A Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado -
em Manaus, vai testar um medicamento inédito no Brasil, visando reduzir
Cardiopatias em pessoas que vivem com HIV/AIDS. Isso porque as pessoas que
convivem com o vírus têm 40% a mais de risco de desenvolver doenças no coração.
A instituição é a única da Região Norte e uma das oito no país que vão
participar do estudo, coordenado pela Universidade de Harvard - nos Estados
Unidos. Além do Brasil, estão participando da Pesquisa, denominada “Estudo
randomizado para prevenir eventos vasculares em HIV”, países como Estados
Unidos, Porto Rico, África do Sul, Botswana e Tailândia. No Brasil, além de
Manaus, participam do estudo Centros de Pesquisas do Rio de Janeiro, São Paulo
e Minas Gerais.
Segundo o diretor de Ensino e Pesquisa da Fundação, Marcus
Lacerda, as pessoas com HIV estão morrendo mais por causa de infartos e
derrames cerebrais do que de outras doenças. “O próprio vírus faz com que haja
aumento de colesterol e triglicerídeos e destrói vasos. Ainda que esteja muito
baixo no sangue, o vírus vai fazendo alterações cardiovasculares. Além disso,
as drogas para o tratamento do HIV também aumentam os triglicerídeos e o
colesterol. Então, juntando a droga do coquetel com o próprio vírus, isso faz
com que haja mais infartos”, disse. O tratamento será realizado utilizando
o medicamento Pitavastatina, que tem em sua composição a estatina, uma
substância que é usada para controle do colesterol. Segundo a
diretora-presidente da FMT, Graça Alecrim, o diferencial é que o remédio não
reduz a eficácia dos coquetéis usados por pessoas com HIV. “Hoje as
pessoas de mais de 50 ou 60 anos tomam as estatinas para prevenir exatamente
doenças cardiovasculares. E essa é uma nova estatina, que não vai interagir com
as drogas próprias que tratam o vírus, para melhorar a situação cardiovascular
desses pacientes”, ressaltou Graça Alecrim.
Mais de 6,5 mil voluntários devem participar dos testes. Em
Manaus, serão 150 pessoas, com idade entre 45 e 70 anos, que serão acompanhadas
durante cinco anos. Caso seja comprovada a eficácia do novo medicamento na
redução dos riscos de doenças cardíacas, o Ministério da Saúde poderá incluí-lo
na lista de medicamentos oferecidos de forma gratuita aos pacientes com
HIV. “Temos a perspectiva de análises seriadas intermediárias e, na
medida em que observarmos que a droga é de fato muito eficaz, o estudo será
interrompido e o Ministério da Saúde passará, então, a adquirir a Pitavastatina
para ser usada pela população com HIV/AIDS”, afirmou Lacerda.
Deixamos
como sugestão de leitura, a notícia veiculada recentemente no Portal Brasil: http://www.brasil.gov.br/saude/2017/04/novo-remedio-para-hiv-sera-testado-em-manaus-am
Obrigada
a todos e boa leitura!
5 comentários:
Que bom ter o Brasil participando deste estudo randomizado para prevenir eventos vasculares em HIV junto com outros países como Estados Unidos, África do Sul e Tailândia, por exemplo. Acredito que seja uma alternativa de estudo e pesquisa que pode trazer resultados bem positivos pois a análise será feita em diversos países, com pessoas que estão inseridas em um ambiente bem diferente e onde há uma prevalência distinta sobre casos de HIV. Além disso, há uma grande porcentagem de pessoas que vivem com AIDS/HIV que morrem por causa de infartos e derrames cerebrais.
Torcendo para que seja comprovada a eficácia deste novo medicamento na redução dos riscos de doenças cardíacas.
Se o uso desse fármaco for aprovado, será ótimo, pois além de prevenir doenças em pacientes com HIV que são mais vulneráveis a infarto, irá também aumentar as suas expectativas de vida.
Primeiramente, muito bom saber que o Brasil está participando deste estudo que envolve tantos outros países do mundo como EUA, África do Sul, Tailândia, etc. Em segundo lugar, este estudo randomizado para prevenir eventos vasculares em HIV espero que se torne uma alternativa útil e eficaz para pacientes portadores do vírus HIV já que os mesmos estão morrendo mais por causa de infartos e derrames cerebrais do que de outras doenças. Além disso, é afirmado que o remédio não reduz a eficácia dos coquetéis usados por pessoas com HIV.
Espero que sejam obtidos resultados satisfatórios e que logo este novo medicamento possa se tornar uma alternativa.
O uso da Pitavastatinadia sem duvidas aumentara a a qualidade de vida dos pacientes portadores do HIV, devido que esta não reduz a eficácia dos coquetéis usados por pessoas com HIV e evitam eventos cardíacos.
Um medicamento para problemas cardiovasculares que não faz interação com a terapia do HIV é um avanço incrível que trará qualidade e expectativa de vida aos portadores do HIV.
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