O uso da
fitoterapia na saúde pública comprova a sua eficácia, mas para grande parte da
população eles já são velhos conhecidos, sendo considerado um tipo de
medicamento certeiro para sanar certos tipos de enfermidades.
A
fitoterapia, prática em que se utiliza plantas para o tratamento de doenças,
tem sido cada vez mais utilizada, tanto que dados do Ministério da Saúde (MS)
indicam que entre 2013 e 2015, a busca por esta prática teve um crescimento
exponencial, tendo o crescimento de 161%. Os dados se referem a busca por tratamentos à base de plantas
medicinais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui o uso de fitoterápicos
em sua oferta de tratamentos há alguns anos, ofertando doze medicamentos,
indicados para o uso ginecológico, tratamento de queimaduras, auxiliares
terapêuticos de gastrite e úlcera e outros.
Dentre os
principais benefícios dos fitoterápicos está o custo reduzido em relação aos
medicamentos comuns. Além disso, a menor agressividade ao organismo é um outro
benefício, levando em consideração os medicamentos tradicionais, que podem ter
efeitos colaterais em maior quantidade.
A
fitoterapia se mostra uma tendência em âmbito nacional, tanto que o MS investiu
mais de R$ 30 milhões em 78 projetos com plantas medicinais e fitoterápicos no
SUS, de 2012 a 2016. Em termos internacionais, houve um crescimento no mercado
de fitoterápicos no mundo de 7% em 2016, tendo movimentado R$1 bilhão por ano,
de acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (IBPM).
É
necessário salientar que assim como os medicamentos comuns, os fitoterápicos e
as plantas medicinais devem ser utilizados com cautela, prescrição e
acompanhamento de um profissional da saúde.
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4 comentários:
O Brasil precisa avançar no campo da fitoterapia. Este avanço depende de uma forte campanha de esclarecimento público, que deve incluir a classe médica, para mostrar a segurança e eficácia das plantas medicinais de uso tradicional, como uma alternativa terapêutica. É também importante que os melhores químicos de produtos naturais se envolvam com o estudo de plantas medicinais, desde o trabalho de identificação do princípio ativo ao controle de qualidade dos produtos oferecidos ao consumidor. A complexidade na composição química dos extratos dos fitoterápicos é uma das principais razões para a reprodução dos seus efeitos farmacológicos desejados, e este é o grande desafio que os químicos precisam vencer, padronizando o extrato e informando ao usuário quais são o(s) princípio(s) ativo(s) e a(s) sua(s) concentração(ões).
Há países que aceitam medicamentos fitoterápicos com vários ingredientes, sinalizando uma mudança de atitude para o reconhecimento destes medicamentos, desde que tenham uma boa observação clínica. Esta mudança está ligada ao entendimento de que o corpo humano é um organismo complexo e que poucas doenças podem ser atribuídas a uma única causa.
No meu ponto de vista, os fitoterápicos podem ser eficazes para muitas doenças, porém por ser de origem natural e não apresentar as mesmas complicações que medicamentos sintéticos, quando utilizados de forma incorreta e sem prescrição médica, pode trazer graves problemas a saúde, e é isso que as pessoas não se conscientizam, justamente por serem produtos naturais, o que é um grande problema. Com isso, seria interessante, quando possível, a troca de tratamentos feitos com produtos sintéticos por fitoterápicos, principalmente no SUS, onde há uma maior movimentação de pessoas, e por isso seria mais fácil esta introdução, visto que estes produtos apresentam eficácia, do contrário, não seriam fabricados, e muito menos o governo investiria neste fim, por outro lado, estes produtos são menos lucrativos para as indústrias do que os sintéticos obviamente, e este torna-se mais um obstáculo para essa prática.
-Thaís
É de grande valia a inclusão de medicamentos fitoterápicos no SUS, visto que é uma linha de medicamentos com um custo menor o que impacta diretamente nos recursos da saúde, possibilitando redução de gastos e maior oferta de tratamentos.
Já que os medicamentos fitoterápicos fazem efeito e custam menos, o investimento de seu uso na rede pública é algo positivo. Porém, como o próprio post diz, não devem ser utilizados com acompanhamento porque não é só porque é "natural" que algo não pode ser perigoso.
- Natália Wirowski
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