Teste realizado pela Proteste, indicou que medicamentos manipulados
para emagrecer foram reprovados após
testes revelarem a presença de substâncias escondidas que podem representar riscos
à saúde dos
pacientes. No estudo, a associação analisou a composição de
29 fórmulas prescritas por 11 médicos e
produzidas por nove farmácias de manipulação da cidade do Rio de Janeiro. Os
resultados revelaram que 8 formulações, fabricadas por 5 estabelecimentos,
continham alguma dessas 3 substâncias: sibutramina, diazepam e femproporex. Entretanto, esses princípios ativos
não constavam nos pedidos
médicos, tampouco na bula das fórmulas. No estudo, 5
pacientes se consultaram com 11 médicos de emagrecimento – em diferentes
regiões da cidade do Rio de Janeiro, dizendo que queriam emagrecer. Logo
após as consultas, as receitas dos medicamentos prescritos foram encaminhadas
para as farmácias de manipulação indicadas pelos médicos, ou seja, em tese,
farmácias de confiança. Segundo o
Código de Ética Médica, é proibido ao médico interagir, depender ou indicar
farmácias para compra de medicamentos recebendo vantagens sobre isso.
Após a entrega dos medicamentos, os frascos
lacrados foram encaminhados para análise do conteúdo, realizada por dois
laboratórios. Os resultados mostraram que das 29 fórmulas prescritas, 8 apresentavam substâncias que
podem causar sérios efeitos
colaterais e que não estavam prescritas nas receitas, tampouco
discriminadas na bula dos medicamentos. Desde dezembro de 2011 o femproporex
está proibido no Brasil e não pode ser produzido, comercializado,
manipulado nem utilizado. A medida consta da Resolução RDC 52/2011
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nos Estados Unidos, o
medicamento nunca foi registrado e na Europa está proibido desde 1999, devido
aos possíveis riscos e ausência de eficácia comprovada.
Como medidas, a Proteste enviou um ofício pedindo à Associação
Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) e à Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia (Sbem), uma adequada orientação aos médicos e aos
estabelecimentos que manipulam medicamentos, destacando as penalidades a que
estão sujeitos em caso de descumprimento das normas aplicáveis. Um ofício denunciando as farmácias e solicitando mais fiscalizações também
foi enviado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e para a
Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro (Visa RJ). Por e-mail, a Anvisa informou
ao site de VEJA que “a fiscalização e eventual penalidade por
descumprimento de regulamento é de competência da vigilância sanitária local:
do estado ou município”.
Para maiores
informações: http://veja.abril.com.br/saude/remedios-manipulados-para-emagrecer-sao-reprovados-em-teste/
Um comentário:
Fica complicado assim. Muitas pessoas que vão atrás desses remédios para emagrecer tem outros problemas, em decorrência da obesidade, e adicionar elementos que não estão prescritos pode trazer muitos prejuízos pro corpo de quem está buscando saúde. Eu li sobre o xenical em muitos lugares, como nesse site e, conversando com meu médico, optamos por essa abordagem. Por pouco não entro nessa de manipulação. Entendo que são alguns estabelecimentos mas como saber quais?
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