Nos últimos
séculos a humanidade tem se beneficiado de importantes inovações na medicina e
nos medicamentos. As descobertas da ciência, combinadas com políticas púbicas e
hábitos saudáveis, garantiram o acesso da população a vacinas, que possibilitaram
a erradicação ou importante redução de enfermidades que matavam milhões de
pessoas, e a tratamentos, fornecendo o controle de doenças que, 100 anos atrás,
resultavam em óbito ou significativa diminuição na qualidade de vida. Estes
fatores elevaram a expectativa de vida dos 48 anos, na década de 1950, para
mais de 72 anos.
Os benefícios da pesquisa clínica não
se limitam apenas aos resultados clínicos que as inovações trazem à população.
A realização da pesquisa clínica é um processo que envolve diversos agentes,
incluindo pesquisadores, reguladores, comitês de ética, participantes e
patrocinadores. Gerando inúmeras oportunidades de ganhos em termos de
infraestrutura do sistema de saúde, processos de tratamento, recursos humanos,
capital intelectual e atividade econômica para o país que contribui com a
pesquisa.
Como vemos na
figura abaixo, o Brasil se destaca entre os demais em vários rankings, mas o país tem
representado um papel secundário em termos de quantidade de pesquisas, ocupando
a 24ª colocação no ranking global.
Apesar de o
valor para a realização dos ensaios clínicos serem inferiores aos dos países de
referência, o Brasil vem perdendo cada vez mais relevância nesta importante
área científica, o que impacta não só o acesso a tratamentos, mas também em uma
grande cadeia de negócios que poderia incrementar renda, empregos e inovação no
cenário econômico.
Para que um
estudo clínico seja realizado no Brasil, é necessário passar por processo de
avaliação e aprovação regulatória e ética, e o tempo de aprovação de estudos
clínicos é lento quando comparado a outros países, como EUA, Polônia e
Argentina. Esta situação ocorre não somente na comparação dos prazos previstos
pelas legislações, em que o Brasil possui um dos tempos regulamentados mais
longos, mas também quando são consideradas as medianas dos tempos reais de
aprovação dos últimos anos, em que o país possui o pior tempo analisado.
Além disso, as
incertezas quanto às análises dos protocolos de estudos clínicos, o déficit de
recursos e a ausência de leis mais claras quanto ao fornecimento do medicamento
pós-estudo são apontados como grandes barreiras para o crescimento do setor.
Fonte: https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/a-importancia-da-pesquisa-clinica-para-o-brasil-interfarma.pdf
4 comentários:
As inovações tecnológicas, são essenciais para a realização de estudos científicos, é nítido o aumento da expectativa de vida das pessoas de 2020 quando comparadas com as de 1950, como citado no texto. Logicamente, isso se deve pelo desenvolvimento de inúmeros medicamentos e vacinas, que foram surgindo ao longo dos anos. Acho que seria necessário um maior investimento nesta área, e a burocracia envolvida na aprovação de estudos, deveria ser menos rígida, pois esta rigidez se tornou prejudicial, visto o tempo em que se leva para aprovação de um novo estudo em outros países. Como consequência, o Brasil acaba sendo obrigado a comprar medicamentos produzidos em outros países, o que claramente é um desperdício de dinheiro, se comparado aos produtos que poderiam ser fabricados aqui, e isso se torna uma coisa desmotivadora tanto para pesquisadores como para as demais pessoas envolvidas em tais processos, pois embora seja algo que produza um retorno extremamente positivo, também há o lado referente as leis, que acabam por impedir que o país consiga se desenvolver nesta área, o que consiga porém em uma velocidade muito menor.
-Thaís
Na prática a pesquisa clínica pode desenvolver caminhos que levam a muitos benefícios, como aprimoramento de terapias que já existem, mesmo devagar esses avanços significam muito para a vida do pacientes quando por
exemplo, reduzem diversas reações adversas ou facilitam a adesão e o sucesso do tratamento.
O fortalecimento da pesquisa clínica no Brasil implica a criação, expansão ou consolidação de novos centros, em especial na recuperação dos hospitais universitários e do fortalecimento do vínculo entre ensino e pesquisa. O Brasil ainda apresenta endemias importantes no seu quadro epidemiológico: dengue, malária, esquistossomose, hanseníase e hepatites virais, agora o corona vírus. A consolidação da pesquisa em biologia celular e molecular aplicada à medicina é indispensável para que a prática médica no país se mantenha atualizada e competitiva, e para permitir interações com o setor produtivo.
O Brasil, precisa crescer nas pesquisas clinicas, parece falta de interesse dos brasileiros, onde diz que o "Brasil vem perdendo cada vez mais relevância nesta área cientifica. As pesquisas são importantes, principalmente no momento em que estamos vivendo. Quanto mais pesquisas, mais rápido chegaremos a uma solução dessa crise.
Elisete
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