28 de maio de 2021

O estudo da toxicidade de fitoterápicos na Fase Pré-clínica


Bem como visto em outras postagens, temos em mente que não é porque um medicamento é natural, que não devemos cuidar, analisar e controlar a dose a ser administrada. Dessa maneira, todo o cuidado é pouco. 
O uso de fitoterápico como alternativa em condições patológica tem sido uma prática de grande crescimento, principalmente no nosso meio. Na maioria das vezes, as formulações farmacêuticas com uma única planta com outras combinações, são usadas com a justificativa de que por serem naturais, são atóxicas ou menos tóxicas que as demais medicamentos sintéticos.
Existem plantas no Brasil como: Passiflora alata (maracujá), Erythrina mulungu (mulungu), Leptolobium elegans (perobinha do campo) e Adonis vernalis (adonis) que encontradas isoladas e em determinadas combinações em preparações fitoterápicas agem como, tranquilizantes, sedativos, ansiolíticos, hipnóticos e afins. 
Analisando os estudos de toxidades são avaliados isoladamente e tem sim mostrado que há efeitos de toxicidade. Na fase pré-clínica, os estudos de toxicidade, indicam um grau de confiança a ser depositado com um medicamento com vistas a administração em seres humanos. Estudos esses que são realizados com base em protocolos aceitos internacionalmente, com exigências variáveis de acordo com as legislações específicas de cada país. No Brasil por exemplo, a resolução N° 90, de 16 de março de 2004 da ANVISA, regulamenta a realização de testes pré-clínicos de toxicidade (ANVISA), para medicamentos fitoterápicos. 
A norma estipula que os testes de avaliação de risco sejam realizados em duas espécies de mamífero: Uma roedora e uma não roedora, machos e fêmeas de linhagem isogênica, em número suficiente para garantir a análise estatística dos resultados, sem exageros que infrinjam os “Princípios Éticos da Experimentação Animal, estabelece também que a via de administração a ser usada, doses e duração de tratamento, tendo por base os preconizados para o uso do fitoterápico em humanos. 



Referência: MELLO, Fernanda Bastos; LANGELOH, Augusto; MELLO João Roberto Braga. Toxicidade Pré-Clínica de Fitoterápico Contendo Passiflora alata, Erythrina mulungu, Leptolobium elegans e Adonis vernalis. Latin American Journal of Pharmacy. Nov/2006. Disponível em: http://www.latamjpharm.org/trabajos/26/2/LAJOP_26_2_1_5_56BKMRM123.pdf Acesso em: 13 de Maio de 2021.

5 comentários:

Ândrea Silva disse...

Como a fitoterapia é o assunto do meu grupo de trabalho, tenho lido bastante sobre o assunto. É incrível como as pessoas acham que por ser natural não fazem mal e ele pode sim, apresentar toxicidade. Com certeza qualquer fitoterápico deve participar das fases clínica como qualquer outro medicamento não fitoterápico. Ândrea Silva

Anônimo disse...

Como a fitoterapia é o assunto do meu grupo de trabalho, tenho lido bastante sobre o assunto. É incrível como as pessoas acham que por ser natural não fazem mal e ele pode sim, apresentar toxicidade. Com certeza qualquer fitoterápico deve participar das fases clínica como qualquer outro medicamento não fitoterápico. Ândrea Silva

Unknown disse...

Adorei o conteúdo, achei super importante e informativo! A toxicidade nos medicamentos é algo muito comum hoje em dia, porque o paciente muitas vezes não leva a serio a prescrição e acaba tomando medicação a mais, e nos horários errados. E falando dos medicamentos fitoterápicos o crescimento pela procura desses medicamentos cresceu muito nos últimos anos, mas ao mesmo tempo as pessoas enxergam como "natural" e o natural também causa intoxicação, qualquer tipo de medicação deve ser tomada conforme prescrição medica e deve ser controlada!

Gabriela e Jéssica disse...

Muito boa a postagem sobre o estudo da toxicidade de fitoterápicos na Fase Pré-clínica, porque muitas vezes não são falados sobre esse assunto por ser considerados naturais. (Gabriela)

Jéssica e Marina disse...

Muito interessante a postagem, nos mostra que não devemos esquecer que mesmo sendo medicamento fitoterápico, considerado naturais, podem sim causar intoxicação.
Importante levar em conta que os fitoterápicos são em muitos casos misturas complexas de várias plantas das quais se conhece pouco sobre sua toxicidade.

Comentado por: Marina Costa

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