A proteção das
patentes é uma condição imprescindível para a saúde financeira das empresas de
pesquisa e desenvolvimento de fármacos. Sua ausência implicaria na retirada do
capital de risco privado pela impossibilidade de estipular o volume do retorno
financeiro do investimento.
Embora exista a
lei de patentes, esta não garante os lucros, os fracassos no campo das
pesquisas clínicas têm levado muitas empresas de menor porte ou iniciantes no
campo de pesquisas a falirem ou limitarem muito o campo de pesquisa de novos
fármacos, desta forma limitando este papel às grandes corporações globais.
Se a lei de
patentes gera um determinado conforto temporário devido ao monopólio de
produção, o que garante retorno financeiro, por outro lado tem-se a certeza do
declínio do retorno financeiro, em face de entrada de outros concorrentes,
principalmente na forma de genéricos, os quais estão isentos de todos os gastos
em pesquisa e desenvolvimento, ficando apenas com custos de comprovação de
bioequivalência e biodisponibilidade.
Outro fator que
pode influenciar na equação de formação de preços é a elevada quantia gasta com
propagandas médicas e promoções, visando fortalecer e consolidar a marca no
mercado, preparando-se para a situação posterior à quebra da patente. Dependendo
da molécula, esta estratégia muitas vezes tem um impacto negativo, pois muitas
pessoas e entidades governamentais questionam os valores estipulados do
medicamento pela indústria, o que pode gerar uma quebra precoce da referida
patente, impactando diretamente no financeiro da indústria.
Para ilustrar a
situação exposta no texto acima, apresentamos abaixo, o gráfico referente ao
medicamento PROZAC, demonstrando a sua queda de participação de mercado, após a
entrada do medicamento genérico.
REFERÊNCIAS: www.interfarma.org.br/biblioteca
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA DE PESQUISA:
Novas Terapias, novos métodos de pagamento e a convergência tecnológica - PDF
3 comentários:
Interessante isto explica tantos altos e baixos das indústrias farmacêuticas.
Tendo em vista a pesquisa, podemos perceber os motivos pelo qual os medicamentos de referência tem um valor aquisitivo significativamente maior que os genéricos. É importante que o laboratório fundador do medicamento seja recompensado pelos custos de obtiveram em P&D e marketing, porém, a maioria da população que necessita utilizar do mesmo, não tem condições financeiras para arcar com o valor do medicamento original e acaba optando pelos genéricos quando sua produção é liberada. Uma solução seria o laboratório baixar o preço do medicamento de referência para manter seu padrão de vendas.
Este gráfico ilustra de maneira clara o que acontece com a grande maioria dos medicamentos que perdem a patente. Com o advento dos genéricos este impacto está cada vez mais significativo, as indústrias não apresentam um bom planejamento, ou lançando novos produtos, certamente sairão do mercado.
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