Registrado em outubro último e liberado
em fevereiro deste ano pela Anvisa, o Saxenda é uma “evolução” do Victoza –
indicado no tratamento de diabetes tipo 2 –, que também já foi usado para
emagrecer. Ambos consistem na injeção da substância liraglutida, que promove
sensação de saciedade e ajuda na queima de gordura abdominal. A diferença do
Saxenda para o Victoza é a dose: enquanto o máximo do Victoza é 1,8 mg, o do
Saxenda é 3,0 mg. Só deve ser usado em pacientes com índice de massa corporal
(IMC) acima de 27.
Saxenda (liraglutida 3 mg) é o primeiro análogo do peptídeo 1 semelhante ao
glucagon (GLP-1) humano aprovado para o tratamento da obesidade nos Estados
Unidos, União Europeia, Canadá, México, Austrália e agora também no Brasil. Da
mesma forma que o GLP-1 endógeno, o Saxenda age no cérebro para reduzir o
apetite e a ingestão de alimentos aumentando a saciedade e reduzindo a fome e
promovendo uma perda de peso sustentável e melhora de vários fatores de risco.
Os possíveis efeitos adversos são
náuseas, refluxo, dor de cabeça e prisão de ventre. “É recomendável que o
médico aumente a dosagem de forma gradual. Quando a pessoa não se enquadra no
perfil (IMC > 27) e faz uso do remédio, coloca sua saúde em risco”, explica
o endocrinologista Filippo Pedrinola.
5 comentários:
Interessante o mecanismo atuando diretamente na saciedade. Ao se liga ao receptor GLP-1 ele envia a mensagem ao cérebro que a pessoa está alimentada driblando assim a sensação de fome. Mas importante lembrar que mesmo utilizando este tratamento é preciso de dieta correta, exercícios físicos corretos e acompanhamento médico para o sucesso na luta contra a obesidade.
Muito interessante o medicamento, principalmente para pessoas que precisam emagrecer e não conseguem. Esse medicamento "avisa" ao cérebro que a pessoa já se alimentou e não precisa se alimentar novamente. Geórgia
É sempre bom ter mais uma opção de medicamento para essas pessoas que sofrem com a obesidade e que não conseguem emagrecer sem a utilização de um medicamento. Com essa nova opção essas pessoas podem ter uma melhora na qualidade de vida, com esse medicamento faz com que o organismo tenha uma sensação de saciedade e ainda ajuda a perder peso.
Novas opções terapêuticas são sempre bem vindas, ainda mais para o tratamento da Diabetes. No entanto, pode causar danos a saúde além da possibilidade de uma dependência psicológica. Sendo assim, só o medicamento não é o suficiente tornando-se necessário um acompanhamento nutricional.
Muito interessante esta opção de tratamento, tanto para o controle alimentar na diabete, quando no tratamento da obesidade. Muito menos prejudicial que uma cirurgia bariátrica, por exemplo.
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