Grupo de institutos internacionais de pesquisa tem como objetivo o desenvolvimento de medicamentos mais eficientes contra Doença de Chagas, Leishmaniose e Doença do Sono.
O consórcio internacional para o desenvolvimento de novos fármacos contra Doença de Chagas, Leishmaniose e Doença do Sono se reúne pela primeira vez no Brasil. Representantes de institutos de pesquisa e empresas de biotecnologia de nove países estarão em Campinas (SP) para discutir o andamento do Projeto New Medicines for Trypanosomatidic Infections (NMTryI), uma iniciativa financiada pela União Europeia, por meio do Programa FP7.
O Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), associado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é o representante brasileiro no grupo.
Os pesquisadores do consórcio internacional participarão ainda de um simpósio, aberto ao público, sobre oportunidades de parcerias entre instituições brasileiras e europeias. Os eventos acontecerão entre 8 e 10 de abril no campus do CNPEM.
Com orçamento de 7,6 milhões de euros e duração de três anos, o Projeto NMTrypI tem como principal objetivo otimizar moléculas com ação anti-tripanossoma, a fim de garantir medicamentos mais eficientes contra Doença de Chagas, Leishmaniose e Doença do Sono, também conhecida como Tripanossomíase Humana Africana. Conhecidas como doenças negligenciadas, essas enfermidades atingem principalmente populações de países em desenvolvimento e seus tratamentos são baseados em medicamentos antigos, os quais apresentam problemas de resistência e toxicidade.
Para o desenvolvimento de novos fármacos, o consórcio investe em uma abordagem interdisciplinar e na reunião de competências de entidades da Itália, Alemanha, Portugal, Inglaterra, Grécia, Espanha, Bélgica, Sudão e Brasil.
O LNBio é responsável pela triagem das moléculas candidatas a fármacos, por meio de uma técnica automatizada conhecida como high throughput screening (HTS), utilizada para identificação de compostos que interferem nos mecanismos das doenças. "Estamos testando aproximadamente 15 mil substâncias em ensaios celulares para essas doenças", detalha Carolina Borsoi Moraes, pesquisadora do LNBio, especialista em triagem para doenças negligenciadas. "Ao todo, realizaremos mais de 50 mil pontos de triagem."
Mais informações em: http://www.mcti.gov.br/noticia/-/asset_publisher/epbV0pr6eIS0/content/lnbio-representa-o-brasil-em-projeto-de-pesquisa-para-desenvolver-farmacos-contra-doencas-negligenciadas
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