21 de abril de 2019

Agências reguladoras

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                                                     Agências reguladoras

O processo de registro de medicamentos não é algo simples e exige muito conhecimento sobre legislação, tanto nacional, quanto internacional. Desde que se foi regulamentando os estudos, liberação e fiscalização sobre medicamentos no mercado, muitas leis, portarias e instituições reguladoras foram criadas com o intuito de controlar e preservar a vida e saúde das pessoas.  Foi criado nos Estados Unidos em 1906, o Food and drug act (FDA), que mais tarde foi transformado na Agência Americana para o Controle de Alimentos e Medicamentos. A partir 1951, o FDA passou a definir que alguns fármacos não atendiam a segurança necessária para uso humano, e estabeleceu que os medicamentos deveriam ser usados somente sob prescrição médica. Em 1962 a FDA estabeleceu que antes do uso clínico ou da realização de propaganda de um novo medicamento, o fabricante deveria provar, não somente a sua eficácia, mas principalmente a sua segurança. A partir dessa nova decisão da FDA, a maioria dos países passou a adotar esses mesmos critérios e os medicamentos passaram por um rigoroso processo de análise, antes da sua aprovação e posterior uso clínico. Na década de 1950 o dossiê de registro de um medicamento continha, em média, 60 páginas; já nos anos 80 os dossiês registravam, em média, 100.000 páginas e hoje atingem algo em torno de 300.000 páginas. Isto é o resultado de 12 a 15 anos de P&D, durante os quais os estudos relativos à segurança se tornaram mais necessários e exigidos. Na Europa, a Agência Européia de Medicamentos (EMEA) contribui para a proteção da saúde pública e animal, garantindo a segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos. No Brasil, foi criada a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. A finalidade institucional da ANVISA é promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária. Atualmente essas agências são responsáveis pelo monitoramento dos medicamentos presentes no mercado, até os dias de hoje a FDA é utilizada como referência. Elas possuem a autoridade de introduzir e/ou retirar um medicamento do mercado, buscando qualidade, eficácia e segurança. Da mesma forma que foram regulamentados o processo P&D nos países acima citados, as atividades de pesquisa envolvendo seres humanos seguem o que foi determinado como Boas Práticas Clínicas (GCP – Good Clinical Practice), que tem a finalidade de consolidar e estabelecer inúmeros acordos com a finalidade de garantir segurança e eficiência nas atividades de pesquisa. O estabelecimento de diretrizes para pesquisas clínicas no Brasil começou na década de 1980 com a aprovação, em 1988, das Normas para Pesquisas em Saúde, primeira resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Em 1996, as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos, por meio da Resolução CNS 196/96 foram também propostas. A pesquisa com novos medicamentos foi considerada uma das oito áreas especiais que mereceriam atenção especial da, então criada, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Essa foi a primeira área a merecer normas específicas, estabelecidas na Resolução CNS 251/97 (GOLDIM, 2007).


Referências Bibliográficas:


2 comentários:

Joice, Raquel disse...

Sem dúvidas, essas Agências Reguladoras tem um papel de extrema importância para o controle da saúde, pois, elas asseguram que as atividades estão sendo cumpridas, garantindo que os produtos e serviços oferecidos pelas empresas farmacêuticas estejam todos de acordo, para atender melhor a população.

Dani Bruno disse...

É uma pessoa jurídica de direito público interno, geralmente constituída sob a forma de autarquia especial ou outro ente da administração indireta, cuja finalidade é regular e/ou fiscalizar a atividade de determinado setor da economia de um país extremamente importante principalmente na área da saúde e na indústria farmacêutica.

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