28 de maio de 2019

Biogen e a Eisai interrompem estudos de fase III do medicamento aducanumab para Alzheimer








No dia 21 de março desde ano, as empresas Biogen e Eisai anunciaram que vão descontinuar dois testes de fase III do medicamento aducanumab, ENGAGE e EMERGE, que estavam sendo testados para a doença de Alzheimer. Os estudos foram elaborados para avaliar a eficácia e a segurança do aducanumab em pacientes com comprometimento cognitivo leve ou doença de Alzheimer leve.

O aducanumab é um anticorpo projetado para atacar a amiloide, uma proteína que se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer em um estágio inicial do processo da doença. Os voluntários que participaram dos estudos tinham queixa de memória precoce e acúmulo de amiloide no cérebro confirmado através de uma tomografia cerebral.

A decisão de interromper os testes baseia-se em uma análise conduzida por um comitê independente de monitoramento de dados, que sugere que os testes não devem melhorar a memória das pessoas, ou seja, não atingirão seu objetivo primário após a conclusão. As empresas farmacêuticas disseram que a recomendação para interromper os estudos não foi baseada em questões de segurança.

Mesmo com a interrupção desses estudos, as empresas farmacêuticas Biogen e Eisai vão continuar trabalhando juntas em outros dois medicamentos contra o Alzheimer, conhecidos como BAN2401 e elenbecestat. Essa foi mais uma tentativa que falhou em busca de um tratamento eficaz para o Alzheimer. A Biogen investiu US$ 743 milhões nessa pesquisa e US$ 93 milhões em venda e marketing desse novo medicamento segundo a Securities and Exchange Commission.





Referências:




26 de maio de 2019

NANOTECNOLOGIA EM FORMULAÇÕES DE FILTROS SOLARES

Como sabemos a pele constitui 16% do peso corporal humano e é responsável pela proteção contra forças mecânicas, perda de água e raios ultravioleta. E além disso possui função de regulação da temperatura corporal e síntese de vitamina D através da exposição à radiação UVB.  Atualmente, com a grande demanda da população com problemas relacionados a exposição abusiva ao sol e também com problemas na camada de ozônio a ciência se viu necessitada de novos fármacos que conseguissem trazer a população o necessário para sua proteção e bem estar. Como sabemos a nanotecnologia é um campo da ciência cujo objetivo é controlar individualmente átomos e moléculas para criar estruturas (máquinas, chips, etc.) milhares de vezes menores que a tecnologia ora disponível permite. Um nanômetro equivale a um bilionésimo do metro. A utilização da nanotecnologia permite um controle muito maior da velocidade com que o ativo é liberado, assim como a profundidade em que é liberado na pele, fato este que levaria a uma maior ação local. A nanotecnologia funciona a partir das nanopartículas, um tipo de condutor que transporta os princípios ativos até as regiões mais profundas da epiderme. Graças a isso, os nanocosméticos conseguem agir na camada basal, o local de nascimento das células da pele, dessa forma, contribui para que se forme uma epiderme de melhor qualidade já que fortalecem as células muito novas que ainda não sofreram as agressões do meio ambiente. Estudos demostram que ao empregar nanotecnologia em formulações fotoprotetoras sua estabilidade aumenta e com isso se tornam mais efetivos. 

Para saber mais sobre este tema: 

Alves, MP. Formas Farmacêuticas Plásticas Contendo Nanocápsulas, Nanoesferas E Nanoemulsões De Minesulida: Desenvolvimento, Caracterização E Avaliação Da Permeação Cutânea In Vitro. Tese (Doutorado Em Ciências Farmacêuticas) – UFRGS, 2006

BAILLO, V. P.; LIMA, A. C. Nanotecnologia aplicada à fotoproteção. Revista Brasileira de Farmácia, v. 93, n. 3, p. 271-278, 2012.

Baril, M. B ; Franco, G. F ; Viana, R. S ; Zanin, S. M. W; - Nanotecnologia aplicada aos cosméticos - Visão Acadêmica, Curitiba, v.13, n.1, Jan. - Curitiba Mar./2012.

INSTITUTO DE TECNOLOGIA E ESTUDOS DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS (ITEHPEC). Encontro Internacional de Nanotecnologia em Cosméticos “A nanotecnologia como fator de competitividade das empresas”. Documento de referência: Nanotecnologia em Cosméticos, 2013.

RAMOS, B. G. Z; PASA, T. B. C. O desenvolvimento da nanotecnologia: cenário mundial e nacional de investimentos. Revista Brasileira de Farmácia, v. 89, n. 2, p. 95-101, 2008. 


Bioisenção de medicamentos de uso tópico




Conforme a legislação brasileira vigente, os medicamentos de uso tópico são biosentos caso apresentem mesmo fármaco e na mesma concentração e excipientes de mesma função que medicamentos referência (RDC 37/2011), portanto apenas o estudo comparativo necessário para o registro é o de equivalência farmacêutica que utiliza parâmetros microbiológicos e físico-químicos.

O artigo intitulado “Bioequivalência de medicamentos tópicos dermatológicos: o cenário brasileiro e os desafios para a vigilância sanitária” trouxe um comparativo entre requerimentos de registro destas formulações em diferentes autoridades regulatórias, concluindo que a flexibilização das exigências regulatórias no âmbito nacional tem proporcionado um grande número de registros de cópias sem que haja garantia de bioequivalência, alertando para a necessidade de uma rediscussão dos critérios e testes necessários pela ANVISA para determinação da bioequivalência nessas formulações.




Referência

SOARES, K. C. CMORAES, M. VGELFUSO, G. M; GRATIERI, T. Bioequivalência de medicamentos tópicos dermatológicos: o cenário brasileiro e os desafios para a vigilância sanitária. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2015, vol.20, n.11, pp.3599-3608.

22 de maio de 2019

ESTUDOS CLÍNICOS FASE I NA PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE VACINAS


Resultado de imagem para IMAGEM VACINA

A pesquisa e desenvolvimentos de novos fármacos envolvem vários estudos, parâmetros e normas a serem seguidos. Os estudos clínicos possibilitam o desenvolvimento de fármacos em diversas formas farmacêuticas como a comprimidos, cápsulas, solução, vacina entre outros.
O primeiro registro com surgimento de uma vacina ocorreu no século XVIII onde foi descoberta a vacina antivariólica. No Brasil o surgimento ficou conhecido como a “revolta da vacina” no ano de 1904 onde após a aprovação de lei houve a obrigatoriedade de vacinação contra a varíola.
Com o passar dos anos cada vez mais há o surgimento de novas doenças e consequentemente novos estudos clínicos para alcançar o objetivo de colocar no mercado e a disposição da população fármacos nas suas diversas formas farmacêuticas que amenizem os sintomas, melhorem a saúde e a qualidade de vida.
Diversas doenças deram o ponto de partida para que houvessem estudos clínicos no desenvolvimentos de vacinas como a própria varíola já mencionada, febre amarela, hepatite, meningite, sarampo, caxumba e rubéola estas prevenidas em uma única vacina, e tantas outras.
Algumas doenças são consideradas relativamente recentes como a dengue. Várias espécies do gênero Flavivirus representa séria ameaça para a saúde humana e animal. Entre eles, os vírus da dengue representam um problema clínico importante e crescente. Todos os quatro sorotipos do vírus da dengue podem causar infecção em humanos, com ou sem sintomas. Nos casos sintomáticos, as manifestações clínicas variam de quadros leves e autolimitados até os quadros típicos da febre da dengue, febre hemorrágica da dengue (FHD), síndrome do choque da dengue (SCD) ou dengue com complicações (DCC), que podem ter evolução fatal.
Um estudo desenvolveu uma vacina para prevenção da dengue e o mesmo apresentou resultados positivos durante os estudos clínicos realizados na fase I.
O mesmo vem ocorrendo também nas pesquisas e desenvolvimento de vacinas da gripe a qual já teve vários tipos de vírus, o primeiro vírus conhecido como H1N1 e atualmente sendo chamado de H7N9.

Para mais informações acesse:

PRODUÇÃO RADIOFÁRMACOS


PRODUÇÃO RADIOFÁRMACOS


    A produção de radiofármacos pelo IEN reflete a preocupação do Instituto em atender às demandas da sociedade. Essa atividade teve origem com a aquisição, em 1974, do acelerador de partículas Cíclotron CV-28 de energia variável, o que deu início ao desenvolvimento de métodos de produção de radionuclídeos para diferentes aplicações e a produção experimental para uso médico.
    A produção inicia-se com a obtenção do radioisótopo, a exemplo do Flúor (18F), nesse acelerador de partículas cíclotron. Em seguida, o radioisótopo é ligado a uma molécula, capaz de carrear o elemento radioativo a um local de interesse. A produção e o fracionamento dos radiofármacos são realizados em instalações denominadas Células Quentes, que asseguram a proteção dos trabalhadores à radiação. Em laboratórios especializados os radiofármacos ainda passam por processos de controle de qualidade. O processo produtivo cumpre com as Boas Práticas de Fabricação de Radiofármacos.
    Entre as instituições que produzem radiofármacos no Brasil estão o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN). 

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21 de maio de 2019

A manufatura dos produtos biológicos: o processo é o produto


A identidade e a qualidade do produto final de um medicamento biológico
somente podem ser asseguradas pela manutenção e consistência do processo de produção. Pequenas variações de alguma etapa do processo podem resultar em
grandes alterações do produto, algumas vezes relevantes para a eficácia ou segurança do medicamento.
Os medicamentos biológicos são frequentemente referidos pela expressão “o processo é o produto”, indicando a grande importância dos detalhes do processo de manufatura para a garantia da sua qualidade. Processos diferentes resultam em
produtos distintos.
A produção de medicamentos  biológicos necessita de processos robustos, confiáveis e bem controlados. Atualmente, os sistemas utilizados são aqueles baseados em cultura de células, tanto bacterianas, geneticamente mais simples, como
células mais complexas, como leveduras e células de mamíferos. As características desejáveis de células hospedeiras são: crescimento rápido, baixo custo, não ser nociva ou patogênica, viabilidade técnica para receber o DNA exógeno, estável em cultivos e alto rendimento.
O sistema celular mais simples e mais utilizado é baseado na bactéria Escherichia coli, tem baixo custo, de genética e bioquímica bem conhecida e de fácil e rápido crescimento. Tem a desvantagem de não produzir proteínas que necessitam glicosilação (que é um processo de anexação de moléculas de carboidrato ao
esqueleto proteico, conferindo mais estabilidade à proteína, contribuindo para a conformação tridimensional da molécula e determina o perfil de solubilidade, além de outras propriedades importantes) e por isto é usado na produção de proteínas mais simples, como insulina e hormônio de crescimento.
Num outro extremo estão as células de mamíferos, como as células CHO (de chinese hamster ovary), capazes de produzir proteínas complexas e glicosiladas, de linhagem bem conhecida. Elas oferecem maior segurança biológica, uma vez que vírus patogênicos em humanos (pólio, HIV, herpes, sarampo, etc.) não replicam em células CHO. Em contrapartida, têm a desvantagem de apresentar baixa velocidade de
crescimento, as células são mais frágeis, têm requerimentos  nutricionais mais exigentes baixo rendimento e custo mais elevado.

Referência:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.pfizer.com.br/sua-saude/Biossimilares/Medicamentos-biologicos&ved=2ahUKEwijx-a7lK3iAhX6GLkGHbeiBeUQFjACegQIBBAB&usg=AOvVaw1auqtgr32sC8Kf6EQQs0Ze < acessado em 20 de maio de 2019>


20 de maio de 2019

PERDA DE PATENTE E O IMPACTO NO FATURAMENTO DAS EMPRESAS

           PERDA DE PATENTE E O IMPACTO NO FATURAMENTO DAS EMPRESAS



A proteção das patentes é uma condição imprescindível para a saúde financeira das empresas de pesquisa e desenvolvimento de fármacos. Sua ausência implicaria na retirada do capital de risco privado pela impossibilidade de estipular o volume do retorno financeiro do investimento.
Embora exista a lei de patentes, esta não garante os lucros, os fracassos no campo das pesquisas clínicas têm levado muitas empresas de menor porte ou iniciantes no campo de pesquisas a falirem ou limitarem muito o campo de pesquisa de novos fármacos, desta forma limitando este papel às grandes corporações globais.
Se a lei de patentes gera um determinado conforto temporário devido ao monopólio de produção, o que garante retorno financeiro, por outro lado tem-se a certeza do declínio do retorno financeiro, em face de entrada de outros concorrentes, principalmente na forma de genéricos, os quais estão isentos de todos os gastos em pesquisa e desenvolvimento, ficando apenas com custos de comprovação de bioequivalência e biodisponibilidade.
Outro fator que pode influenciar na equação de formação de preços é a elevada quantia gasta com propagandas médicas e promoções, visando fortalecer e consolidar a marca no mercado, preparando-se para a situação posterior à quebra da patente. Dependendo da molécula, esta estratégia muitas vezes tem um impacto negativo, pois muitas pessoas e entidades governamentais questionam os valores estipulados do medicamento pela indústria, o que pode gerar uma quebra precoce da referida patente, impactando diretamente no financeiro da indústria.
Para ilustrar a situação exposta no texto acima, apresentamos abaixo, o gráfico referente ao medicamento PROZAC, demonstrando a sua queda de participação de mercado, após a entrada do medicamento genérico.



INDÚSTRIA FARMACÊUTICA DE PESQUISA: Novas Terapias, novos métodos de pagamento e a convergência tecnológica - PDF

19 de maio de 2019

Vacina Contra Doença Celíaca Entra Em Fase 2 de Teste Clínico


Vacina Contra Doença Celíaca Entra Em Fase 2 de Teste Clínico





A doença celíaca é causada pela intolerância ao glúten e caracteriza-se por ser autoimune e afetar o intestino delgado, tanto de adultos como de crianças geneticamente predispostos.  Por ser uma condição autoimune,  até o momento ela pode ser apenas controlada, porém não existe tratamento específico para a doença. Pessoas que apresentam a doença celíaca precisam evitar permanentemente a ingestão de glúten. Mesmo que a doença esteja controlada, se a proteína for introduzida novamente à dieta o intestino voltará a sofrer danos.
Devido a estas características, A indústria farmacêutica norte-americana ImmusanT anunciou que está iniciando a fase 2 de testes para a criação de uma vacina para doença celíaca. Sob o nome de Nexvax 2, o tratamento  é um tipo de imunoterapia que visa “reprogramar” o sistema imunológico para ser tolerante ao glúten. A vacina funciona de forma semelhante às já existentes que são utilizadas em pacientes alérgicos. O tratamento consiste em tomar duas injeções por semana em um período de 16 semanas.
A vacina é composta de moléculas chamadas peptídeos, que provocam uma resposta imune em pacientes com doença celíaca. Teoricamente, a exposição aos peptídeos ao longo do tempo pode ajudar a reprogramar as células do sistema imunológico, chamadas de células T, para se tornarem tolerantes ao glúten e não mais desencadear uma resposta imune à substância. A vacina deve funcionar para cerca de 80 a 90% dos pacientes, os quais são portadores  do gene HLA-DQ2.5 que é o mediador do processo de resposta imune.
A empresa está atualmente recrutando pacientes na Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos para participar do estudo clínico de fase 2, e deve durar aproximadamente seis meses, más sem data prevista para lançamento no mercado, nem o preço aproximado do novo fármaco foi divulgado.


Desenvolvimento de um novo fármaco e os testes em animais.




Desenvolvimento de um novo fármaco e os testes em animais.

Muito se é discutido sobre o uso de animais em testes de novos medicamentos. Para que não seja julgado é interessante conhecer o fluxo de desenvolvimento de um novo fármaco, pois  existe um movimento cientifico dentro do setor farmacêutico e também de agências de regulamentação como o FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos que estão trabalhando para diminuição de testes em animais, mais ainda não há algo que posso ser substituído.
A fase de pesquisa, envolve a descoberta de uma nova molécula, que seria a molécula química oriunda de síntese orgânica, produto natural, ou de outra fonte de estudo. Esta molécula deve apresentar uma atividade farmacológica com o alvo terapêutico, por exemplo, inibição ou indução de uma enzima responsável por uma reação bioquímica ligada um processo inflamatório.
Quando acontece a comprovação da molécula que está em estudo, os ensaios começam na ADME in vitro são realizados para conhecimento das propriedades biofarmacêuticas, ou seja, seu potencial de: absorção, distribuição e eliminação.
Ainda nesta fase de pesquisa o novo candidato é submetido a testes de genotoxicidade, mutagenicidade, toxicidade, entre outros, onde há alternativas de testes in vitro que são rápidos e menos onerosos ao fluxo de desenvolvimento do novo fármaco.
Após estes testes, este candidato entra na segunda fase, a fase pré-clinica, com testes em animais.
Cabe enfatizar, que a partir desta fase, o ambiente é muito controlado (FDA é muito rigoroso nos Estados Unidos) e todo documentado por procedimentos de BPL (Boas Práticas de Laboratório) e BPC (Boas Práticas Clínicas).
Nesta fase são realizados testes em animais em ambiente controlado, como dito, para conhecimento de eficácia, dose adequada, toxicidade, propriedades in vivo de farmacocinética, biodisponibilidade, metabolismo e outros, sabendo que há uma grande importância em se realizar estes testes, porque só assim vamos saber do efeito terapêutico e toxicológico  do novo fármaco para se evitar futuras frustrações com efeitos adversos. Mas como se sabe que não há ainda outros meios de fazer estes testes, ainda se usa animais, principalmente camundongos e alguns casos mais raros coelhos, no Brasil os animais são criados ou mantidos em biotérios para a realização destes testes, para poder comprovar a eficácia de medicamentos, vacinas, cosméticos e etc.
Ainda assim, existem pesquisas para minimizar o uso de animais como é o caso do guia do FDA de 2006 que recomenda a microdose para testes diretos em seres humanos.

Referências bibliográficas:

https://temciencianoteucha.com/2015/10/25/como-nasce-um-medicamento-parte-i/

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-sao-feitos-os-testes-de-laboratorio-em-animais/


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18 de maio de 2019

Vertex anuncia resultados positivos da fase 3 de estudos clínicos VX-611 e do Kalydeco







Novos medicamentos apresentaram resultados positivos para fibrose cística, esses medicamentos combinados demonstraram que as pessoas com duas cópias da mutação Delta F508 apresentaram uma melhora significativa no tratamento da função pulmonar.
A combinação de Tezacaftor/ivacaftor, teve resultado satisfatório, seus efeitos colaterais foram diminuídos e ainda as complicações que desenvolveram foram semelhantes em quase todos os grupos que participaram do teste.
O estudo teve o período de 24 semanas e foi conduzido na América do Norte e Europa, onde teve um total de 500 participantes com 12 anos de idade ou mais que apresentavam a deficiência da mutação citada a cima.
Quando o estudo atingiu oito semanas foi feito uma comparação entre os indivíduos que receberam o placebo e aqueles que receberam o novo medicamento em estudo.  Notou-se que os pacientes que apresentavam essa mutação ao entrarem em contato com o novo medicamento apresentaram uma melhora no tratamento da função pulmonar.
Além deste estudo na qual os medicamentos foram combinados, foi realizado outro teste onde o paciente entrou em contato somente com Ivacaftor, o resultado foi que a combinação de Tezacaftor/ivacaftor apresentou uma melhora mais significante do que o Ivacaftor sozinho.
Segundo a FDA (Food and Drug Administration) não existe nenhum medicamento aprovado para pacientes que apresentam este tipo de mutação, por isso, para os médicos, este resultado nos mostra o quanto estamos avançando nas pesquisas clinicas e o quanto estes medicamentos podem ajudar estas pessoas a terem uma melhora na qualidade de vida.


Referência: 

16 de maio de 2019

Registro de medicamentos para doenças raras





As doenças que são classificadas como raras não possuem um tratamento que tenha grandes opções terapêuticas, assim como, essas doenças não tem cura. A estimativa no Brasil é de que 13 milhões de indivíduos tenham alguma doença rara. O registro de novos medicamentos inovadores que realmente possam melhorar o tratamento do paciente é um grande desafio para o governo e o resto do mundo. A Anvisa é o órgão responsável que organiza e agiliza o pedido de novos medicamentos.
Em 2017, a Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 205. Essa resolução determina regras para o registro de novo medicamentos, prevenção ou diagnostico de doenças raras. A resolução ainda é acompanhada de normas sobre procedimento especial para anuência de ensaios clínicos e certificação de boas práticas de fabricação dos produtos.

Prazos para os novos medicamentos 
O primeiro passo do registro de novos medicamentos para doenças raras, sendo eles estrangeiros ou nacionais, é solicitar uma reunião de pré-submissão com a Ansiva para identificar o produto. Em até 60 dias depois do pedido da empresa essa reunião deve ocorrer.
A próxima etapa é quando o solicitante formaliza o pedido do registro. Este procedimento deve ocorrer em até 30 dias.
Depois da formalização do pedido, a Anvisa tem em torno de 60 para dar um parecer conclusivo ou solicitar mais informações. Quando o parecer é conclusivo, o registro deve ser publicado em até 30 dias e está concedido.
A Anvisa diz que a RDC 205 incentiva o resgistro de medicações nacionais, de jeito mais rápido uma vez que os documentos estejam completos e que não exista pedido de registro em outro país.
Se o medicamento é produzido fora do Brasil, a reunião de solicitação de pré-submissão para a Anvisa deve ser feita em até 60 dias depois do pedido de registro em outra autoridade reguladora. Isso quer dizer que a empresa pode pedir o registro em vários países ao mesmo tempo.
A Anvisa diz que essa fase faz com que o interesse do registro de empresas internacionais solicite o registro no Brasil e em outros locais, e que ao mesmo tempo tenha mais possibilidade do acesso do medicamento para os pacientes brasileiros. Os requisitos dos registros de medicamentos no Brasil são similares aos requisitos internacionais de outras agências.

Medicamento com registro em outros países 
Quando o medicamento já é registrado em outros países, deve-se apresentar o relatório técnico de avaliação do produto, que é emitido pelas autoridades reguladoras responsáveis. Isso economiza tempo de processo de registro.
Com os medicamentos importados é concedida o cancelamento do controle de qualidade no Brasil, desde que já tenha sido realizado e comprovado pelo fabricante.
A Anvisa autoriza o complemento de dados e provas adicionais, depois da autorização do registro, pela assinatura do termo de compromisso entre o órgão e a empresa solicitante. Quando o termo não é cumprido leva o cancelamento do registro.

13 de maio de 2019


NANOCARREADORES


Tendo em vista que a nanotecnologia é o estudo de partículas muito pequenas, possibilita o remodelamento de moléculas e átomos. A área da nanotecnologia farmacêutica e a nanomedicina, tem a pesquisa e desenvolvimento, seja para a terapêutica ou para o diagnóstico, voltada de modo à aumentar a superfície de contato do fármaco em relação ao seu volume para receber vantagens em relação aos seus homólogos. São levados em consideração a biodegradabilidade, biocompatibilidades, capacidade de funcionalização de superfície, conjugação, complexação e encapsulamento.
Nanocarreadores são partículas adicionadas a um fármaco que possibilita com que o mesmo seja deslocado a um lugar específico durante sua absorção no organismo que, em condições normais, são capazes de levar os medicamentos aos seus sítios de ação com máxima segurança. Os principais nanocarreadores utilizados no transporte de fármacos são os lipossomas, nanopartículas lipídicas, micelas, e nanopartículas poliméricas.

Lipossomas são formados por vesículas que contém uma ou mais bicamadas lipídicas intermediadas por compartimentos aquosos; as propriedades deles são facilmente modificadas e adaptativas, de acordo com o perfil farmacológico do medicamento.

Nanopartículas lipídicas são formadas por dispersão de lipídeos com alto ponto de fusão em meio aquoso. Tem como vantagem o fato de não ser necessária a utilização de solventes orgânicos na sua produção. Possuem grande capacidade de encapsular fármacos hidrofílicos e lipofílicos na matriz lipídica. Muito utilizados em medicamentos de uso dermatológico devido à sua excelente biocompatibilidade e baixa toxicidade, alta absorção transdérmica e poder de hidratação. Porém, o alto teor de água presente nessas partículas causa problemas de instabilidade no produto final, tem como alternativa utilizar carregadores lipídicos nanoestruturados, com teor lipídico de 40 a 50%.

Micelas são utilizadas em sistemas de liberação de fármacos para administração tópica, oral e intravenosa. Formam uma nanoemulsão mutifásica com um solvente, estabilizante, óleo e água misturados com alta pressão. O resultado gera micro/nanopartículas com cristais de fármaco livre associado a óleos, micelas ou solubilizado na fase contínua. Utilizada em fármacos como o diazepam e complexos vitamínicos.

Nanopartículas poliméricas são transportadoras coloidais, divididas em nanoesferas e nanocápsulas. Polímeros como albumina, gelatina, alginato e outros são utilizados pra preparar essas nanopartículas, mas tem problemas na reprodutibilidade lote a lote, devido a isso, os polímeros sintéticos também são utilizados: poliésteres alifáticos, derivados de ácido acrílico e metacrílico e derivados do cianoacrilato de aquila. Os polímeros de albumina são ótimos veículos para drogas da área de oncologia, assim como transportador de vitaminas, hormônio e outros constituintes  do plasma.


BIBLIOGRAFIA:

DIMMER, FRANTIESCOLE; FRIEDRICH, ROSSANA; GUTERRES, RUY. Impactos das nanotecnologia na saúde: Produção de medicamentos.

12 de maio de 2019

Tipos de bioisenção


Os estudos de bioequivalência e biodisponibilidade são fundamentais no desenvolvimento de um novo fármaco, através deles é possível observar o perfil farmacocinético e o comportamento terapêutico do medicamento após passar por variações em processos de fabricação, alterações de formulação e também para a aprovação de medicamentos genéricos. O objetivo é assegurar que tanto o produto de referência como o de teste, apresentem as mesmas características de concentração plasmática e tempo.
A bioisenção está dividida em 3 tipos:
Bioisenção em razão da forma farmacêutica e local de ação: São constituídas as soluções orais, parenterais, otológicas, oftálmicas, e as administradas como inalatórios orais ou sprays nasais, outras formas bioisentas são: gases, pós para reconstituição que resultem em soluções orais ou parenterais e medicamento de aplicação tópica não destinados a efeitos sistêmicos (com exceção das suspensões otológicas, oftálmicas, inalatórios orais e sprays nasais).
Bioisenção de demais dosagens: Muitos medicamentos se apresentam no mercado com mais de um tipo de dosagem para facilitar a dose ideal ao paciente. A RDC nº 37/2011 permite a bioisenção para dosagens maiores de um medicamento bioequivalente, e para outras dosagens de um medicamento novo. Além disso, também se aplica a medicamentos de liberação imediata, e de liberação retardada ou prolongada.
Bioisenção com base no sistema de classificação biofarmacêutica (SCB): Aplicado a medicamentos genéricos e similares de formas farmacêuticas sólidas orais e de liberação imediata que contenham fármacos presentes na IN nº4/2011, formulados com excipientes que não apresentem impacto sobre a biodisponibilidade e que possuam rápida dissolução in vitro. No caso de medicamentos novos aplica-se a mudanças de excipientes e alteração classificada como maior de processo de produção.


Referência bibliográfica: 
VIEIRA, Fernanda Pires.; REDIGUIERI, Camila Fracassoli.; REDIGUIERI, Carolina Fracassoli. A regulação de medicamentos no Brasil. Artmed. Porto alegre, 2013

11 de maio de 2019


O que é a Nanotecnologia?


É a aplicação tecnológica de objetos que tenham ao menos uma de suas dimensões físicas medindo entre 0,1 e 100 nanômetros. Seu marco inicial foi em 1959 quando o americano Richard Feynman afirmou que o homem um dia seria capaz de manipular os átomos de forma a construir estruturas de dimensões manométricas desde que as leis da natureza fossem mantidas, assim possibilitando a construção de materiais que não existem na natureza (VELOSO, 2007). Baseado nas ideias de Feynman o objetivo maior da nanotecnologia seria criar novos materiais e desenvolver novos produtos e processos baseados na crescente capacidade de tecnologia moderna em ver e manipular átomos e moléculas (SILVA, 2003). Com o avanço das tecnologias em microscopia eletrônica na década de 80, a previsão de Feynman pôde tornar-se realidade. A chegada dos microscópios de varredura por sonda, incluindo o microscópio de tunelamento e o microscópio de força atômica, possibilitou observar e movimentar átomos e moléculas (MELO; PIMENTA, 2004). Mais tarde, em 1992, Eric Drexler, propôs não somente manipular átomos, mas a construção de nanorrobôs, que poderiam até mesmo identificar e destruir seres vivos nocivos ao corpo humano, como vírus e bactérias (MARTINS, 2009). Atualmente, a nanotecnologia é um dos principais focos das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação em todos os países industrializados do mundo. Os locais que mais investem em nanotecnologia ainda são Europa, EUA (Estados Unidos da América) e Japão, cada região investindo cerca de um bilhão por ano, concentrando juntos mais da metade dos investimentos no mundo. Países como Rússia, China, Brasil tem feito investimentos significativos no setor nos últimos anos, 15 sendo que o governo brasileiro já investiu 140 milhões entre 2001 e 2006 em redes de pesquisa e projetos na área de nanotecnologia. A maior das motivações para o desenvolvimento de objetos nanométricos reside na possibilidade de produção de moléculas inéditas que possuam diferentes e incomuns propriedades físicas e químicas. É papel da nanotecnologia se aproveitar destas novas propriedades que surgem para desenvolver produtos com diferentes tipos de aplicações tecnológicas. O desenvolvimento da nanotecnologia tem demonstrado um campo científico multidisciplinar, encontrando aplicações nas mais diversas áreas, desde setores de energia e eletrônica até indústrias farmacêuticas.

Fontes Bibliográficas:
MARTINS, P. Nanotecnologia e meio ambiente para uma sociedade sustentável. Estudios Sociales, Sonora, v. 17, n. 34, p. 291-309, 2009. Disponível em: 94 . Acessado em 28 abril 2019.
MELO, C. P; PIMENTA, M. A. Nanociências e nanotecnologia. Parcerias Estratégicas, Brasília, n. 18, p. 9-21, 2004. Disponível em: . Acesso em 28 abril 2019.

10 de maio de 2019

Farmacogenômica: Como os genes poderão ajudar a neurologia

 Como já se sabe a Farmacogenômica está em grande crescimento na medicina; particularmente nas situações que exigem a necessidade de um tratamento próprio ou de longo período. Hoje os nossos genes já podem ser mapeados e relacionados ou não a certas doenças e terapias. Por muitas vezes tratamentos de Alzheimer, depressão, derrames, dor de cabeça ou epilepsia baseia-se em tentativas e erros: na tentativa de uma medicação após a outra, até que se encontre uma adequada para aquela pessoa. A farmacogenômica está com a promessa da transformação de como os pacientes estão sendo medicados ao prever o resultado do tratamento e antever possíveis complicações . Os genes terão de indicar qual medicamento seguramente beneficiara aquele individuo, melhor dizendo uma prescrição personalizada. Algumas condutas hoje já existem,podemos citar por exemplo: indivíduos do Sudeste Asiático ou os seus descendentes apresentam grande risco em desenvolver efeitos colaterais graves ao utilizar a carbamazepina (uma medicação utilizada para tratar a epilepsia) caso possuam um determinado gene. Portanto, sempre que pensarmos em utilizar a carbamazepina num indivíduo do Sudeste Asiático tal gene deve ser pesquisado antes. Indivíduos que façam uso de valproato (para epilepsia, dor de cabeça, distúrbios de humor) possuem grande risco de complicações graves quando portadores de certas deficiências no ciclo da ureia e os seus genes. Tem sido dada uma atenção aos genes que levam a uma maior ou menor metabolização desses diferentes medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças neurológicas e psiquiátricas. Os indivíduos que possuem esses genes ligados a um metabolismo mais rápido das medicações têm maior probabilidade de não responder bem aos medicamentos. Ainda se tem muita dificuldade em estimar os resultados obtidos com o nosso mapeamento genético. Mas esse procedimento vai se tornar habitual nos próximos anos, e com certeza vamos obter os dados capazes de beneficiar os nossos pacientes.Fonte:https://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/como-seus-genes-poderao-ajudar-a-neurologia/ >Acesso em 03 de Maio de 2019.

8 de maio de 2019

COMO AS PATENTES FUNCIONAM? VOCÊ É A FAVOR OU CONTRA AS PATENTES NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA?


COMO AS PATENTES FUNCIONAM?
VOCÊ É A FAVOR OU CONTRA AS PATENTES NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA?





A indústria farmacêutica assim que descobre uma substância ela entra com o pedido de patente, e depois de certo tempo ela é aceita e é ativa, este período todo dura em torno de 20 anos. Quando esse medicamento de referência é aprovado, a indústria farmacêutica que originalmente entrou com o pedido de patente ela tem exclusividade dos dados em relação às pesquisas, métodos de fabricação e outros elementos em relação a esta substância. Quando a patente do medicamento expira, medicações similares já podem entrar no mercado assim como os genéricos, e com isso, o preço de venda no mercado cai bastante para o consumidor, então com base nisto:
Por que não retiramos as patentes todas de uma vez? Por que não pagar mais barato por uma medicação, enquanto se paga mais caro? Por que será que as patentes são a principal consequência da inovação farmacêutica no país?
Imagine que você é uma indústria farmacêutica e está desenvolvendo uma medicação, e gastou 2 bilhões de dólares para desenvolvê-la e você não tem a garantia que será a única pessoa que vai poder vender essa medicação durante um certo período de tempo. Isso quer dizer que outra indústria pode pegar seus dados, fabricar a medicação igual àquela que você gastou muito para desenvolver e lucrar em cima disso sem ter gasto nem perto daquilo que você investiu.
            Então, você é a favor ou contra as patentes de medicamentos?


Disponível em:https://oglobo.globo.com/opiniao/volta-polemica-sobre-patente-de-remedios-8041207  Acesso em 07 de maio de 2019.

ESTUDOS NA PESQUISA CLÍNICA E FASE I



A epidemiologia tem grande importância na pesquisa clínica, pois ela possui os diferentes métodos que podem ser aplicados em estudos clínicos com objetivo de encontrar respostas aos questionamentos sobre a pesquisa em foco.
O delineamento adequado de uma pesquisa clínica é fundamental para o planejamento, leitura e interpretação dos estudos realizados.
Existem linhas de acompanhamento e investigação ao longo das pesquisas clínicas as quais são aplicadas de acordo com o objetivo do estudo. Esses estudos podem ser randomizados, não randomizados, descritivos com estudos e relatos de casos, analíticos observacional com o estudo transversal, coorte, caso-controle e ecológico, como também analítico experimental com os delineamentos estudos de prevenção, intervenção e ensaio clínico.
A fase I da pesquisa clínica num primeiro momento é realizada com pessoas saudáveis podendo expandir os estudos com pessoas que tenham alguma patologia específica. Essa primeira fase possui característica de estudo experimental o qual há uma intervenção por parte do pesquisador que administra e observa os efeitos que a substância em estudo pode causar no indivíduo.
Também se caracteriza por seguir o delineamento de pesquisa randomizado que é um estudo intervencionista e prospectivo no qual os indivíduos que participam do estudo devem receber a mesma intervenção, o mesmo tratamento proposto na pesquisa, ou ter no mínimo um acompanhamento parecido podendo ter uma pequena diferença na intervenção em si, para que se possa ter uma avaliação das causas entre um grupo e outro quando for o caso.
Estudo de coorte ou longitudinal prospectivo também é um tipo de estudo utilizado no delineamento de uma pesquisa clínica de fase I, este avalia o efeito do fator de exposição e tem por objetivo mensurar o impacto de intervenções terapêuticas após o acompanhamento por um determinado período de tempo dos indivíduos participantes da pesquisa.

Para mais informações acesse:

7 de maio de 2019

A Imunogenicidade dos produtos biológicos



O sistema imune é um notável mecanismo de proteção, que surgiu durante o processo evolutivo dos vertebrados, capaz de reconhecer e validar as substâncias do próprio corpo e atacar e destruir tudo que é considerado estranho ao organismo tais como os parasitas, as bactérias, os vírus e grandes moléculas.
Imunogenicidade é a propriedade de um componente — um agente infeccioso ou uma grande molécula — de despertar uma reação imune.
Os medicamentos biológicos, sendo macromoléculas, são em geral imunogênicos e podem desencadear uma resposta imune, sendo necessária uma cuidadosa avaliação da imunogenicidade durante o desenvolvimento destes produtos.

O que a Imunogenicidade pode causar?
As consequências clínicas da imunogenicidade dos medicamentos biológicos podem variar desde manifestações de menor relevância até reações potencialmente fatais. O
desenvolvimento de anticorpos contra o medicamento pode provocar alterações na farmacocinética (distribuição e transformação do medicamento no organismo) e
farmacodinâmica (efeito produzido pelo medicamento), levando geralmente à perda de eficácia. Mas, em alguns casos, pode ocorrer aumento de eficácia e/ou eventos adversos por causa da diminuição da depuração e eliminação do medicamento. Outros casos incluem
alergias e reações de hipersensibilidade. As manifestações mais graves são aquelas
relacionadas à quebra de tolerância, situação em que o sistema imune se confunde e passa a não tolerar proteínas próprias – os anticorpos desenvolvidos contra o medicamento passam também a atacar proteínas endógenas semelhantes. Alguns destes casos estão associados à
ocorrência de impurezas remanescentes do processo de fabricação ou geradas no
acondicionamento do produto. Estes contaminantes, ainda que em concentrações muito pequenas, podem provocar a formação de agregados proteicos com a exposição de múltiplos epitopos.

O que causa a Imunogenicidade?
Vários fatores influenciam a imunogenicidade dos medicamentos biológicos. No caso das proteínas, a sequência de aminoácidos é o principal fator. São importantes as variações de glicosilação, a estrutura tridimensional, presença de impurezas, desnaturações parciais ou
outras alterações que podem ocorrer durante o acondicionamento do produto. Em geral, a administração subcutânea é mais imunogênica, seguida da intramuscular e endovenosa. Além disso, certos pacientes são mais suscetíveis e patologias associadas podem representar fatores de risco. Os testes pré-clínicos em animais são importantes para avaliar a imunogenicidade, mas infelizmente não são preditivos do efeito em humanos pela simples razão de que os sistemas imunes são diferentes e específicos de cada espécie. Como consequência, a correta avaliação do potencial imunogênico exige a realização de ensaios clínicos em humanos. Sutis modificações do processo de fabricação dos medicamentos biológicos podem ocasionar modificações importantes na capacidade de provocar resposta imune.
Sendo assim o nosso sistema imune é capaz de reconhecer substâncias que algumas vezes não são detectadas pelos sofisticados métodos analíticos disponíveis em laboratório.

Referências :
https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/34-biologicos-site.pdf

file:///D:/Downloads/Manual-Medicamentos-Biol%C3%B3gicos-e-Biossimilares.pdf

6 de maio de 2019

Utilização de anticorpos monoclonais na medicina nuclear



Utilização de anticorpos monoclonais na medicina nuclear 


O anticorpo monoclonal é um tipo de anticorpo especial produzido em laboratório. Ele é desenhado para aderir às substâncias que são encontradas apenas na superfície das células que possuem o tumor.
Dessa forma a técnica de Radioimunoterapia consiste no uso de anticorpos monoclonais antígeno-específicos ou reagentes para a transferência de radionuclídeos terapêuticos ao tumor.
Os anticorpos monoclonais são os responsáveis por levarem o radioisótopo até a lesão, servindo como um meio de transporte. Ele vai através da corrente sanguínea até atingir o tumor e se liga a ele. Isso faz com que o tumor se ilumine, quando visto através de um aparelho especial.  A ação do radioisótopo no tumor causa um efeito citotóxico mediado por apoptose e citotoxicidade. A utilização de um anticorpo como uma molécula carregadora faz com que a escolha de um antígeno-alvo seja um fator determinante para a eficácia do tratamento. A radioimunoterapia consiste no tratamento de câncer de próstata, ovário, cólon, linfomas, leucemias, entre outros.
A Radioimunoterapia tem se desenvolvido muito nos últimos tempos e com isso foi possível um tratamento altamente seletivo de tumores através da ligação de um radioisótopo a um anticorpo. Em tumores hematológicos tem demonstrado bons resultados, mas já em tumores como, por exemplo: câncer de próstata, ovários não se demonstrou tanta eficácia, pois os mesmo falham em receber as doses de radiação necessárias para alcançar os mesmos resultados apresentados pelos tumores hematológicos.

Referências:
www.fatecbt.edu.br/seer/index.php/tl/article/download/270/220 - acessado em 05/05/2019 ás 10:30.


5 de maio de 2019

A Evolução dos Custos de Pesquisa Clínica Fase II


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A Evolução dos Custos de Pesquisa Clínica Fase II

A Evolução dos Custos de Pesquisa Clínica Fase II
A partir dos anos 60, os custos envolvidos em toda a cadeia de P&D sofreu um substancial incremento, principalmente na fase de estudos clínicos. Este impacto deve ser creditado ao grave episódio ocorrido com a droga talidomida, na Europa, que provocou graves deformações em recém-nascidos, efeito que não fora detectado no padrão de ensaios clínicos existentes à época. Com base nesse e em outros acontecimentos, foi aprovado, nos Estados Unidos, o Kefauver-Harris Drug Amendments Act, em 1962. De acordo com essa lei, os novos medicamentos devem estar apoiados em dados de eficácia e segurança, estudados de forma bem mais aprofundada,  bem como em boas práticas de fabricação (GMPs) e na autorização prévia de comercialização pelo FDA (Food and Drug Administration), dentre outras alterações. À medida que as moléculas avançam pelas diferentes fases dos ensaios clínicos, os custos de pesquisa aumentam significativamente. Dessa forma, cabe destacar que os valores da Fase II, que representa uma fase intermediária, atingem aproximadamente U$ 542 Milhões, conforme gráfico abaixo.
Fonte: https://www.interfarma.org.br/

Comparação entre técnicas de granulação via úmida: leito fluidizado x alto cisalhamento.

            A granulação pode ser realizada por diferentes tecnologias as quais se diferenciam essencialmente nas metodologias utilizadas e,...