Presidente do CFF diz que hospitais que não mantêm farmacêuticos em oncologia em seus quadros expõe paciente a riscos
Data: 20/04/2012O Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge João, fez críticas aos diretores de hospitais públicos e privados que não incluem farmacêuticos especialistas em oncologia nos quadros desses estabelecimentos. “Muitos, em vez disso, preferem admitir profissionais não habilitados, que vão para os setores de oncologia exercer ilegalmente a profissão farmacêutica, expondo os pacientes a iminente risco de vida”, denunciou Dr. Walter João. As declarações do Presidente do CFF são parte do discurso que ele proferiu, na tarde desta sexta-feira (20.04.12), durante a abertura do VI Congresso da Sobrafo (Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia), que se realiza, em Brasília, até o próximo domingo.
O dirigente do CFF informou que o órgão
não vai mais tolerar o cerceamento que as autoridades e dirigentes
hospitalares estão impondo aos farmacêuticos em oncologia. “Lutaremos na
Justiça e em quaisquer outros fóruns para garantir o exercício das
atividades desses profissionais e de todos os outros”, declarou.
Walter Jorge iniciou o seu discurso,
afirmando que, sempre, que está diante do tema Farmácia em Oncologia, o
que primeiro lhe vem à mente é o sentido de organização e a intensa
qualificação técnico-científica dos farmacêuticos que atuam no segmento.
Ele elogiou a Presidente da Sociedade,
Iara Maria Franzen Aydos, e demais dirigentes da instituição, por
trazerem ao debate um tema necessário, que é a questão da
interdisciplinaridade. “Farmacêuticos em oncologia são, por excelência,
profissionais da saúde focados na interdisciplinaridade, porque os seus
fazeres complementam os fazeres do restante da equipe multiprofissional e
são complementados pelas ações dos seus pares nas mesmas equipes. Eis,
aí, a unidade na diversidade que leva à segurança do paciente e ao
acerto dos procedimentos”, acrescentou.
Ainda de acordo com o Presidente do CFF,
os farmacêuticos em oncologia têm responsabilidades sociais e em saúde
enormes. Diz que pesa sobre eles uma gigantesca demanda de cuidados por
conta do número cada vez mais crescente de pacientes oncológicos. Cerca
de 13 milhões de pessoas são diagnosticadas anualmente com câncer, no
Brasil. Destas, 7,6 milhões morrem vítimas da doença. Em 2011, houve
aproximadamente 500 mil novos casos de câncer citou.
“Eis, aí, senhoras e senhores, o quadro
sombrio relacionado ao câncer, no Brasil. Eis, aí, também, a constatação
do quanto o País precisa dos senhores para o enfrentamento da doença. E
os senhores sabem o que fazer”, salientou o Presidente do Conselho
Federal de Farmácia, com a seguinte crítica: “Talvez quem não sabe são
as autoridades sanitárias e dirigentes hospitalares públicos e privados
que, cegos ou tocados por interesses que não os de saúde, não abriram os
espaços devidos para que os farmacêuticos especialistas em oncologia,
que são autoridades no assunto, ofereçam os seus serviços que podem
tanto salvar vidas e reduzir custos”.
A realidade brasileira, chamou a atenção
Dr. Walter Jorge, se, por um lado, representa um desafio para os
farmacêuticos, por outro, abre um real nicho de mercado, que deve atrair
dez vezes mais especialistas, nos próximos cinco anos, para atuar num
vastíssimo arco de atividades que vão da manipulação de quimioterápicos
antineoplásicos à atenção ao paciente oncológico, além de muitas outras
ações.
APROXIMAÇÃO – Walter Jorge adiantou que o
CFF, em sua gestão, estará, sempre, próximo da Sobrafo. Informou que a
aproximação já se iniciou, com a nomeação da Presidente da entidade,
Iara Maria Franzen Aydos, para ocupar uma Cadeira em sua Comissão de
Farmácia Hospitalar.
Esta é a primeira vez que Sobrafo integra o CFF, participando de uma Comissão Técnica. “A participação da Sobrafo nesta Comissão, por decisão minha e como parte de uma política de união que instituí, constitui um ganho enorme para o CFF, que precisa dos conhecimentos técnicos e científicos dos farmacêuticos em oncologia”, realçou Dr. Walter Jorge. A Farmácia Oncológica, no Brasil, foi regulamentada pela Resolução número 288, de 21 de março de 1996, do CFF.
Esta é a primeira vez que Sobrafo integra o CFF, participando de uma Comissão Técnica. “A participação da Sobrafo nesta Comissão, por decisão minha e como parte de uma política de união que instituí, constitui um ganho enorme para o CFF, que precisa dos conhecimentos técnicos e científicos dos farmacêuticos em oncologia”, realçou Dr. Walter Jorge. A Farmácia Oncológica, no Brasil, foi regulamentada pela Resolução número 288, de 21 de março de 1996, do CFF.
O Presidente do Conselho Federal de
Farmácia concluiu seu discurso, destacando a qualidade dos serviços
prestados pelos farmacêuticos oncológicos. “A Farmácia em Oncologia, no
Brasil, está chegando a um nível de complexidade e de excelência que me
obriga, com toda a minha convicção de dirigente do órgão máximo da
profissão farmacêutica, a dirigir aos senhores um vigoroso parabéns, que
é extensivo aos diretores da Sobrafo”.
CONGRESSO – O “VI Congresso Brasileiro de
Farmacêuticos em Oncologia” está sendo realizado, no Hotel Royal Tulip,
em Brasília, de 20 a 22 de abril de 2012. Cerca de mil farmacêuticos
especialistas de todo o País e autoridades em oncologia do mundo inteiro
participam do evento.
O Congresso traz um temário complexo,
abordando vários aspectos atuais desse segmento farmacêutico, como
manipulação de antineoplásicos; gestão da qualidade, auditoria e
qualificação dos serviços de Farmácia em Oncologia, ética em oncologia –
qual o limite dos tratamentos, após a falha, com o gold standard?; os
desafios do tratamento do câncer de mama triplo negativo, estabilidade
estendida de medicamentos: conceitos e aplicações de testes; cuidados
paliativos - novas formas farmacêuticas para o tratamento da dor, entre
outros.
Fonte: CFF
Autor: Pelo jornalista Aloísio Brandão, Assessor de Imprensa do CFF.
Autor: Pelo jornalista Aloísio Brandão, Assessor de Imprensa do CFF.
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