9 de abril de 2020

Impactos da nanotecnologia na saúde: produção de medicamentos


Uma das finalidades da utilização de nanotecnologia na saúde, é o desenvolvimento de fármacos que ofereçam vantagens sobre os convencionais, justamente devido ao seu tamanho, podendo as nanopartículas atuarem como transportadores dos fármacos para sítios mais específicos, dependendo dos materiais e mecanismos utilizados para a obtenção destas, como lipossomas, nanopartículas lipídicas sólidas (NLS), micelas e nanocristais, por exemplo. Deste modo, os nanomedicamentos poderão ser mais eficientes, seguros, com início de ação mais rápido e propiciando efeitos adversos menos intensos no tratamento de muitas doenças, principalmente do câncer, que é a classe de maior interesse para as indústrias.
Os países que mais investem em nanociência e nanotecnologia (N&N) são EUA, Japão e países europeus. Já o Brasil também investe nesta área, embora os números não cheguem nem perto dos líderes do ranking, seus investimentos estão crescendo de forma expressiva, onde até o ano de 2007, junto à setores privados, o investimento foi de cerca de 320 milhões em universidade e centros de pesquisa. Como exemplo de alguns resultados desses investimentos, se tem produtos nanotecnólogicos para fins dermatológicos, que já estão em fase I de desenvolvimento. Entretanto, há desafios para a continuidade dos avanços, como: a) criar infraestrutura para a produção de lotes-piloto para ensaios clínicos em fase I; b) incrementar os investimentos para PD&I e N&N; e c) estabelecer marco regulatório brasileiro para N&N na perspectiva internacional”.  
Com isso, é possível ver o quanto está crescendo a pesquisa e o desenvolvimento de produtos nanotecnológicos, tendo como exemplos nanomedicamentos, que já são comercializados (como o Oncaspar, utilizado no tratamento de leucemia linfoblástica aguda, em que a nanoestrutura utilizada é um conjugado proteína-polímero, e o Taxol, utilizado no tratamento de câncer de mama, em que um conjugado fármaco-albumina é o seu componente nanoestrutural), bem como seus inúmeros benefícios, tanto para saúde como economicamente, visto que o retorno em termos de valores é alto. Entretanto, o Brasil só não avança mais por falta de dinheiro para investimentos, porque se levar em conta a quantidade de pesquisadores, estudantes e técnicos, que fazem parte dos 69 grupos de pesquisas incluindo universidades brasileiras e outros centros privados, totalizando 718, 999 e 61, respectivamente, bem como seus feitos, o país poderia ter retornos consideráveis. Porém, levando em conta que estes dados são do ano de 2007, provavelmente a quantidade de grupos de pesquisas, participantes/colaboradores e levando em conta a velocidade com que a tecnologia vem se desenvolvendo, estes números, provavelmente já tenham elevado significativamente e, consequentemente, os investimentos nessa área.

Referência:

      DIMER, F. A.; FRIEDRICH, R. B.; BECK, R. C. R.; GUTERRES, S. S.; POHLMANN, A. R. Impactos da nanotecnologia na saúde: produção de medicamentos, São Paulo, v. 36, ed. 10, 24 mar. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422013001000007&script=sci_arttext. Acesso em: 1 mar. 2020.


6 comentários:

Valéria e Vanessa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Valéria e Vanessa disse...

Segundo os dados do estudo, existe uma organização entre os centros de pesquisa, onde os pesquisadores dentro de um construtivismo participam para o fortalecimento e desenvolvimento de fármacos. Ensaios clínicos estratégicos através de nanotecnologia que são capazes de gerar respostas aos problemas de saúde, construindo molécula por molécula projetos que visem o desenvolvimento benéfico tanto para saúde como economicamente. Acredito que o Brasil ainda esteja em um processo de desenvolvimento, se adaptando as novas tecnologias e apostando em maneiras de melhorar a eficiência e reduzir as despesas, refletindo em um retorno mais rápido e ao mesmo tempo seguro.

Vanessa Martinez da Silva

Valéria e Vanessa disse...

Infelizmente o Brasil ainda não investe o que seria ideal na área de pesquisa, diferente de outros países que investem fortemente nesta área. A nanotecnologia é muito importante para a área da saúde pois é possível desenvolver medicamentos de fácil administração, sem cheiro e sem o gosto ruim que muitos apresentam, entre outros benefícios que a nanotecnologia apresenta. Acredito que com a necessidade em desenvolver medicamentos mais eficazes a atenção e o investimento em pesquisa possa crescer.

Valéria Maciel.

Natália e Carolayne disse...

A nanotecnologia abre várias portas para a pesquisa de tratamentos devido a promessa de alta especificidade. Atualmente no Brasil se almeja o investimento de fundos em pesquisas nessa área e espero que se consiga, pois poderia ser a reposta para tratamentos de doenças graves e incuráveis até agora, como o câncer.

- Natália

Natanieli Santos disse...

A nanotecnologia tem diversas vantagens e muito promissoras, dentre essas estão maiores segurança e eficácia no tratamento com medicamentos, toxicidade reduzida, diagnósticos mais fáceis, rápidos e precisos. Além disso, existe uma maior possibilidade de descoberta e cura de doenças que não podem ser tratadas com métodos da medicina tradicional.
Outro ponto positivo é que, em geral, os tratamentos são mais curtos do que os feitos com abordagens clássicas, o que aumenta o conforto do paciente e garante melhores resultados em menor tempo, a previsão é que mais e mais países passem a investir na nova tecnologia dentro dos próximos anos, o que é muito importante para a saúde da população.

Pesquisandoecontribuindo@gmail.com disse...

A nanotecnologia pode ser de grande valor para nos brasileiros, pena o Brasil não investir mais nessa área, tendo em vista que melhoraria vários aspectos dos medicamento (é o que promete), nosso Brasil ainda tem muito o que melhorar no se diz respeito a saúde!

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