19 de maio de 2019

Desenvolvimento de um novo fármaco e os testes em animais.




Desenvolvimento de um novo fármaco e os testes em animais.

Muito se é discutido sobre o uso de animais em testes de novos medicamentos. Para que não seja julgado é interessante conhecer o fluxo de desenvolvimento de um novo fármaco, pois  existe um movimento cientifico dentro do setor farmacêutico e também de agências de regulamentação como o FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos que estão trabalhando para diminuição de testes em animais, mais ainda não há algo que posso ser substituído.
A fase de pesquisa, envolve a descoberta de uma nova molécula, que seria a molécula química oriunda de síntese orgânica, produto natural, ou de outra fonte de estudo. Esta molécula deve apresentar uma atividade farmacológica com o alvo terapêutico, por exemplo, inibição ou indução de uma enzima responsável por uma reação bioquímica ligada um processo inflamatório.
Quando acontece a comprovação da molécula que está em estudo, os ensaios começam na ADME in vitro são realizados para conhecimento das propriedades biofarmacêuticas, ou seja, seu potencial de: absorção, distribuição e eliminação.
Ainda nesta fase de pesquisa o novo candidato é submetido a testes de genotoxicidade, mutagenicidade, toxicidade, entre outros, onde há alternativas de testes in vitro que são rápidos e menos onerosos ao fluxo de desenvolvimento do novo fármaco.
Após estes testes, este candidato entra na segunda fase, a fase pré-clinica, com testes em animais.
Cabe enfatizar, que a partir desta fase, o ambiente é muito controlado (FDA é muito rigoroso nos Estados Unidos) e todo documentado por procedimentos de BPL (Boas Práticas de Laboratório) e BPC (Boas Práticas Clínicas).
Nesta fase são realizados testes em animais em ambiente controlado, como dito, para conhecimento de eficácia, dose adequada, toxicidade, propriedades in vivo de farmacocinética, biodisponibilidade, metabolismo e outros, sabendo que há uma grande importância em se realizar estes testes, porque só assim vamos saber do efeito terapêutico e toxicológico  do novo fármaco para se evitar futuras frustrações com efeitos adversos. Mas como se sabe que não há ainda outros meios de fazer estes testes, ainda se usa animais, principalmente camundongos e alguns casos mais raros coelhos, no Brasil os animais são criados ou mantidos em biotérios para a realização destes testes, para poder comprovar a eficácia de medicamentos, vacinas, cosméticos e etc.
Ainda assim, existem pesquisas para minimizar o uso de animais como é o caso do guia do FDA de 2006 que recomenda a microdose para testes diretos em seres humanos.

Referências bibliográficas:

https://temciencianoteucha.com/2015/10/25/como-nasce-um-medicamento-parte-i/

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-sao-feitos-os-testes-de-laboratorio-em-animais/


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Um comentário:

Dani Bruno disse...

Muito complexo ainda sobre este assunto muitos apoiam e outros criticam cada um, no seu ponto de vista.

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