O cenário da nanotecnologia no Brasil
O governo brasileiro tem aumentado de forma expressiva os seus investimentos em nanotecnologia na área da saúde. Em 2012 o Brasil possuía 24 redes de cooperação em nanotecnologia nas diferentes áreas a qual a mesma se incluí, 16 institutos de ciência e tecnologia que desenvolvem a partir de nanotecnologia, 8 laboratórios nacionais, 2.500 pesquisadores e 3.000 estudantes, mestres e doutores.
A nível mundial o Brasil contribuí com 1,9% da produção científica envolvendo nanotecnologia no mundo, sendo que nos países componentes da América Latina possuí a melhor infraestrutura. De acordo com relatórios do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil (CNPq), existem 69 grupos de pesquisa brasileiros trabalhando na área voltada a saúde, contando com 718 pesquisadores, 999 estudantes e 61 técnicos. As regiões do país com maior número de grupos é a sudeste e sul, respectivamente.
Entre os anos 2000 e 2007 o governo investiu por meio de universidades e centros de pesquisa 160 milhões de reais, esse número pode chegar a 320 milhões de reais se somarmos com os investimentos do setor privado, majoritariamente investido por empresas farmacêuticas. Esse valor é ínfimo se comparados aos países desenvolvidos como os EU que investiram 15 bilhões nos últimos anos.
Mesmo que o valor investido no Brasil seja pequeno se comparado com as grandes potências mundiais, conseguimos observar um crescimento no investimento e uma consolidação de uma massa importante de pesquisadores focados em desenvolver esse conhecimento no país. Os resultados de ensaios pré-clínicos mostram o que nossa observação diária confirma, uma capacidade inventiva e criativa imensa dos pesquisadores brasileiros, principalmente no que diz respeito a produtos dermatológicos e cosméticos, porção do mercado que o Brasil ocupa a 4ª posição mundial.
Por outro lado, os principais desafios nacionais para o crescimento da inovação estão relacionados com os gargalos de:
a) criar infraestrutura para a produção de lotes piloto para ensaios clínicos em fase I;
b) incrementar os investimentos para pesquisa e desenvolvimento e nanotecnologia;
c) estabelecer marco regulatório brasileiro para nanotecnologia na perspectiva internacional.