissionais
de saúde.
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Referencias: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/apresentacao.asp?te_codigo=22#:~:text=A%20farmacovigil%C3%A2ncia%20tem%20como%20objetivo,medicamentos%20pelos%20profissionais%20de%20sa%C3%BAde.