A acromegalia é uma
alteração hormonal que acontece quando a glândula hipófise libera excesso de
hormônio de crescimento, durante a vida adulta de uma pessoa, fazendo com que
mãos, pés e outras partes do corpo aumentem de tamanho. A glândula pituitária produz vários hormônios,
entre eles o hormônio responsável
pelo crescimento. Quando lançado na corrente sanguínea ele induz o fígado a produzir
outro hormônio que
estimula o crescimento do esqueleto e
outros órgãos e tecidos, gerando os sinais e sintomas característicos da acromegalia ou
gigantismo.
Nos adultos, um tumor benigno é a causa
mais comum da produção de hormônio do
crescimento. Alguns dos sintomas da acromegalia, como dores
de cabeça e
prejuízos da visão são
devidos a compressões das massas tumorais sobre as estruturas vizinhas. Tumores
de outras partes do corpo, como os do pulmão, pâncreas e glândulas adrenais ou secretam, eles mesmos, o hormônio do
crescimento ou um hormônio que
estimula a pituitária a liberar mais hormônio do crescimento.
Segundo o site da ANVISA, o medicamento Signifor® LP (pamoato de pasireotida) recebeu, nesta segunda-feira
(24/04/2017), o registro da Anvisa. O produto é inédito no país e é indicado para o
tratamento da acromegalia. O princípio ativo do
Signifor é o pamoato de pasireotida. O medicamento foi registrado na forma
farmacêutica de pó para suspensão injetável, nas concentrações de 20 mg, 40 mg
e 60 mg.
O medicamento é indicado
para o tratamento de pacientes adultos com nos casos em que a cirurgia do tumor
hipofisário foi ineficaz ou não é uma opção viável. O produto é indicado também
para pacientes que não estão adequadamente controlados com outros tratamentos
disponíveis, como os análogos da somatostatina. O SIGNIFOR® LP (pamoato de
pasireotida) será fabricado pelas empresas Novartis Pharma AG e Synergy Health
Däniken AG localizadas na Suíça, e a dona do registro do medicamento no Brasil
é a empresa Novartis Biociencias S.A., localizada em São Paulo-SP.
Para maiores informações, acessem: http://portal.anvisa.gov.br/.
Um comentário:
Procurei sobre a incidência da acromegalia no Brasil porém não há estatísticas sobre a sua ocorrência, mas um levantamento iniciado por Marcello Bronstein, médico do Hospital de Clínicas de São Paul, indica que se transportamos para o Brasil a estatística européia, onde a incidência de acromegalia é de 50 a 60 casos por milhão de habitantes, teremos cerca de 10 mil casos no país. É um número bem expressivo, portanto esse fármaco poderá ser de grande importância para o tratamento dessa alteração hormonal. Não ficou bem claro no texto o seu mecanismo de ação mas o fármaco deve agir diretamente na glândula pituitária inibindo a produção do hormônio responsável pelo crescimento e espero que seja uma alternativa segura e eficaz.
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