13 de abril de 2020

Radiofármacos.


Radiofármacos: já ouviu falar deles? | Radioproteção na Prática
Radiofármacos podem ser definidos simplesmente como substratos que contêm um átomo radioativo em sua estrutura, podendo ser considerados como vetores que apresentam certa especificidade por algum órgão ou uma função fisiológica ou fisiopatológica. Por sua forma farmacêutica, quantidade e qualidade da radiação emitida, podem ser utilizados com finalidade diagnóstica ou terapêutica, qualquer que seja a via de administração empregada, que podem ser administrados oralmente ou por inalação, mas a grande maioria é administrada por meio de injeção intravenosa.
Conforme descrito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), radiofármacos são produtos farmacêuticos que podem ser classificados em quatro
(a) Produtos radioativos prontos para uso;
(b) Geradores de radionuclídeos;
(c) Componentes não radioativos (reagentes liofilizados) para preparação de compostos marcados com elementos radioativos (geralmente o eluato de um gerador de radionuclídeo);
(d) Precursores utilizados para marcação de outras substâncias antes da administração (ex. amostras provenientes dos pacientes, como células sanguíneas).
O termo "droga radioativa" conforme definido no CFR 21 do FDA ("Code of Federal Regulation nº 21 – Food and Drug Administration") é aplicado a substâncias que exibem desintegração espontânea de um núcleo instável (radioativo) com a emissão de partículas ou fótons e inclui os reagentes não radioativos ou geradores de radionuclídeos destinados à preparação de tais substâncias, mas não inclui drogas que contêm apenas quantidades traços de radionuclídeos de ocorrência natural (CFR 21, Part 315).
 A ação da maioria dos radiofármacos é derivada de dois componentes: um componente não radioativo (um carregador ou ligante) e um componente radioativo (ou radionuclídeo). Os ligantes ou carregadores dirigem o radionuclídeo a um órgão específico ou processo, onde o componente radionuclídico pode ser detectado. Os mecanismos que promovem a ligação do radiofármaco ao sítio alvo podem ser diversos, envolvendo desde uma simples perfusão sanguínea do composto pelos órgãos de interesse, até a ligação a receptores celulares específicos ou participação em uma via metabólica ou processo bioquímico. Esta particularidade dos radiofármacos distingue a técnica diagnóstica da Medicina Nuclear de outras técnicas como a Ressonância Magnética ou Tomografia convencional que se limitam, na maioria das vezes, a obter imagens da estrutura anatômica, sem uma correlação funcional
A grande aplicação dos radiofármacos está em Medicina Nuclear diagnóstica, representando cerca de 95% dos procedimentos em Medicina Nuclear. Nos últimos anos, entretanto, tem crescido consideravelmente a aplicação dos radiofármacos em procedimentos terapêuticos, envolvendo desde a simples administração de solução de iodeto de sódio (iodo-131) para terapia de câncer de tireóide e hipertireoidismo, até o uso de peptídeos e anticorpos monoclonais específicos, como o anticorpo anti-CD-20 marcado com elementos radioativos emissores beta (itrio-90, lutécio-177 e iodo-131), empregado na terapia de linfoma do tipo não-Hodgkin, numa modalidade terapêutica denominada Radioimunoterapia.

Para melhores informações sobre o assunto acesse o link.


3 comentários:

Natanieli Santos disse...

Quando se fala de Medicina Nuclear muitos temem os efeitos colaterais. Ficamos em dúvida sobre a prática desta especialidade, se é segura, quais vantagens e desvantagens.
O custo ainda é elevado, porém permite observação de processos fisiológicos e anatômicos de forma não invasiva, e a radiação recebida é inferior às outras técnicas e poucas ou nenhuma reação adversa.

Pesquisandoecontribuindo@gmail.com disse...

O uso de radiofármacos abre um leque de possibilidades na medicina nuclear,tanto para diagnósticos quanto para tratamento de diversas doenças,daí a necessidade de conhecer melhor a função e os impactos provocados por ele,graças ao avanço nesta área hoje existem novas técnicas muitas delas direcionado para tratamento de câncer,quase ou sem nenhum efeito colateral.

Natália e Carolayne disse...

Os radiofármacos abrem uma porta para mais opções em prevenção, cura e tratamento. Quando lemos "radiofármacos" o prefixo "radio" já nos chama a atenção, devendo os mesmos terem cuidado ao serem usados, sempre ponderando a questão custo x benefício, e o descarte de resíduos dos mesmos devem ser feitos de forma adequada.

- Natália Wirowski

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