29 de abril de 2021

 

Reposicionamento de Fármacos e Covid-19


Hoje trazemos mais uma postagem sobre a Covid-19, em uma publicação anterior, falamos sobre a vacina para a Covid-19 que foi desenvolvida de forma rápida devido ao caráter emergencial em função da Pandemia. Novamente trazemos outro assunto em relação à Pandemia que está relacionado com o desenvolvimento de novos compostos. 

A procura de novos tratamentos para a Covid-19 é uma questão urgente, visto o cenário que estamos vivendo. Com essa necessidade surgiu como opção para a procura de tratamento o Reposicionamento de Fármacos.

Essa técnica busca analisar compostos já existentes e neste caso ver qual a possibilidade de utilizar algum medicamento para a Covid-19, analisando sua eficácia.

E porque falar de Reposicionamento de Fármacos? Sabemos que o nosso tema, que está envolvido na área de Pesquisa e Desenvolvimento de um novo composto, é algo demorado, como citado nas publicações anteriores, porém essa estratégia é baseada em pegar algo que já existe, e isso faz com que o tempo e o custo sejam bem menores trazendo benefícios para a população.

Os links utilizados e indicados para leitura são os seguintes:

https://www.saude.mg.gov.br/component/gmg/story/13520-reposicionamento-de-medicamentos-para-tratamento-da-covid-19#:~:text=Por%C3%A9m%2C%20o%20desenvolvimento%20de%20um,%C3%A9%20o%20reposicionamento%20de%20f%C3%A1rmacos.

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142020000300007#:~:text=O%20reposicionamento%20de%20f%C3%A1rmacos%2C%20estrat%C3%A9gia,resultados%20modestos%20em%20estudos%20cl%C3%ADnicos.

28 de abril de 2021

Análise de moléculas - Projeto LOLA




Na postagem desta semana, daremos continuidade a nosso post anterior que se refere ao Projeto LOLA. 

No instituto de química da UNICAMP, eles têm a função de desenvolver novas moléculas para tratar doenças parasitárias tropicais partindo de moléculas que são enviadas pela DNDi (Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas). Essas moléculas precisam ser preparadas para poder então serem realizados os ensaios e só assim essas moléculas são enviadas para outros laboratórios.

Essas diversas moléculas que são recebidas pelo laboratório enviado e são testadas para ver de fato se elas são eficazes contra os parasitas por exemplo, que são os causadores da doença de chagas e ao mesmo tempo, essas moléculas são estudadas para ver se elas serão seguras para utilização nos seres humanos. 

Uma das características do projeto LOLA é que ele realmente integra as capacidades necessárias para se conduzir um trabalho completo. Integra pesquisadores da área da química, da biologia da farmacocinética, e isso é muito importante, pois o processo de desenvolvimento de novos medicamentos é muito longo, complexo e realmente precisa dessas qualidades e expertises para que o projeto ande. 

 

 

Referência: https://www.dndial.org/doencas/pesquisa-de-medicamentos/ 

25 de abril de 2021

Responsabilidade técnica dos gases medicinais

O sistema de gás medicinal é regulado para trazer mais alívio aos pacientes hospitalizados. É indispensável que ele seja corretamente manipulado por profissionais especializados, seguindo as diretrizes e regulamentos para que o paciente permaneça livre de riscos.  

A responsabilidade técnica pelos locais de envase, distribuição primária e secundária, comercialização a terceiros, dispensação nas filiais e recebimento, armazenamento, controle de qualidade e liberação de gases medicinais nas instituições de usaúde cabe ao farmacêutico, respeitadas as atividades afins com outras profissões. O farmacêutico responsável técnico por esses estabelecimentos tem as atribuições de: 

- Recebimento;

- Controle e garantia da qualidade;

- Liberação do produto terminado;

- Envase;

- Armazenamento;

- Transporte;

- Assistência técnica;

- Transferência de tecnologia;

- Validação de metodologia analítica e processos;

- Assuntos regulatórios relacionados às instalações;

- Farmacovigilância;

- Registros sanitários dos gases e misturas.

O farmacêutico exercerá essas atividades com a finalidade de assegurar a qualidade dos produtos em toda a cadeia de distribuição dos mesmos até o Estabelecimento desejado.

Leia mais em:

 https://www.crfrs.org.br/noticias/ot-informa-gases-medicinais-entenda-o-que-sao-e-como-sao-regulados

24 de abril de 2021

BIOISENÇÃO no Brasil

Olá pessoal! 

Essa semana resolvemos trazer um histórico, uma linha do tempo de como o conceito de bioisenção foi sendo introduzido no Brasil.

 


  Desde 1999, quando se instituiu o medicamento genérico no Brasil pela Lei 9.787, de 26 de janeiro de 1999, todo medicamento genérico deve apresentar estudo de Bioequivalência como prova de segurança e eficácia para ser registrado e comercializado no País, conforme determinava a Resolução nº 391, de 9 de agosto de 1999. As exceções constavam no anexo V dessa resolução, denominado de Guia para isenção estudos de bioequivalência, e referiam-se às soluções aquosas, aos pós para reconstituição que resultassem em soluções aquosas, aos gases, aos medicamentos orais de ação no trato gastrointestinal e aos medicamentos de aplicação tópica de ação local. Além disso, o guia permitia a bioisenção para medicamentos cujos fármacos apresentassem alta solubilidade, alta permeabilidade e dissolução muito rápida em meio ácido.

  Em 2001, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou o segundo guia de bioisenção, o qual nomeou Guia para isenção e substituição de estudos de bioequivalência, juntamente com a atualização do regulamento técnico para medicamentos genéricos, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 10, de 2 janeiro de 2001, em seu anexo IV. De acordo com esse guia, que posteriormente foi republicado sem nenhuma alteração como anexo da Resolução específica (RE) no 481, de 19 de março de 2002, um produto era isento da apresentação de provas in vivo de equivalência terapêutica se apresentasse as características mencionadas no primeiro guia, com exceção das altas solubilidade e permeabilidade do fármaco, que deixaram de ser aceitas como justificativa para bioisenção. Além disso, menores dosagens de uma formulação de liberação imediata que fosse bioequivalente à de referência também poderiam ser isentas se a farmacocinética do fármaco fosse linear na faixa terapêutica pleiteada e as formulações fossem proporcionais. Também não era necessária a apresentação de estudo de bioequivalência para o registro de medicamentos de venda sem prescrição médica que contivessem os fármacos ácido acetilsalicílico, paracetamol, dipirona ou ibuprofeno. Em todos esses casos, provas de equivalência farmacêutica e/ou perfil de dissolução comparativo eram suficientes para a comprovação de eficácia, segurança e qualidade do produto. Publicou-se o terceiro guia de bioisenção um ano depois, no anexo da Resolução específica (RE) numero 897, de 29 de maio de 2003. Diferia do segundo apenas por incluir a isenção de menores dosagens para medicamentos de liberação modificada.

  Em 2011, foi publicado o quarto e atual guia de bioisenção na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 37, de 3 de agosto de 2011, o qual reintroduziu, na legislação brasileira, a bioisenção com base no sistema de classificação biofarmacêutica (SCB).

  O primeiro guia, publicado em 1999, apesar de não mencionar o SCB, permitia a bioisenção para medicamentos cujos fármacos apresentassem alta solubilidade e alta permeabilidade os quais pertenceriam à classe I do SCB.

  Em 2016 foi publicada a Instrução normativa - IN nº 10, de 29 de setembro de 2016 que determina a publicação da "Lista de fármacos candidatos à bioisenção baseada no Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB)" e dá outras providências.


Referências:

PIRES, V.F.; FRACALOSSI, R.C.; FRACALOSSI, R.C. A Regulação de Medicamentos no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2013.

https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/24207031/do1-2016-09-30-instrucao-normativa-in-n-10-de-29-de-setembro-de-2016-24206988

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2016/aprovada-nova-lista-de-farmacos-candidatos-a-bioisencao

21 de abril de 2021

Está semana trouxemos os fitóterapicos mais utilizados e suas indicações;

 



Passiflora incarnata 

A passiflora é indicada para problemas de irritabilidade, agitação nervosa, tratamento de insônia e desordens da ansiedade.

Melissa officinalis 

Este produto tem alegações de uso como carminativo, antiespasmódico e ansiolítico leve. 

Valeriana officinalis 

É usado como sedativo moderado, como agente promotor do sono e no tratamento de distúrbios do sono associados à ansiedade. 

Ginkgo biloba 

Indicado para vertigens e zumbidos resultantes de distúrbios circulatórios, câimbras e insuficiência vascular cerebral. Auxilia na memória.

Boldo + Cáscara sagrada + Ruibarbo 

Auxilia no alívio a má digestão e nos distúrbios do fígado, das vias biliares e nos casos de prisão de ventre leve.

Aloe ferox + Gentiana lutea   

É um auxiliar digestivo destinado ao tratamento dos sintomas da má digestão e constipação intestinal ocasional de origem inespecífica.

Mikania glomerata 

O guaco é indicado como expectorante e broncodilatador, sendo indicado no combate à tosse, asma, bronquite, rouquidão.

Senna alexandrina Miller + Cassia fistula L. 

Conhecido como Tamarine®, é indicado para o tratamento sintomático de intestino preso, das constipações primárias e secundárias e na preparação para exames radiológicos e endoscópicos. 

 

Alguns dos fitoterápicos disponíveis no SUS


Harpagophytum procumbens 

Este produto é usado tradicionalmente para alívio de dores articulares moderadas e dor lombar baixa aguda.

Maytenus ilicifolia 

Ela é indicada para problemas digestivos, protetor da mucosa gástrica e auxiliar no tratamento da úlcera gástrica.

Cynara scolymus 

Indicada em casos de dispepsias por má digestão, especialmente de alimentos gordurosos. Indicado como colerético e colagogo.

Glycine max (L.) Merr. 

Redução da frequência e da intensidade da sensação de calor no corpo e no rosto e crises de suor noturno. 

Unha-de-gato (Uncaria tomentosa)

Tem ação anti-inflamatória.

Babosa (Aloe vera)

Usada como cicatrizante de ferimentos na pele e em queimaduras de primeiro ou segundo grau.


Referências bibliográficas: 

https://saude.abril.com.br/medicina/plantas-medicinas-poderes-as-contraindicacoes/ 

https://consultaremedios.com.br/fitoterapicos/ 

 

19 de abril de 2021

Quais as vantagens de usar a nanotecnologia junto dos medicamentos?

Além da redução de efeitos adversos e toxicidade já citados em outras postagens, o uso de nanocarreadores promove o uso de menos fármaco e garante uma utilização otimizada pelo organismo, pois entrega a substância ao local de ação já planejado (reduzindo perdas de molécula e ligações inespecíficas) (FONTE: Apolinário 2020).



Nesta imagem vemos a estrutura do fármaco ligando-se a sua biomolécula (no caso, uma enzima viral) e é isto que devemos ter em mente ao pensar em ação farmacológica: a molécula do medicamento ligando-se especificamente ao seu local de ação, sem sobras, excessos e, consequentemente, ligações inespecíficas que gerarão efeitos colaterais muitas vezes indesejados.

Por serem ainda uma tecnologia um pouco mais custeosa, o uso de nanocarreadores ainda se restringe a algumas farmacoterapias específicas, porém os pesquisadores veem muito potencial nesta iniciativa e futuramente o desenvolvimento de novos fármacos já será realizada pensando-se em usar nanocarreadores (FONTE: Vieira 2016).





PROPRIEDADE INTELECTUAL: guerra das patentes

 


 





 

    A edição n°2731 da revista VEJA de 31 de março de 2021, retomou mais uma vez a questão das Patentes dos medicamentos e do impacto econômico que elas causam.   Segundo a publicação a batalha dos medicamentos acontece entre as indústrias farmacêuticas de medicamentos genéricos, que nas últimas décadas se tornaram as maiores empresas do setor de medicamentos no Brasil com preços extremamente competitivos e as farmacêuticas multinacionais, donas de várias patentes de medicamentos desenvolvidos há um alto custo em pesquisas e desenvolvimentos.

    Como comentamos em postagem anterior a legislação brasileira define que por 20 anos o detentor patente tem direito a exclusividade sobre a sua invenção. O problema é que a legislação também prevê que após a concessão da patente sua vigência deve ser por 10 anos para invenção e 7 anos para melhorias. A grande questão que foi discutida no Supremo Tribunal Federal neste dia 07 de Abril de 2021 é que pela demora do estudo para aprovação e homologação dos estudos de patente no Brasil, um inventor pode acabar aguardando cerca de 15 anos para homologação e mais 10 anos após a concessão. E durante esses 25 anos de burocracia nenhum outro produto genérico poderá existir disponível no mercado.

    E o que isso impacta na sociedade? O impacto se dá no contexto financeiro, uma vez que com essa demora os preços se mantem elevados por mais tempo.

    A ação julgada contém uma lista de 74 medicamentos que já eram pra ter sido liberados da Lei das Patentes e pela demora burocrática ainda não foram liberados.  O ministro Dias Tofolli suspendeu a vigência de uma regra que prorroga patentes de medicamentos, em uma liminar o artigo 40, parágrafo único da Lei da Propriedade Industrial (“Art. 40. A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15 (quinze) anos contados da data de depósito.Parágrafo único. O prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos para a patente de invenção e a 7 (sete) anos para a patente de modelo de utilidade, a contar da data de concessão, ressalvada a hipótese de o INPI estar impedido de proceder ao exame de mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por motivo de força maior.”).

    A decisão será submetida ao Plenário  e está relacionada a patentes de produtos e processos farmacêuticos e equipamento ou material de uso em saúde  quanto à prorrogação do prazo de patente nos casos de demora de análise.

 

 

Leia mais em:

https://veja.abril.com.br/economia/stf-se-prepara-para-julgar-uma-acao-decisiva-para-a-quebra-de-patentes/

 

http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=463755&ori=1

  

Produtos Biológicos: Hormônio do Crescimento

Olá pessoal. Para a terceira publicação, dando continuidade na utilização dos produtos biológicos direcionados ao desenvolvimento de fármacos, decidimos mais uma vez confeccionar este infográfico para que todos tenham uma melhor visualização ilustrativa e melhor entendimento do que se tratam os Produtos Biológicos utilizados na produção do Hormônio do Crescimento, e trouxemos também mais algumas curiosidades.💉📏




 Se vocês se interessaram no assunto, aqui estão alguns links utilizados para a confecção do infográfico para uma leitura complementar!

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302008000500001&script=sci_arttext 

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2010/prt0110_10_03_2010.html#:~:text=O%20tratamento%20da%20defici%C3%AAncia%20de,Creutzfeldt%2DJakob%20(encefalopatia).


https://revistapesquisa.fapesp.br/hormonio-de-crescimento-em-tamanho-grande-2/


18 de abril de 2021

Conheça a Vacinação Intranasal

        Os tecidos da mucosa nasal são bons para a vacinação, por sua acessibilidade e sua competência imunológica e porque as respostas imunes locais podem ser estimuladas, protegendo contra infecções por vírus. A vacinação intranasal tem como alvo o tecido linfoide associado ao nariz (NALT), que está situado abaixo do epitélio nasal e consiste em grupos de células dendríticas, linfócitos T e linfócitos B (AULTON, 2016).

As vacinações intramusculares com agulhas convencionais são capazes de induzir a produção de anticorpos no soro (IgG) que, por transudação para os pulmões, protegem o trato respiratório inferior contra a infecção pelo vírus influenza e complicações mais graves. No entanto, as vacinas administradas por via intranasal podem induzir respostas locais mediadas por IgA no trato respiratório superior (bem como resposta sistêmica com IgG), que podem neutralizar o vírus-alvo imediatamente após ser inspirado e proteger contra os sintomas da doença precoce. A IgA secretória também é mais reativa que a IgG e pode proporcionar uma proteção contra diferentes cepas do vírus (AULTON, 2016).

Contudo, uma vez que a mucosa nasal é exposta a diversos antígenos presentes no ambiente, mecanismos de tolerância limitam a reação imune, o que torna essencial a incorporação de um adjuvante eficaz na mucosa dentro da formulação final. Os benefícios da vacinação nasal quando comparados com sistemas de liberação por agulhas são redução do risco de acidentes com agulhas e risco de infecção a partir da reutilização de agulhas, aumento da adesão dos pacientes entre os pacientes com a fobia por agulhas, diminuição da necessidade de vacinas administradas por profissionais de saúde treinados e, possivelmente, diminuição da necessidade de armazenamento a baixa temperatura e distribuição em cadeia, se as vacinas puderem ser formuladas como pós secos. Além disso, a utilização da via proporciona um meio fácil de vacinação de grandes grupos da população (AULTON, 2016).

Foi relatada eficácia de uma vacina trivalente com vírus da influenza vivo atenuado, adaptado ao frio, que foi administrada via intranasal em mais de mil crianças saudáveis em idade escolar. Esse ensaio clínico controlado por placebo demonstrou que as crianças que receberam a vacina ativa tiveram menos febre, incluindo 30% a menos de episódios de otite média febril, que o grupo que usou placebo. Esse foi um resultado significativo do estudo, pois a otite média é uma complicação reconhecida da gripe em crianças, e esse vírus tem sido isolado do fluido e da efusão do ouvido médio de crianças com gripe (ALLEN JR., L. A.; POPOVICH, N. G.; ANSEL, 2013).

Em 2020, pesquisadores da USP começaram a desenvolver uma vacina em spray nasal para o combate a covid-19, baseado em um modelo de imunização contra hepatite B que foi anteriormente testado em camundongos (MARIZ, 2020).


Para você aprofundar mais sobre o tema, abaixo seguem as referências utilizadas: 

        AULTON. Delineamento de Formas Farmacêuticas - Aulton - 4 edição. Rio de Janeiro: Elservier Editora Ltda, 2016. 

        V., A.J.L.; G., P.N.; C., A.H. Formas Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos. Artemed: Grupo A, 2013. 9788565852852. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788565852852/. Acesso em: 28 Mar 2021.

       MARIZ, Fabiana. Vacina em spray, com aplicação no nariz, será testada contra a covid-19. Jorna da USP, 05 de jun. de 2020. Disponível em:<https://jornal.usp.br/ciencias/vacina-em-spray-com-aplicacao-no-nariz-sera-testada-contra-a-covid-19/>. Acesso em: 18 de abr. de 2020


Resultados e conclusão do estudo sobre a eficácia e segurança de Lamivudina / Zidovudina/ Efavirenz

 


Foram convidados 59 pacientes a participar, dos quais 47 atenderam aos critérios de inclusão. Destes 47 pacientes, 33 cumpriu o tratamento durante os doze meses de acompanhamento, onde 23 pacientes foram diagnosticados em estágio não avançado da doença . Por sua vez, a partir de 14 interrupções do tratamento, 4 foram atribuível a questões de segurança relacionadas com o esquema de tratamento: possível anemia grave por Zidovudina. Foi apresentado 45 problemas de processo com medicamentos, especialmente aderência inferior a 95%, que, exceto para casos em que foi necessário excluir pacientes, eles foram identificados, interveio e resolvido.
A comparação qualitativa do perfil de segurança do genérico com o esquema inovador em diferentes estudos não mostra diferenças significativas, especialmente com o Anemia macrocítica associada à zidovudina.
Após um ano de tratamento de pacientes com HIV que não receberam terapia antirretroviral, os resultados eficácia alcançada com o esquema genérico Lamivudina/ Zidovudina + Efavirez não são inferiores para aqueles alcançados em um grupo de pacientes com condições clínicas semelhantes tratadas sob o mesmo esquema com medicamentos inovadores.

Estudo disponível em: 
GUTIERREZ H., Francisco J. et al. Efectividad y Seguridad del esquema genérico Lamivudina/Zidovudina/Efavirenz en Pacientes Vih (+). estudio fase IV y comparación con el mismo esquema de medicamentos innovadores. Vitae. 2013, vol.20, n.1, pp.30-40. ISSN 0121-4004.

16 de abril de 2021

Pesquisa de Medicamentos

 A busca por tratamentos pioneiros a partir de novas moléculas 



 

Pioneiro na América Latina, o projeto LOLA (Lead Optimization Latin America) trabalha a otimização de compostos ativos a partir de uma estratégia fenotípica, com repetidos ciclos de química medicinal, no intuito de encontrar candidatos pré-clínicos para a doença de Chagas e as leishmanioses. 

Segundo a OMS, inúmeras pessoas são afetadas por doenças tropicais negligenciadas no mundo. Para algumas dessas doenças não há nenhum tratamento disponível e quando eles existem, muitas vezes são caros, dolorosos ou extremamente tóxicos. Então, há uma necessidade de desenvolvimento de novos medicamentos. Uma vez que uma nova molécula promissora é identificada, nas triagens iniciais, o chamado HIT, ela passa a ser moldada para aumentar as suas chances de se tornar um medicamento esse processo ele ocorre através do ciclo de otimização que envolve duas etapas: 

 HIT TO LEAD onde envolve a: 

  • Potência 
  • Seletividade 
  • ADME 

LEAD OPTIMIZATION, envolvendo: 

  • Potência 
  • Seletividade 
  • ADME/DMPK 
  • Formulação  
  • Toxicidade  
  • MoA 

Essas compreendem um designer de moléculas ligeiramente parecidas que pertencem a uma série química análoga, a sua síntese no laboratório propriamente dita e enviam para a avaliação destes compostos através de diversos ensaios padronizados. 

Após, os pesquisadores avaliam então se essas modificações promoveram uma melhora das características das moléculas, sempre avaliando essas decisões de um perfil alvo do produto, como por exemplo a sua eficácia, segurança e acessibilidade. Esse ciclo se repete por diversas vezes, até que seja obtido um candidato ideal que reúna as características necessárias para seguir as novas etapas de desenvolvimento pré-clínico, regulatório e em seguida estudos clínicos em humanos. Até lá é preciso garantir, que ele seja um composto eficaz, mas também seguro. 

 

 

 

Comparação entre técnicas de granulação via úmida: leito fluidizado x alto cisalhamento.

            A granulação pode ser realizada por diferentes tecnologias as quais se diferenciam essencialmente nas metodologias utilizadas e,...