12 de abril de 2022

Nitazoxanida e Covid 19: Estudo Clínico

Figura 1: Molécula Nitazoxanida


Durante a pandemia, muitos estudos foram realizados com vários medicamentos que viessem ser uma via de tratamento contra a COVID 19. Porém, sabe-se que os antivirais disponíveis atualmente, não surtem efeito terapêutico contra o Sars-Cov-2. Com isso, outras classes de medicamentos foram estudados com a finalidade de encontrar vias para deter os sintomas causados pelo vírus.

O medicamento Nitazoxanida pertence a classe dos antiparasitários, mas sua ação não se limita apenas a isso, já que sua atuação se estende contra cepas do vírus Influenza.

Segundo um artigo publicado em 2020, “A Nitazoxanida é um pró-fármaco, anti-infeccioso  tiazolida  de  primeira  classe  e de amplo espectro que atua inibindo a replicação de  várias  cepas  do  vírus Influenza,  inclusive aquelas  mais  resistentes  aos  inibidores  da neuraminidase,  e  bloqueando  a  maturação  da hemaglutinina  viral  no  nível  pós-traducional. Estudos de culturas celulares mostraram que a nitazoxanida tem sua ação sinergicamente com os inibidores da neuraminidase, além de inibir a replicação de alguns vírus respiratórios como vírus  sincicial  respiratório,  parainfluenza  e coronavírus.”

No mesmo artigo, relata-se o estudo controlado e randomizado realizado com 624 pacientes na Fase II, sendo 212 pacientes recebendo placebo, 201 recebendo 300mg de NTZ e 211 recebendo 600mg.de NTZ. Com os pacientes que receberam as doses de NTZ, observou-se que os sintomas dos pacientes que tomaram a dose 600mg duraram menos tempo (cerca de 95h), mas mostrou-se ineficaz contra as glicoproteínas e neuraminidases, como também teve efeito contra a infectividade viral, adsorção ou entrada nas células alvo. 

Contudo, outro estudo citado no artigo, descreve que apenas a ação da NTZ in-vitro foi eficaz, o que nos levar a pensar que o medicamento pode ser um aliado no tratamento contra a COVID-19, já que os estudos não foram concluídos, nos dando uma esperança de que mais opções poderão ser descobertas.

Figura 2: Medicamento Genérico do NItazoxanida


Referência: ESPREAFICO, Juniot et al. Rendesivir, Nitazoxanida e Ivermectina na Covid-19. ULAKES J MED, 2020.


6 comentários:

Isadora e Mônica disse...

Após a leitura do material é possível perceber a importância do estudo clínico mesmo que em medicamentos já utilizados pela população quando se pretende usá-lo para outra finalidade. Com a pandemia e a possível possibilidade de o Nitazoxanida ser eficiente contra o COVID fez com que o mesmo fosse utilizado indiscriminadamente por pessoas que buscavam uma “prevenção” ao vírus, fazendo com que ele tivesse um aumento no preço além de faltar para quem realmente precisava. O mesmo aconteceu com outros medicamentos como ivermectina e Hidroxicloroquina, por exemplo, sem levar em conta as inúmeras consequências que esses medicamentos poderiam causar.
Monica

Gabriela Duarte disse...

Observando o material se consegue entender a importância do estudo clinico ainda mais no meio de uma pandemia na qual estamos passando ainda pelas suas marcas, que pois ainda ela esta presente em nossas vidas, logo que inicio tudo varias pessoas começaram a se automedicar sozinhas sem nenhuma orientação adequada, seguindo matérias de internet ou comentários de conhecidos de coisas que poderiam fazer efeito contra o vírus, foi o caso de alguns medicamentos como ivermectina que acabou faltando em algumas farmácias pelo descontrole das pessoas comprando grandes quantidades, com o estudo clinico foi possível entender e ver o que seria mais adequado para o tratamento do vírus desenvolvimento da vacina em cada passo.

Thiago, Édina e Francine disse...

Seria importante que nossos governantes levassem em consideração estudos como esses para basear escolhas políticas que podem por em risco a saúde pública. Esses estudos são ótimos também para garantir segurança e muito astutos ao analisarem medicamentos prontos que possam ter atuação sobre patologias que aparecem de forma avassaladora.
Thiago Vargas.

Anônimo disse...

Interessante fazer novos estudo clínicos com medicamentos já existentes no mercado para outra finalidade, assim pode-se inserir ou descartar o seu uso para tal finalidade, alertando a população, pq as vezes a dose terapêutica ou posologia não é a mesma para o que o medicamento já era usado. Fran

Anônimo disse...

Muito interessante o estudo !
Nos da mais esperanças para passar por essa fase pandêmica.
Acredito que estudos como esse acabam não vingando tanto pois a rentabilidade não seria tão grande para a indústria farmacêutica.
Paula

Thiago, Édina e Francine disse...

Cada vez mais podemos perceber a importância dos estudos clínicos, nos dando esperança e segurança para acharmos medicações que nos protejam dessa doença que ainda é uma grande ponto de interrogação e de tantas outras.

Édina Barcelos

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