27 de maio de 2020

Cloroquina contra coronavírus: por que OMS decidiu interromper testes com remédio em pacientes com covid-19

Em meio à polêmica sobre o uso da hidroxicloroquina para tratar pacientes com coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu suspender os estudos com a droga. 
Segundo a organização, o objetivo é reavaliar sua segurança antes de retomar as pesquisas.
A decisão ocorre depois de a revista científica Lancet ter publicado pesquisa com 96 mil pessoas internadas com coronavírus em 671 hospitais de seis continentes mostrando que o uso de hidroxicloroquina e cloroquina estava ligado a um risco maior de arritmia e de morte.Cientistas de universidades como Harvard (EUA) e Heart Center (Suíça), responsáveis pelo estudo, também constataram que não houve benefício no uso das drogas após o diagnóstico de covid-19.
Nos últimos dois meses, a OMS vem coordenando o estudo internacional Solidarity em 18 países para avaliar a segurança e a eficácia de diferentes drogas para combater o coronavírus.
 No Brasil...
Apesar da decisão da OMS, no Brasil, o Ministério da Saúde informou que vai manter as orientações que ampliam o uso da cloroquina.
Na semana passada, o órgão, após determinação do presidente Jair Bolsonaro, alterou o protocolo vigente para permitir que o medicamento seja usado também por pacientes com sintomas leves do novo coronavírus. Até então, seu uso era restrito a pacientes graves e críticos e com monitoramento em hospitais.
"Estamos muito tranquilos e serenos em relação a nossa orientação", disse na segunda-feira (25) Mayra Pinheiro, secretária de gestão em trabalho na saúde e coordenadora da elaboração do documento.

Na França...
O governo da França, através de um decreto, proíbe a partir desta quarta-feira (27) o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com coronavirus, devido a estudos recentes que desencorajam o uso do controverso medicamento, geralmente utilizado para a malária.
Em um comunicado, o Ministério da Saúde declarou que os médicos não devem prescrever esse medicamento para o novo coronavírus, e que também não deve ser usada em hospital para pacientes internados. A única exceção serão os testes clínicos.


RFERENCIAS:  

5 comentários:

ELISETE/PAOLA disse...

Estudos e testes iniciais sobre cloroquina estavam dando certo e nos enchendo de esperanças, mas como teve mortes de infectados em Manaus(AM) usando altas doses cloroquina, os cientistas acabaram por interromperem as pesquisas sobre o uso da substancia, e afirma o pesquisador Marcus Lacerda que "a dosagem alta é muito tóxica e mata os pacientes."
Elisete

Natália e Carolayne disse...

Seria proveitoso seguir as recomendações da OMS, dado que se baseiam em estudos científicos, que chegaram a conclusão que não haveria benefício e poderia aumentar riscos em alguns casos. Caso após a reavaliação da segurança os medicamentos não apresentassem perigo, as pesquisas poderiam ser retomadas.

- Natália Wirowski

Elisete/Paola disse...

No Brasil, mais uma vez a ciência é trocada pelo "achismo" ou por quilo que se mostra mais conveniente. Muito triste essa realidade de nosso pais, onde os dados científicos são negligenciados para a tomada de decisões, e a saúde acaba ficando a mercê da descaso.
É sabido que a Cloroquina e a Hidroxicloroquina são medicamentos que apresentam riscos potenciais a saúde, e já existem estudos apontando uma relação desvantajosa entre esses medicamentos e a COVID-19. Mesmo com esses dados, no Brasil o uso de tais medicamentos continua sendo preconizado e mais, passam a ser extensivo aos pacientes com sintomas leves da doença.

Paola

Valéria e Vanessa disse...

Baseado nas pesquisas e nos diversos medicamentos envolvidos, que estão em investigação, entendesse que para frear essa pandemia existe um trabalho intenso que visa acelerar os processos para que logo se tenha um tratamento realmente eficaz contra o vírus. Todavia é necessário priorizar e respeitar as informações que os órgãos competentes estabelecem.
Acredito que é de grande importância todo o monitoramento prestado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) visto que o intuito é garantir a proteção reavaliando a segurança do medicamento, seu comportamento, análise de qualidade, antes mesmo de já introduzi-lo em pesquisas às cegas.

Vanessa Martinez da Silva

Eduarda e Suzele disse...

Análises em registros de pacientes em todo o mundo concluem que medicamento cloroquina, não traz benefícios contra coronavírus. O fármaco gera conseqüências maiores, como problemas cardíacos e aumenta o risco de morte.
- Suzele

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