O documento da OMS indica que a parcela do Orçamento do governo brasileiro que é destinada à saúde, é de apenas 6%, e consegue ser inferior à média africana (de 9,6%). E o pior é que este setor no País ainda é pago em maior parte pelo cidadão.
O documento inclui um raio X completo do financiamento da saúde e escancara esta realidade: o custo médio da saúde ao bolso de um brasileiro é superior ao da média mundial.
O relatório é apresentado às vésperas da abertura da Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, que terá a presença de ministros de todas as regiões para debater, entre outras coisas, o futuro do financiamento do setor.
Dados da OMS apontam que 56% dos gastos com a saúde no Brasil vêm de poupanças e das rendas de pessoas. O número representa uma queda em relação a 2000 - naquele ano, 59% de tudo que se gastava com saúde no Brasil vinha do bolso de famílias de pacientes e de planos pagos por indivíduos.
Mesmo assim, a taxa é considerada uma das mais altas do mundo, superior ao valor que africanos, asiáticos e latino-americanos gastam em média. Em termos absolutos, o governo brasileiro destina à saúde de um cidadão um décimo do valor destinado pelos países europeus.
Um comentário:
O pior é que diante de tal resultado, o país ainda irá gastar enormes fortunas para sediar a copa do mundo e as olimpíadas. Investimentos estes que poderiam ser muito bem aplicados em saúde, habitação e todas aquelas demais promessas em época de campanha.
Será que com todo este panorama nada será feito para melhorar a saúde pública? Será que continuaremos a pagar para podermos ter um pouco de dignidade? Isto porque, muitas vezes os planos de saúde, apesar de bem pagos pela população, também maltratam seus associados...
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