Gripe H1N1: Por
que é tão importante se vacinar?
Com a confirmação dos primeiros casos de infecção pelo
novo coronavírus no Brasil, o governo antecipou a campanha de vacinação contra
gripe em quase um mês. Além disso, junto ao novo coronavírus, chegou a época do
ano em que os cachecóis saem dos armários, as comidas ficam mais quentinhas e
os locais ficam mais fechados. Com as temperaturas mais frias, os vírus da
gripe fazem a festa, circulando com muito mais intensidade e trazendo vários
transtornos para a população, principalmente entre as populações mais sensíveis
de crianças e idosos.
“Antecipamos a campanha porque a vacina deixa
o sistema imunológico 80% protegido contra cepas do vírus influenza, milhares
de vezes mais comuns que o coronavírus”, justificou, em entrevista coletiva, o ministro da
saúde Luiz Henrique Mandetta.
“Se a pessoa
avisa que foi vacinada [contra a gripe], isso auxilia no raciocínio do
profissional de saúde, do médico pensar em outros vírus por trás de uma
doença”, completa o Ministro.
Ainda neste ano
foram aprovadas pela ANVISA seis vacinas contra gripe (vírus Influenza). Os produtos autorizados são
os que fizeram a atualização das cepas do vírus da gripe, conforme recomendação
da Organização Mundial da Saúde (OMS) e na Resolução RE 2.714, de outubro de
2018, da Agência. São eles:
·
Fluarix Tetra – GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
·
Influvac – Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
·
Influvac Tetra – Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.
·
Vacina Influenza Trivalente (fragmentada e inativada) –
Instituto Butantan.
·
Vacina Influenza Trivalente (subunitária, inativada) –
Medstar Importação e Exportação Eireli.
·
Vaxigrip – Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Do que é feita a vacina?
Muito
importante saber que se trata de uma vacina fabricada com cepas inativadas,
portanto, não há como causar a doença. Entretanto, o que pode acontecer é uma resposta do nosso sistema
imunológico contra a vacina, que pode ser semelhante aos sintomas da gripe, só
que bem mais leve e rápida, não durando mais que 48 horas.
De acordo com a resolução da
ANVISA, a vacina de influenza trivalente de 2020 deverá conter os seguintes
vírus:
·
Influenza
A (H1N1)
·
Influenza
A (H3N2)
·
Influenza
B, Victoria.
Já a vacina de influenza
quadrivalente deve conter, além dessas três cepas, o vírus influenza B, subtipo
Yamagata. Por isso, é preciso se
vacinar anualmente para receber todas as proteções contra as variações do
vírus.
Quem pode
tomar a vacina da gripe em 2020?
Houve um acréscimo relevante no público-alvo
prioritário da vacinação: a partir desse ano, adultos de 55 a 59 anos
também terão direito a receber uma dose nos postos de saúde de todo o Brasil
(antes, o imunizante era oferecido dos 60 em diante). Abaixo, você confere a
lista completa de indivíduos que podem (e devem) se proteger gratuitamente pelo
Sistema Único de Saúde, o SUS:
·
Idosos com mais
de 60 anos
·
Adultos com 55 a
59 anos
·
Crianças de 6
meses a 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias)
·
Gestantes
·
Puérperas
(mulheres que tiveram um filho nos últimos 45 dias)
·
Trabalhadores da
área de saúde
·
Professores de
escolas públicas e privadas
·
Povos indígenas
·
Portadores de
doenças crônicas e outras condições clínicas (veja mais abaixo)
·
Adolescentes e
jovens de 12 a 21 anos que estão sob medidas socioeducativas
·
População privada
de liberdade
·
Funcionários do
sistema prisional
·
Profissionais de
forças de segurança e salvamento (policiais e bombeiros, por exemplo)
Essas adequações, inéditas na história da
campanha, visam justamente facilitar o acompanhamento das infecções pelo novo
coronavírus. A ordem dos grupos prioritários foi pensada para facilitar o
acesso dos grupos mais vulneráveis às complicações tanto de gripe quanto de
Covid-19.
Referencias
https://blog.araujo.com.br/mais-saude/9-mitos-e-verdades-sobre-a-vacina-contra-gripe/,
acesso em 12/04/2020;
https://blog.araujo.com.br/mais-saude/vacina-gripe/,
acesso em 12/04/2020;
https://saude.abril.com.br/medicina/vacina-gripe-2020/,
acesso em 12/04/2020;
https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16663-vacina-da-gripe-influenza;
acesso em 12/04/2020.