Boas
Práticas de Manipulação são um conjunto de normas e atividades relacionadas
entre si destinadas a garantir que os produtos farmacêuticos elaborados tenham
suas principais características, como a identidade, pureza, concentração,
potência e inocuidade. Boas Práticas Radiofarmacêuticas além das premissas das
Boas Práticas de Manipulação, ainda deve agregar as Normas e Procedimentos de
Proteção Radiológica.
Recomendações
gerais de proteção radiológica:
- Utilize
sempre monitor individual durante a jornada de trabalho;
- Mantenha
as portas do local fechadas durante o exame;
- Utilize
paramentação adequada para os pacientes, sempre que possível;
- Evite a presença desnecessária de pessoas
dentro da sala de exames;
- Avise
responsáveis pela manutenção se houver qualquer alteração na imagem:
o
Se
aumentar a corrente, aumenta a exposição e diminui a vida útil do tubo.
o
Se
aumentar a voltagem, diminui o efeito da blindagem e a vida útil do tubo.
- Se os
filmes ainda forem utilizados, alguns cuidados devem ser tomados para o seu armazenamento,
como controlar a temperatura e umidade, para evitar manchas e garantir a
validade do material;
- O
operador deve, sempre que possível, aumentar a distância entre o técnico e a
fonte de radiação, minimizar o tempo de exposição, utilizar o avental
plumbífero e permanecer atras do biombo ou da cabine durante os exames;
- Em caso
de dúvida, suspeita ou gravidez confirmada, comunique o responsável na
instituição.
Recomendações adicionais
de manipulação para fontes não-seladas:
- Utilize luvas descartáveis e avental durante a
manipulação;
- Não manuseie telefones, lentes de contato ou cosméticos
no laboratório;
- Forre todas as áreas de manipulação com material de fácil
descontaminação;
- A bancada de manipulação deve ser preferencialmente de material
impermeável. Antes da manipulação deve-se forrar a bancada com papel absorvente
e plástico, deixando os cantos arredondados;
- Efetue monitoração para investigação de contaminação
antes e depois de cada manipulação e proceda à descontaminação quando
necessário;
- Disponha de um “kit” para descontaminação contendo os
seguintes itens:
o Detector;
o Luvas;
o Papel absorvente;
o Sacos para rejeitos radioativos;
o Pinça;
o Fita adesiva;
o Caneta;
o Descontaminante.
- O uso de novas técnicas deve ser planejado e inicialmente
testado com material não radioativo;
- Disponha de geladeira/freezer de uso exclusivo para
material radioativo ou de um espaço exclusivo para guarda de material
radioativo nas geladeiras/freezers de uso comum. Blinde adequadamente e
controle o acesso às fontes, restringindo-o ao pessoal autorizado;
- Disponha de lixeira devidamente sinalizada para os
rejeitos radioativos. Tenha especial cuidado para não contaminar a superfície
externa da lixeira. Use sacos plásticos transparentes diferentes daqueles
usados para o lixo comum para conter rejeitos radioativos;
- Mantenha registro de controle da compra, uso e descarte
de material radioativo com informações sobre as atividades envolvidas em cada
manipulação;
- Promova o gerenciamento adequado dos rejeitos
radioativos;
- Verifique a adequação das condições físicas do
laboratório:
o Paredes lisas, sem ranhuras e com cantos arredondados nas
áreas de manipulação;
o Piso de material liso, sem ranhuras, impermeável e de fácil
descontaminação;
o Pia de aço inox com profundidade suficiente para evitar
respingos;
o Torneira com acionamento automático, por pedal ou cotovelo
para evitar contaminações;
o Capela com exaustão e filtros (quando aplicável) para a
manipulação de compostos radioativos voláteis ou na forma de pó.
Podendo
ser aprofundado em:
http://www.usp.br/protecaoradiologica/Html/Recomendacoes.htm
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-93322008000100002
3 comentários:
Podemos observar ao ler o texto, a importância de seguirmos minuciosamente os processos de “boas práticas na produção e utilização de radiofármacos”. O cumprimento adequado desses passos garante a qualidade e eficácia necessárias para o radiofármaco, bem como a proteção do profissional que irá lidar com o mesmo.
Também é importante desmistificar, um pouco, a radiação, sabemos que em um primeiro momento ela pode parecer “assustadora”, mas ela é utilizada ao nosso favor, pois possui maior precisão em vários processos.
Claro que precisamos tomar os devidos cuidados, mas para tudo que iremos executar devemos ter muito cuidado e responsabilidade, dar o nosso melhor! se seguirmos esse pensamento para pequenas coisas com toda certeza iremos levar isso para coisas maiores.
O uso de técnicas de radiofármacos vêm crescendo e precisamos estar atentos as suas particularidades. Um bom trabalho de pesquisa como este pode nos fazer ter outra perspectiva. Gabriel Pigatto.
Não possuo muito conhecimento sobre os radiofármacos, mas após a leitura informativa da postagem e da leitura complementar disponibilizada, é possível ter uma noção da importância deles, seja para o diagnóstico de doenças ou a terapia, conforme foi citado em um dos artigos, a administração de solução de iodeto de sódio (iodo-131) para a terapia de câncer de tireóide. Sem dúvidas é uma área de pesquisa que ao meu ver, necessita de mais atenção, pois pode trazer inúmeros benefícios.
Com o texto, ficou bem reforçado e claro o devido cuidado que o profissional deve ter ao manusear radiofámacos e as recomendações de proteção radiológica necessárias.
(Lívia)
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