Bem como visto em outras postagens, temos em mente que não é porque um
medicamento é natural, que não devemos cuidar, analisar e controlar a dose a ser
administrada. Dessa maneira, todo o cuidado é pouco.
O uso de fitoterápico como alternativa em condições patológica tem sido uma prática
de grande crescimento, principalmente no nosso meio. Na maioria das vezes, as
formulações farmacêuticas com uma única planta com outras combinações, são
usadas com a justificativa de que por serem naturais, são atóxicas ou menos tóxicas
que as demais medicamentos sintéticos.
Existem plantas no Brasil como: Passiflora alata (maracujá), Erythrina mulungu
(mulungu), Leptolobium elegans (perobinha do campo) e Adonis vernalis (adonis) que
encontradas isoladas e em determinadas combinações em preparações fitoterápicas
agem como, tranquilizantes, sedativos, ansiolíticos, hipnóticos e afins.
Analisando os estudos de toxidades são avaliados isoladamente e tem sim mostrado
que há efeitos de toxicidade. Na fase pré-clínica, os estudos de toxicidade, indicam
um grau de confiança a ser depositado com um medicamento com vistas a
administração em seres humanos. Estudos esses que são realizados com base em
protocolos aceitos internacionalmente, com exigências variáveis de acordo com as
legislações específicas de cada país. No Brasil por exemplo, a resolução N° 90, de
16 de março de 2004 da ANVISA, regulamenta a realização de testes pré-clínicos de
toxicidade (ANVISA), para medicamentos fitoterápicos.
A norma estipula que os testes de avaliação de risco sejam realizados em duas
espécies de mamífero: Uma roedora e uma não roedora, machos e fêmeas de
linhagem isogênica, em número suficiente para garantir a análise estatística dos
resultados, sem exageros que infrinjam os “Princípios Éticos da Experimentação
Animal, estabelece também que a via de administração a ser usada, doses e duração
de tratamento, tendo por base os preconizados para o uso do fitoterápico em
humanos.
Referência: MELLO, Fernanda Bastos; LANGELOH, Augusto; MELLO João Roberto Braga.
Toxicidade Pré-Clínica de Fitoterápico Contendo Passiflora alata, Erythrina mulungu,
Leptolobium elegans e Adonis vernalis. Latin American Journal of Pharmacy. Nov/2006. Disponível
em: http://www.latamjpharm.org/trabajos/26/2/LAJOP_26_2_1_5_56BKMRM123.pdf Acesso em: 13
de Maio de 2021.
5 comentários:
Como a fitoterapia é o assunto do meu grupo de trabalho, tenho lido bastante sobre o assunto. É incrível como as pessoas acham que por ser natural não fazem mal e ele pode sim, apresentar toxicidade. Com certeza qualquer fitoterápico deve participar das fases clínica como qualquer outro medicamento não fitoterápico. Ândrea Silva
Como a fitoterapia é o assunto do meu grupo de trabalho, tenho lido bastante sobre o assunto. É incrível como as pessoas acham que por ser natural não fazem mal e ele pode sim, apresentar toxicidade. Com certeza qualquer fitoterápico deve participar das fases clínica como qualquer outro medicamento não fitoterápico. Ândrea Silva
Adorei o conteúdo, achei super importante e informativo! A toxicidade nos medicamentos é algo muito comum hoje em dia, porque o paciente muitas vezes não leva a serio a prescrição e acaba tomando medicação a mais, e nos horários errados. E falando dos medicamentos fitoterápicos o crescimento pela procura desses medicamentos cresceu muito nos últimos anos, mas ao mesmo tempo as pessoas enxergam como "natural" e o natural também causa intoxicação, qualquer tipo de medicação deve ser tomada conforme prescrição medica e deve ser controlada!
Muito boa a postagem sobre o estudo da toxicidade de fitoterápicos na Fase Pré-clínica, porque muitas vezes não são falados sobre esse assunto por ser considerados naturais. (Gabriela)
Muito interessante a postagem, nos mostra que não devemos esquecer que mesmo sendo medicamento fitoterápico, considerado naturais, podem sim causar intoxicação.
Importante levar em conta que os fitoterápicos são em muitos casos misturas complexas de várias plantas das quais se conhece pouco sobre sua toxicidade.
Comentado por: Marina Costa
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